Café: cinco curiosidades que (quase) ninguém sabe

Você colocaria alho no seu cafezinho? No Oriente Médio há gente que prefere a bebida assim!

Por Anderson Estevan
Atualizado em 16 dez 2016, 15h51 - Publicado em 13 abr 2012, 17h34

Você sabia que George Washington criou o café instantâneo? Há muitas curiosidades relacionadas à bebida, veja abaixo cinco histórias:

1 – Origem divina: judeus e muçulmanos disputam o título de quem é o precursor do café no mundo, já que constam registros da bebida nas duas religiões. Conta-se, por exemplo, que em certa época Maomé estava muito doente e recobrou o seu ímpeto após tomar uma boa dose de café, que foi trazido pelo arcanjo Gabriel a pedido de Alá. No quarto livro do Pentateuco (Números), também há referências à bebida, em uma citação onde Deus diz a Moisés que quem quisesse fazer um voto especial de nazireu deveria se abster de vinho e bebida forte. Esta “bebida forte” seria o café?

2 – Contrabando misterioso: que o café não é brasileiro, muita gente já sabe, mas a sua chegada ao País, no século 18, ainda guarda mistérios e abre espaço para lendas. Proibido aos portugueses, o fruto do café já era plantado nas Américas, principalmente nas Guianas e alguns pesquisadores creem que as primeiras mudas do nosso cafezinho vieram de lá. Conta-se que naquela época o sargento-mór Francisco de Melo Palheta foi designado para trazê-las e só teria conseguido porque a esposa do governador da Guiana, apaixonada por Palheta, o teria presenteado com sementes do “ouro negro”. Não se pode ter certeza sobre a paixão da primeira-dama, mas seu papel pode ter sido fundamental no contrabando das sementes proibidas.

3- George Washington por trás do café instantâneo: sim, você leu certo, George Washington foi um dos precursores do café instantâneo, criando um novo método para armazenar e produzir café em 1906. Mas não se trata do presidente americano, mas sim de um inventor e empresário anglo-belga, que teve esta idéia após notar uma substância em pó que se formou sobre o bico de sua cafeteira de prata. A invenção do “primo distante” da família Washington foi se popularizando aos poucos e na Primeira Guerra Mundial, de 1914 a 1918, a produção de sua empresa foi exigida pelo governo norte-americano para alimentar e animar os jovens na Europa. Após a guerra, ela se tornou uma mania mundial.

4 – Café com alho: consumido em pelo menos 50 países, o café tem as suas particularidades para ser servido nos mais diversos locais do mundo. Na Áustria, por exemplo, o café é bebido juntamente com figos secos, já no Oriente Médio, são adicionadas especiarias como canela e alho. Na Bélgica, pedaços de chocolates são servidos no interior das xícaras, enquanto na Grécia, a bebida é acompanhada de um copo d’água bem gelado.

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5- Café recolhido do cocô vale ouro: originário da Indonésia, o Kopi Luwak (ou Civet Coffee) é considerado o café mais caro do mundo (600 dólares, por meio quilo). É obtido após um intrincado processo, na qual os grãos são obtidos após serem processados pelo sistema gastrointestinal dos pequenos felinos e expelidos em suas fezes. No Brasil, isto não é tão diferente assim, já que o café mais caro produzido em solo brasileiro também é obtido nos dejetos de animais – Jacu Bird Coffee, conseguido nas fezes da ave jacu, pode custar até R$ 272 o quilo.

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