Atualizado em julho de 2019
Se Courchevel é a Campos do Jordão fancesa, Chamonix é o Itatiaia: a cidade que nos obriga a fazer biquinho para pronunciar seu nome é, na verdade, um dos destinos mais roots dos Alpes.
Sede das primeiras Olimpíadas de Inverno, a precursora das viagens alpinas começou a atrair exploradores em 1741, hipnotizados pelo glaciar que cobria a base do vale. Logo vieram o interesse pelas escaladas e o fetiche de subir o Mont Blanc (4 810 metros), o teto dos Alpes, alcançado em 1786.
Em 1924, para aproximar a cidade do Mont Blanc, foi criado o teleférico do Aiguille du Midi, substituído em 1955 por uma linha com dois estágios, que conduz os visitantes dos 1 038 metros da vila para obscenos 3 777 metros de altitude.
Um elevador depois, já a 3 800 metros, eu cheguei a uma panorâmica de tirar o fôlego (literalmente), com dezenas de picos perfilados – à direita, o cocuruto branco é o Mont Blanc. Na base do Aiguille, esquiadores caminhavam como formiguinhas pela neve powder do Vale Branco, um famoso fora-de-pista, enquanto eu pisava em ovos no skywalk Step Into the Void, uma caixa de vidro sobre 1 000 metros de precipício.
De minha rápida aula numa área beginner da cidade, o máximo que consegui foi um tombo, importante para perceber como os esquis se soltam das botas nas quedas, evitando torsões.
Mas o que eu mais curti foi a caminhada por uma floresta de coníferas com o guia de montanha Stephan. Com uma espécie de chinelo de plástico do tamanho de um pé gigante (snowshoe), nós afundamos a perna em meio metro de neve, circulando entre pegadas de cervos e raposas, num passeio Chamonix style pela vida selvagem.
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