1 Quais são os fatores que complicam uma aterrissagem?
Neve, granizo e chuva alteram a visibilidade, mas o maior inimigo é o vento. “As rajadas e tesouras de vento param e voltam em direções diferentes, desestabilizando a aeronave. Quando a corrente de ar bate na cauda e aumenta a velocidade do avião, o piloto não deve decolar nem pousar. O ideal é que o vento esteja contra”, diz Ernesto Klotzel, engenheiro de voo e jornalista especializado em aviação.
2 O que é um pouso bom?
“Em condições favoráveis, é uma aterrissagem suave, mas, com vento e má visibilidade, é aquele em que o avião se mantém na pista, sem derrapar nem gerar danos à aeronave, como um furo no pneu”, diz Klotzel.
3 O piloto tenta o pouso de qualquer jeito?
Não. Se ele percebe que não conseguirá pousar, ou arremete e dá voltas no ar até tentar de novo ou desiste e ruma para outro aeroporto.
4 Solavanco na aterrissagem é pouso mal executado?
Não. Segundo o engenheiro de voo, quando o vento está perpendicular à aeronave, o melhor a fazer é jogar o avião na pista rapidamente para ter mais tempo de freá-lo. “Se o avião não derrapa, não sai do caminho nem ultrapassa o limite da pista, é um ótimo pouso, mesmo com solavanco”, afirma.
5 Qual é o pior aeroporto para pouso do Brasil?
“No santos Dumont, não bastasse a pista ser curta, parte dela está cercada pelo mar. É um aeroporto que pensa que é um porta-aviões. Por isso, um comandante faz voos supervisionados antes de pousar sozinho lá”, diz Klotzel.
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