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Como funcionam os resorts all inclusive

Tudo o que você precisa saber para que as suas férias em um hotel no sistema “tudo incluído” sejam um sucesso

Por Bárbara Ligero
Atualizado em 24 out 2024, 11h15 - Publicado em 24 out 2024, 10h00
Drinks, resort, piscina, verão
Vai pedir um drink "premium"? Pergunte antes se ele faz parte do all inclusive (Johnce/Getty Images)
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Nos anos 1950, a rede francesa Club Med apresentou ao mundo o conceito “all inclusive”: cobrar do hóspede uma única tarifa para dormir, comer, beber e se divertir sem limites. Desde então, milhares de resorts adotaram o sistema. A moda pegou principalmente no Caribe e, mais recentemente, no Brasil.

A ideia por trás de umas férias all inclusive é viajar para resorts que sejam destinos em si. Ou seja, hotéis grandes e autossuficientes, que costumam agradar quem está com crianças, em lua de mel ou simplesmente a fim de passar uns dias de papo para o ar, comendo e bebendo à vontade, sem ter de pesquisar os melhores lugares da região ou tocar na carteira.

Apesar de o termo “all inclusive” indicar que está tudo liberado, o que está incluso na diária varia conforme a hospedagem. Muitas cobram taxas extras para refeições e bebidas premium, frigobar, room service, atividades de lazer, entre outros serviços. Ou seja, é preciso estar atento para que o objetivo de “não levar um susto com a conta” (que tanto pregam os all inclusive) não vá por uísque importado abaixo.

Além disso, há outras coisinhas a serem analisadas antes de fazer a reserva, como o perfil do hotel, a variedade de restaurantes, o entretenimento, etc. Veja a seguir um guia para escolher o hotel sem cair em roubadas.

Sem pegadinha

Em férias all inclusive, sua experiência é inteiramente determinada pelo hotel e as facilidades que ele oferece. Eis aqui o que você deve pesquisar e as perguntas que você deve fazer à administração do resort ou ao seu agente de viagens para saber exatamente o que esperar dele:

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1. Por que o preço é atraente?

Compare as diárias de outros hotéis no mesmo destino. O preço está diretamente ligado ao padrão das acomodações, à categoria das bebidas servidas, à nobreza dos ingredientes usados nos restaurantes, ao serviço e às atividades de lazer inclusas.

2. Quando ir?

Entre a meia e a baixa temporada você paga menos e ainda evita encontrar resorts lotados. Tente casar essas épocas com meses de clima estável no destino.

3. Qual o perfil do hotel?

Se você está em lua de mel, provavelmente não quer uma multidão de crianças correndo pelos corredores. E, se está com os filhotes, não quer hotéis com competição de shots de tequila no bar da piscina. Pesquise qual a pegada do resort antes de reservar e para isso um bom aliado é a caixa de comentários da hospedagem no Booking.com. Os muito grandes tendem a ter espaço para todos. Mas há alternativas com clima mais romântico ou com mais atrações infantis e outros com vida noturna turbinada.

4. Como é a localização do hotel?

Se informe sobre como é o trecho de praia: o mar é calmo? A faixa de areia é larga? Tem recifes de coral ou acúmulo de algas? Como é o acesso à praia? Ah, quer dizer que fica na beira da praia, mas o mar não é lá essas coisas? E como são as piscinas? É preciso caminhar muito para ir do quarto até a piscina?

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5. Qual a qualidade das bebidas alcoólicas?

Procure saber a marca das bebidas servidas. Em algumas redes, é comum cobrar extra por drinques premium. Nos mais baratos, é melhor ficar na cerveja.

6. Há chance de upgrade?

Dependendo da disponibilidade do hotel e da época do ano, vale a pena perguntar no check-in quanto custa para fazer um upgrade na categoria do seu quarto. O valor extra pode render acomodações com vista para o mar, lounges na praia e privilégios nos restaurantes à la carte.

7. Como funcionam os restaurantes à la carte?

A maioria dos resorts tem um restaurante grandalhão, bufê e algumas opções à la carte. Muitas vezes, a reserva nestes últimos é obrigatória e precisa ser feita antes da sua chegada. Cheque se todos os restaurantes à la carte estão inclusos na diária, e qual o preço dos que não estão. Em muitos all inclusive econômicos a comida é a mesma do bandejão só que melhor apresentada no prato.

8. Tem superlotação?

Fila na recepção e no bufê, espreguiçadeiras e restaurantes lotados: muitos all inclusive podem sofrer desses males na alta temporada. De novo, consulte a caixa de comentários no Booking.com.

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9. As crianças vão gostar?

Cheque a programação para os pequenos e veja se a estrutura vai além do “kids club” tradicional, algumas vezes limitado a videogames e brinquedoteca. A recreação infantil é o ponto alto dos resorts brasileiros, fazendo com que muitas famílias prefiram não ir ao exterior. Se estiver com bebês, veja se há serviço de babá e a partir de que idade os pequenos podem ser atendidos pela monitoria.

10. Atividades aquáticas estão incluídas?

Muitos resorts de praia incluem esportes aquáticos não motorizados, como caiaque, snorkel e stand-up paddle, mas alguns cobram taxas.

11. É permitido usar a área do spa?

Vale perguntar se é preciso adquirir um tratamento no spa para poder usar piscina aquecida, sauna, hidromassagem, etc. Em alguns hotéis, isso já vem incluído na diária; em outros, é preciso pagar uma taxa ou estar numa determinada categoria de quarto.

12. O frigobar e o serviço de quarto estão incluídos?

O conteúdo do frigobar que está incluso na diária varia conforme o hotel. Alguns têm só água; outros são turbinados com comidinhas e bebidas. Já o room service incluído é considerado um bônus.

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13. Tem traslados gratuitos?

Alguns levam e buscam no aeroporto. Outros também oferecem transporte para visitar o vilarejo ou a cidade próxima, por exemplo.

14. Há diversão noturna?

Em alguns, a noite é monótona, enquanto outros têm espetáculos, festas, sessões de cinema e baladas. O horário também varia muito.

Quando um all inclusive vale a pena

O hotel all inclusive é bem-vindo quando você pretende passar bem mais tempo dentro do resort do que fora dele para curtir tudo o que tem a oferecer com gastos programados. O sistema também vai bem em hotéis isolados, de onde não seja possível “escapar” para curtir uma cidade ou um vilarejo. Agências e operadoras costumam ter bloqueios em companhias áreas e quartos dos resorts e podem vender pacotes com preços atraentes, além de permitirem parcelamento. Vale simular a reserva por conta própria e comparar os valores.

Leia mais em Manual do Viajante

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