Imagem Blog Vem pra Nova York Rogéria Vianna é publicitária e vive em Manhattan há mais de 10 anos, onde faz produção executiva para programas de TV como o "Entre Mundos com Pedro Andrade", na CNN. Aqui ela não vai poupar sola de sapato nem MetroCard para provar que Nova York é muito mais do que a Times Square
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A volta da loja Century 21 a Nova York

O famoso templo das compras que vende marcas de grife com grandes descontos reabriu no antigo endereço, no Financial District de Manhattan

Por Rogéria Vianna
Atualizado em 13 ago 2023, 21h29 - Publicado em 7 ago 2023, 11h44

Detentora de algumas das melhores ofertas de Nova York, a Century 21 era o destino certo dos brasileiros que chegavam ávidos por roupas, sapatos, óculos, perfumes e objetos para casa com aquele desconto maravilhoso. A loja está de volta, mas de forma bem mais modesta ao contrário da Tiffany & Co., que reabriu mais chique do nunca.

Fundada pelos primos Al e Sonny Gindi em 1961, em Lower Manhattan, a Century 21 oferecia uma seleção exclusiva de marcas sofisticadas, designers emergentes e produtos de design autênticos. As novidades chegavam toda semana na loja física e no site, com descontos que podiam chegar a até 65%.

Não eram só os turistas que amavam a “Century”, como é chamada carinhosamente: praticamente todo nova-iorquino tem uma história relacionada à loja, que recebia de 12 mil a 15 mil compradores todos os dias.

A rede sobreviveu aos atentados de 11 de Setembro, mas não resistiu à pandemia. Em setembro de 2020, as 14 lojas em quatro estados norte-americanos foram fechadas, incluindo a mais popular delas: a primeira aberta pelos primos Gindi na Cortlandt Street, no Financial District de Manhattan. Ninguém quis acreditar.

Mas eis que, como uma fênix, a Century 21 renasceu em maio como Century 21 NYC — e no mesmo endereço na Cortlandt Street, bem em frente ao World Trade Center. Foi a alegria geral da nação de shopaholics.

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A inauguração atraiu uma multidão e gerou um frisson tão grande que o sistema da loja travou. Mas isso não desanimou os clientes que estavam por lá, incluindo o prefeito de Nova York, Eric Adams, que fez a primeira compra do dia e arrematou uma camisa azul da marca sueca Eton por US$ 129,99 (menos da metade do preço de tabela, que era US$ 275).

Portas abertas, vamos ao que interessa. Se você esteve na antiga “Century”, pode se decepcionar um pouco com sua versão mais simples — ou “intimista”, como diriam meus colegas do marketing. A nova loja ocupa 10 mil m² divididos em quatro andares, enquanto sua antecessora ocupava sete.

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O tour de compras é emocionante como uma caça ao tesouro. No piso térreo, você vai se deparar com fragrâncias, óculos de sol, bolsas e outros acessórios. Em um dos setores há vitrines trancadas cheias de bolsas de grifes como Louis Vuitton, Saint Laurent e Gucci.

Antigamente, esse andar abrigava imensos balcões de perfumes e maquiagem, que atualmente não existem mais. Aliás, a oferta desses itens reduziu drasticamente.

Logo abaixo, no subsolo, fica a área de roupas para crianças, malas e sapatos, a perdição de muita gente. Há modelos femininos, masculinos e infantis, com diversos estilos, de festa aos mais esportivos.

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Continue subindo as escadas rolantes e você chegará ao departamento feminino, no segundo andar, e ao masculino, no terceiro. A curadoria de marcas inclui grifes badaladas como Fendi, Chloe, Kenzo, Givenchy, Halston, Cult Gaia, Kensie, Ecco, Vince, Camper, Kappa, Obey, Hugo Boss, Fila, Moschino e Michael Kors. Além disso, há destaque para designers emergentes e baseados em Nova York, que mudam com frequência.

Independentemente do que você coloca na sua cesta de compras, uma coisa é certa: tudo tem desconto e absolutamente nada é vendido a preço cheio. E é bom saber que há um alfaiate na loja para fazer pequenos ajustes, como bainhas.

Entre as novidades estão a área de autoatendimento no térreo, onde os clientes podem economizar tempo ao pagarem sozinhos suas compras, e o fato do estoque da loja agora incluir bolsas vintage. Elas são fornecidas pela Two Authenticators, que encontra e autentica produtos de luxo usados para serem vendidos por varejistas.

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Outra mudança é visual: atrás dos caixas há um grande painel de Timothy Goodman, artista baseado em Nova York que é famoso por sua pop art.

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A reabertura da Century 21 NYC vem acompanhada de uma esperança de retorno à normalidade no setor do varejo, que nos últimos anos vem fechando lojas físicas devido ao advento das compras online. Falando nisso, até o momento não existe a possibilidade de fazer compras pelos site da Century, como acontecia no passado.

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Para ser sincera, eu sempre achei um pouco exagerada a fama da Century, mesmo em seus tempos gloriosos. Há outras lojas onde é possível encontrar verdadeiras barganhas com preços ainda menores, como a Burlington’s Coat Factory, a TJ Maxx e a Marshall’s.

De qualquer forma, reconheço que a Century 21 NYC é um pilar do comércio nova-iorquino e que todo desconto, especialmente em dólar, é bem-vindo. Afinal, não tem olho que não brilhe com uma etiqueta onde estejam escritas as palavras mágicas “de:/por:”.

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