E com vocês, Marvila: o bairro mais hipster de Lisboa
Enormes galpões industriais dão lugares a ateliês de arte, espaços de coworking e lojas vintage na região de Marvila, em Lisboa; veja o que fazer aqui
O movimento é comum nos grandes centros urbanos. De tempos em tempos, uma região até então degradada e esquecida, recheada de galpões industriais, vira a nova bola da vez. Primeiro vêm os artistas mais alternativos, depois baladas, ateliês, cafés, restaurantes e pronto: tem-se um queridinho da noite para o dia. Pois Lisboa tem a sua grande aposta nos dias de hoje: Marvila. Anote este nome.
Marvila fica lá depoooois de Xabregas, mas ainda antes do Parque das Nações, do ladinho de Chelas (esses nomes! ). E já está virando reduto hipster. Graças às festas na região vizinha do Braço de Prata e ao perfil de quem está aos poucos se estabelecendo por ali.
A primeira vez que eu ouvi falar da região foi ao ficar sabendo que o ateliê de um artista superbacana daqui, o Panda, fica lá. Depois o chef Henrique Sá Pessoa me contou que está montando um mix de laboratório gastronômico e estúdio fotográfico por lá. E desde então eu só ouço um zum zum zum de gente falando de Marvila. Eu também quero um galpão em Marvila. Só não descobri ainda para quê.
O coração da região é a Praça David Leandro da Silva. É lá que fica o Cantinho do Vintage [a loja mudou de endereço em 2021 e foi para bem perto do aeroporto], ocupando um galpão enorme, perdição das perdições para quem gosta de coisas com cara de antigamente.
Tem de bicicleta a mesa, de telefone a caixa de madeira para vinil, de máquina de escrever a cadeira, de poltronas da avó a placas e luminosos de antigas casas de comércio da cidade. Dá para ficar horas lá dentro sem nem ver o tempo passar.
Um dos projetos mais interessantes da região é o da Fábrica Moderna, uma oficina de criação coletiva com espaço para co-working e um maquinário sensacional para ser usado de forma avulsa, incluindo impressão 3D, corte e gravação a laser. Ali rolam de consultorias a startups a workshops infantis.
O programa na região só fica completo com uma esticada ao Café com Calma, alguns passos adiante. Especialmente se for sábado, quando rola um brunch até 16h com direito a hambúrguer vegetariano em pão de beterraba, pudim de chia com salada de frutas e batata doce assada (eu disse hipster? ). Custa € 14,90 por pessoa.