Além-mar

Rachel Verano rodou o mundo, mas foi por Portugal que essa mineira caiu de amores e lá se vão, entre idas e vindas, mais de dez anos. Do Algarve a Trás-os-Montes, aqui ela esquadrinha as descobertas pelo país que escolheu para chamar de seu
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Lisboa e o maravilhoso mundo do azulejo

Rotas especiais traçadas por especialistas levam a alguns dos exemplares mais espetaculares da arte decorativa que é a cara de Portugal

Por Rachel Verano
Atualizado em 23 fev 2018, 16h43 - Publicado em 23 fev 2018, 10h21
Edifício decorado com azulejos do início do século 20 na Rua das Janelas Verdes, 70-78
Edifício decorado com azulejos do início do século 20 na Rua das Janelas Verdes, 70-78 (Zest Books/Divulgação)

Eles estão por todo canto: enfeitando as fachadas das casas, bordando placas de ruas, colorindo muros, decorando interiores de estações, palacetes, igrejas… Marca registrada de Portugal, os azulejos são tão abundantes em Lisboa que a capital é conhecida como a Cidade de Cerâmica.

De origem árabe (basta lembrar que a Península Ibérica esteve sob domínio mouro entre os séculos 8 e 15), os azulejos começaram a ser usados na decoração na época áurea das grandes navegações, por volta dos anos 1.500. Séculos mais tarde a técnica se popularizou e deixou os ambientes mais elitistas para se espalhar por todo canto.

Painéis que contam histórias: por toda a cidade
Painel que reveste a fachada da loja Viúva Lamego, no Largo do Intendente Pina Manique (Zest Books/Divulgação)

Lisboa tem um museu inteirinho dedicado ao tema, o Museu Nacional do Azulejo, em Alfama/Xabregas, que contar parte desta história. Quem quiser mergulhar no tema tem agora mais uma ajuda: acaba de ser lançado o livro de fotografias Azulejo em Lisboa (128 páginas, € 24), da editora Zest, um compilado de alguns dos mais emblemáticos painéis e fachadas da cidade.

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A capa do livro: bela curadoria dos mais bonitos azulejos da cidade
A capa do livro: bela curadoria dos mais bonitos azulejos da cidade (Zest Books/Divulgação)

O conteúdo está dividido por períodos cronológicos e visita de edifícios residenciais a anúncios publicitários históricos. O melhor? Ele é acompanhado de um guia de bolso com percursos por regiões turísticas da cidade, com mapinhas especiais. Assim, é só escolher o destino (que pode ser a Baixa-Chiado, o Bairro Alto e o Parque das Nações), seguir o roteiro e se preparar para bater perna – além de fazer muitos cliques!

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