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Aruba fecha para brasileiros menos de dois meses após abrir

Autoridade local diz que decisão pode ser revista no futuro – mas brasileiros têm poucos motivos para otimismo

Por Leticia Sorg
Atualizado em 23 jan 2021, 17h34 - Publicado em 23 jan 2021, 13h12
Visão do voo para Aruba
Vista da chegada a Aruba, uma realidade distante dos brasileiros nesta pandemia (Letícia Sorg/Viagem e Turismo)

Quando Aruba decidiu abrir as fronteiras para a América Latina (exceto a Venezuela), no início de dezembro, a preocupação era adotar as medidas sanitárias para garantir a segurança dos turistas na ilha e manter o número de casos sob controle. Menos de dois meses depois da decisão, o território caribenho decidiu fechar as portas para visitantes de Brasil e Peru, considerados áreas de alto risco da pandemia. A preocupação é proteger os cerca de 100 mil locais e turistas de outras localidades.

Desde o início da pandemia, Aruba registrou só cerca de 6 mil casos de covid-19 e 52 mortes. Atualmente, há apenas 30 casos ativos na ilha. Mas não foi só a alta de casos que pesou contra o Brasil – cerca de 70% dos turistas da ilha vêm dos Estados Unidos, outro país muito afetado pela pandemia. A detecção, no Japão, de uma nova variante do vírus em passageiros saídos de Manaus também influenciou a decisão. Outro fator importante foi seguir medidas adotadas pela Holanda, já que a ilha é um território do país europeu. A KLM suspendeu os voos para Brasil, Reino Unido e África do Sul, onde novas mutações do vírus foram detectadas.

Baby Beach, em Aruba
Sonho de viver um paraíso como Baby Beach, em Aruba, na quarentena, fica mais distante (Letícia Sorg/Viagem e Turismo)

As condições de entrada já tinham ficado mais estritas em janeiro – não era possível embarcar sem apresentar o PCR negativo (antes, você poderia mostrar o resultado na chegada ou fazer uma breve quarentena até receber o exame feito no aeroporto). Mas, a partir de segunda-feira (25), os brasileiros não entram nem negativados para coronavírus.

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A Autoridade de Turismo Arubiana prevê novas alterações no futuro. “O governo pede para que todos permaneçam atentos às novidades, pois a situação pode ser alterada a qualquer momento mediante avanços no controle da pandemia”, afirma. Mas, a considerar os crescentes números de casos no Brasil, a detecção de novas variantes e a provável lentidão no programa de vacinação, os brasileiros têm poucos motivos para otimismo.

A alteração do status do Brasil no tráfego aéreo internacional – o Reino Unido também proibiu voos de e para o país – não chega a ser uma surpresa, diante da situação da pandemia. Mas não deixa de ser um lembrete constante de que sair do país ainda é uma questão de sorte e timing que ainda estão totalmente fora do nosso controle. Se você não quer se aborrecer com mudanças de última hora, o melhor conselho ainda é evitar viagens internacionais.

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