Imagem Blog Vem pra Nova York Rogéria Vianna é publicitária e vive em Manhattan há mais de 10 anos, onde faz produção executiva para programas de TV como o "Entre Mundos com Pedro Andrade", na CNN. Aqui ela não vai poupar sola de sapato nem MetroCard para provar que Nova York é muito mais do que a Times Square
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Miami: ótimas razões para se hospedar em Brickell

As mordomias dos hotéis East e Mandarin Oriental, os restaurantes badalados, as esticadas para Wynwood e além

Por Rogéria Vianna
Atualizado em 17 out 2023, 13h32 - Publicado em 16 out 2023, 12h27

Paraíso tropical onde a latinidade se mistura ao american way of life, Miami é frequentemente um destino dobradinha para os viajantes que vêm a Nova York. Para mim, é um refúgio durante os longos meses de inverno, quando as temperaturas de Manhattan ficam abaixo de zero e as da Flórida giram em torno de 15ºC e 25ºC. Por isso, não hesitei ao receber o convite para conhecer uma Miami fora do óbvio – e ela fica em Brickell.

Miami Beach é o endereço mais visado em Miami: fica perto das praias, dos restaurantes, dos bares, das casas noturnas, das dezenas de lojas famosas e das notáveis fachadas art déco da Lincoln Road. É difícil mesmo fugir dessa fórmula de sucesso. Mas minha estada recente na cidade me fez enxergar Brickell como uma alternativa pra lá de interessante – e fica a apenas 15 minutos de South Beach, que, como o nome diz, é a parte sul de Miami Beach.

Brickell é o centro financeiro da cidade, onde estão concentrados os grandes bancos e prédios comerciais: não à toa, ficou conhecida como a “Manhattan do Sul”. Nos últimos anos, a região passou a atrair residentes para os edifícios de luxo, que têm uma vibe cosmopolita diferente do resto da cidade e abrigam restaurantes, bares e lojas bacanas – outro fator que a levou a ser comparada à Nova York. Talvez isso explique porque gostei tanto da área.

Para desbravar esse pedaço tão interessante, minha estada foi dividida em dois hotéis – o East Miami e o Mandarin Oriental – sobre os quais falo a seguir:

EAST MIAMI

O East Miami foi inaugurado em 2016 e vem na esteira de sofisticação de suas unidades em Beijing e Hong Kong. É um hotel jovem, charmoso, sustentável e tecnológico. Impossível não se impressionar com o seu elevador futurista, cujo espelho reflete pontos de luz infinitamente e torna irresistível tirar uma selfie ali eu fazia uma a cada vez que entrava.

De quebra, esse elevador também te deixa no meio do Brickell City Center, um centro de compras com lojas conceituadas como Jo Malone, Channel, Saks Fifth Avenue, Apple e Victoria Secret’s, além de diversos restaurantes e cafés.

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Outro destaque do hotel é a vista maravilhosa para Biscayne Bay e Downtown Miami, que pode ser vista das sacadas dos quartos e também da banheira — até quem não é influencer vai querer tirar fotos mil de dentro dela. 

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Por falar nas acomodações, vale mencionar que o East também possui suítes residenciais de um, dois e três quartos com cozinha totalmente equipada e lavanderia, uma ótima opção para famílias e quem pretende passar uma temporada longa em Miami.

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Todos os hóspedes têm acesso à estrutura e serviços do hotel, que inclui uma ampla área ao ar livre com jardim, bar e nada menos que quatro piscinas (uma olímpica, uma aquecida, uma de imersão fria e uma de hidromassagem). Há ainda bicicletas elétricas à disposição e uma academia aberta 24 horas com equipamentos modernos e agenda de aulas com instrutores. 

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Para completar, o East é bem servido no quesito bares e restaurantes. O Quinto é de culinária sul-americana e serve pratos feitos no forno à lenha. O Sugar é considerado um dos melhores rooftops dos Estados Unidos, com ótimo cardápio de drinks e pratos de inspiração asiática. O Tea Room é um sofisticado cocktail bar inspirado em Hong Kong. E o Domain, por fim, é um café no lobby que também é serve como espaço de coworking. E o melhor: mesmo quem não estiver hospedado pode frequentá-los.

Dica: bem pertinho do East fica outro ótimo restaurante que eu estava louca para conhecer há tempos, o Sexy Fish. Super badalado, ele é especializado em frutos do mar e tem inspiração japonesa. A decoração, um capítulo à parte, tem luminárias em formato de peixe desenhadas por Frank Gehry e parece nos transportar a um mundo subaquático (não deixe de ir ao banheiro, é surpreendente). À noite, um DJ anima o lugar. Apesar de todo o requinte, tem preços honestos, com um lunch special de três pratos por cerca de US$ 30.

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MANDARIN ORIENTAL

Tradicional e requintado, o Mandarin Oriental fica perto de tudo, mas ao mesmo tempo é um oásis de tranquilidade porque está numa pequena ilha particular chamada de Brickell Key.

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As varandas dos quartos parecem ser invadidas pela vista para a Biscayne Bay — o tipo de vista que, não importa quão longa seja a sua estadia, você não vai enjoar nunquinha. O visual é tão bonito que foi aberta uma janela na parede do banheiro para que a gente possa desfrutar até enquanto toma um banho de banheira. Um luxo só. 

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A gastronomia também é destaque por aqui. No lobby, o MO Bar + Lounge tem música ao vivo de quarta-feira a sábado, cardápio de inspiração oriental e ótimos drinks batizados com nomes dos bairros de Miami. É perfeito para quem quer comer bem, mas curtir um clima de bar.

Já o La Mar by Gastón Acurio, franquia do famoso chef de Lima, é um dos restaurantes mais aclamados de Miami e proporciona uma viagem gastronômica pelos sabores da culinária de fusão asiático-peruana. A seleção de piscos e de ceviches são um must. O ambiente interno é um charme, mas as mesas externas na varanda vêm com a belíssima vista da Biscayne Bay de brinde. 

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Assim como em toda a rede, o bem-estar é um dos pilares do Mandarin Oriental. O spa tem um cardápio de terapias holísticas de saúde e beleza que prometem revitalizar o corpo e a mente: são tratamentos faciais, corporais e até uma sessão especial que ajuda a curar o jet lag de quem acaba de chegar na cidade. Me rendi às massagens e a uma sessão de meditação — justo eu, que não paro por nada — e tenho que admitir que adorei esses momentos de paz.

Depois de sair do spa, você pode se esticar em uma espreguiçadeira na piscina com vista para o mar ou dar uma caminhada pelo River Walk Trail, uma pista que contorna a ilha. 

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Para completar, o hotel oferece experiências exclusivas aos hóspedes, como uma visita VIP ao Sawgrass Mills, o melhor outlet da cidade. Mais especificamente no The Collonade Outlets, que é a área dedicada às marcas de luxo. Eles se encarregam do transporte até o local e do agendamento das visitas nas lojas antes da abertura para o público em geral.

ESTICADAS DE BRICKELL

De Brickell, são apenas 20 minutos de carro até Wynwood. Antes abandonado, o bairro passou por grande projeto de revitalização e se transformou em uma galeria a céu aberto. O enclave reúne diversos murais coloridos, com pinturas em grande escala feitas por alguns dos artistas de rua mais conhecidos do mundo. Além disso, os antigos armazéns da área foram convertidos em restaurantes, cervejarias, lojas e galerias de arte, frequentados hoje por público jovem e moderno.

Uma das atrações mais famosas é Wynwood Walls, um pequeno parque fechado repleto de obras onde você pode ver pinturas dos brasileiros Osgêmeos e Kobra. Logo ao lado fica o Museum of Graffiti, onde você pode saber mais sobre a história desse estilo.

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O museu também oferece um workshop de grafite com um artista, que conduz os participantes pelas ruas do bairro contando histórias até chegar a um muro onde eu pude descobrir a grafiteira que existia em mim e eu nem fazia ideia. Sim, caros leitores, eu grafitei e amei! Não requer prática nem tampouco habilidade e eu saí toda orgulhosa por ter deixado minha obra em uma parede do tão famoso distrito.

Aproveitando a passagem pela área, o almoço foi no badalado e delicioso Doya. Um restaurante lindo, estrelado pelo Guia Michelin, que se autodenomina “Egeu moderno” pelas influências da culinária grega e turca. A maioria dos pratos é feita no forno a lenha, para serem compartilhados na mesa. Deslize a galeria abaixo para ver algumas delícias que eu provei.

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De Brickell você também estará a poucos minutos de carro de atrações como o Pérez Art Museum Miami, Little Havana, Villa Vizcaya (um conjunto de museu e jardins exuberantes) e de Coconut Grove, o bairro mais antigo da cidade.

Quem gosta de explorar a cidade pode tirar proveito do Metromover, um trem elevado que percorre sete quilômetros pelo centro urbano de Miami ligando diversas atrações turísticas, como HistoryMiami Museum, Pérez Art Museum, Bayside Marketplace e até o Miami Circle, território indígena em ruínas com mais de 2 mil anos de história. 

Na sua próxima ida a Miami, que tal dar uma chance para Brickell?

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