Você é universitário, tem um bom nível de inglês e sonha em ostentar uma experiência de trabalho internacional no currículo?
Então pode começar a fazer os planos para descolar uma vaga lá fora, afiar ainda mais o idioma e ganhar (em dólar) por isso. É possível fazer um estágio remunerado na sua área de estudo ou trabalhar em cafés, resorts e multinacionais.
Estágio remunerado
É a melhor maneira de adquirir experiência no próprio ramo profissional e dar um upgrade no currículo. Muitos programas ainda oferecem algum curso simultâneo.
Os estágios geralmente são destinados a universitários, mas algumas modalidades aceitam pessoas que já se graduaram. Os programas duram até um ano e meio e custam cerca de US$ 3 500, o semestre.
A remuneração varia de acordo com a área de trabalho e do país escolhido. Os salários, pagos pelos empregadores, são para cobrir as despesas com moradia, alimentação e transporte (o valor médio mensal oferecido por empresas européias é de 650 euros).
Além das agências de intercâmbio, há duas organizações especializadas em organizar estágios para universitários no Brasil: a Aiesec e a Iaeste. As duas têm programas em mais de 80 países.
Os da Aiesec são voltados para áreas como marketing, negócios, engenharia e tecnologia. É obrigatório ser fluente no idioma e ter concluído 60% do curso superior. A seleção considera também currículo universitário e profissional do candidato.
Os programas da Iaeste, representada no Brasil pela Associação Brasileira de Intercâmbio Profissional e Estudantil (Abipe), exigem que o candidato tenha idade entre 18 e 33 anos, esteja matriculado numa faculdade e tenha cursado pelo menos um ano no Brasil.
O nível do idioma exigido depende do empregador, mas o mais comum é que seja pedido nível avançado. Os países que mais oferecem vagas são Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, mas dá para ir até para a China.
Trabalho remunerado
Uma das opções é o chamado Work and Travel ou Work Experience, um programa voltado para universitários de graduação ou pós-graduação, de 18 a 28 anos de idade, com nível de inglês pelo menos intermediário e que queiram trabalhar em outro país entre os meses de dezembro a abril.
Muitos participantes trabalham durante três meses e aproveitam para viajar e conhecer outras regiões do país no fim da viagem.
Você pode escolher entre sair do Brasil com o emprego certo ou buscar trabalho ao chegar ao país. As vantagens de viajar sem emprego são a maior flexibilidade para escolher o trabalho e o destino e a liberdade de mudar de emprego com mais facilidade caso não se adapte – mas para quem vai pela primeira vez, é aconselhável sair do Brasil com a colocação garantida.
Para participar do programa, é necessário ter um nível mínimo de conhecimento da língua, dependendo da função a ser desempenhada.
Quem pretende trabalhar em contato com o público precisa ser fluente no idioma, mas para empregos na cozinha de restaurantes, por exemplo, não é necessário ter tanto domínio. Há mais oportunidades para os Estados Unidos, mas Canadá e Austrália também são bons destinos para esse tipo de programa.
A maioria das vagas está em hotéis, lojas, cassinos, restaurantes e estações de esqui e, nos Estados Unidos, a remuneração fica entre US$ 7,25 a US$ 12,00 por hora. O custo para os EUA é de US$ 2 000 em média (gastos com visto, passagem e manutenção no país são pagos à parte).
Existe ainda a possibilidade de trabalhar nos parques da Disney. A carga horária é de 20 a 40 horas semanais e o estudante ganha no mínimo US$ 9,50 por hora trabalhada. Para participar, é preciso entrar em contato com a STB, que dá início ao processo seletivo no Brasil.
Além do Work and Travel, quem quiser pode trabalhar em navio. A duração do programa é de quatro a seis meses. Há vagas para inúmeras funções e o salário varia de acordo com o cargo. A vantagem é que dá para conhecer vários países do mundo sem gastar um tostão.
Para participar da modalidade, você precisa ter pelo menos 18 anos de idade, experiência na área em que irá atuar e inglês razoável. Dependendo do navio, exige-se mais um ou dois idiomas. O participante precisa bancar despesas com vistos e transporte até o navio, mas algumas companhias reembolsam esses valores.