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Agência de saúde dos EUA recomenda 3 testes de covid a viajantes

Em nova diretriz, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças sugere que se faça exames RT-PCR antes, durante e depois da viagem

Por Mirela Mazzola
Atualizado em 2 dez 2020, 22h16 - Publicado em 2 dez 2020, 13h28

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão ligado ao Departamento de Saúde dos Estados Unidos, atualizou as recomendações para quem pretende viajar ao exterior de avião. Agora, a entidade sugere que as pessoas façam três testes RT-PCR para Covid-19: o primeiro de 1 a 3 dias antes do voo de ida; um segundo também de 1 a 3 dias antes do voo da volta e, finalmente, um terceiro de 3 a 5 dias após chegar em casa. Ainda que a última testagem continue dando negativo, a recomendação é que a pessoa fique em casa por uma semana – e siga usando máscara, lavando as mãos com frequência e mantendo o distanciamento social. Para quem não fizer o teste no retorno, o CDC recomenda 14 dias de reclusão. 

No Brasil, os laboratórios particulares que fazem o exame RT-PCR (veja lista e os preços) cobram, em média, R$ 300 por amostra – um valor considerável, principalmente se multiplicado por três: são quase mil reais empatados em exames. Também chamado de teste molecular, o RT-PCR é o mais preciso para detectar o vírus no corpo humano, principalmente na fase inicial da doença. 

Os Estados Unidos são o país mais afetado pela pandemia até agora, com mais de 12 milhões de casos. Embora tenha tom de orientação, e que as exigências do CDC não se apliquem ao Brasil, a diretriz chama atenção para pontos importantes, como o risco da permanência em aeroportos. “Viagens de avião exigem tempo em filas e salas de embarque, o que pode colocar passageiros em contato com outras pessoas e com superfícies tocadas com frequência. É difícil manter distanciamento social em aeroportos movimentados e em voos lotados, e o trajeto até o terminal muitas vezes envolve transporte público e carona, o que aumenta as chances de exposição ao vírus”, diz um trecho do comunicado do CDC.

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Ainda segundo a diretriz do CDC, os testes não eliminam todos os riscos, mas quando combinados com um período de permanência em casa e medidas como uso de máscaras e distanciamento social, podem tornar a viagem mais segura, reduzindo a propagação em aviões, aeroportos e no destino. Em se tratando de viagens internacionais, pode valer mais a pena aguardar pela vacina.

A IATA, entidade que reúne mais de 80% das empresas aéreas do mundo inteiro, anunciou que está desenvolvendo um aplicativo que irá facilitar a apresentação de certificados de vacina na hora que se chega a um novo país – e tudo indica que as aéreas adotarão o esquema. Quando a vacina estiver sendo aplicada em escala global, algumas companhias já anunciaram que irão vetar a entrada de quem não apresentar um certificado de imunização, como é o caso da Qantas, da Austrália, e da Korean Air, da Coreia do Sul.

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