Além-mar

Rachel Verano rodou o mundo, mas foi por Portugal que essa mineira caiu de amores e lá se vão, entre idas e vindas, mais de dez anos. Do Algarve a Trás-os-Montes, aqui ela esquadrinha as descobertas pelo país que escolheu para chamar de seu
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Herdade do Esporão: o maravilhoso mundo dos vinhos no Alentejo

Nos arredores da encantadora Monsaraz, uma vinícola com visitas guiadas, loja, degustações especiais e um senhor restaurante

Por Rachel Verano
Atualizado em 4 mar 2020, 19h05 - Publicado em 29 fev 2020, 14h15

Mesmo que você nunca tenha ouvido falar da Herdade do Esporão, você provavelmente já ouviu falar da Herdade do Esporão. E, muito provavelmente, já provou a Herdade do Esporão também. A vinícola, cuja principal propriedade ocupa um oásis de mais de 700 hectares no coração do Alentejo interior, é a produtora de uma das marcas mais queridinhas de vinho português no Brasil: o Monte Velho (e outras tantas mais, inclusive as que levam o nome da casa).

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Detalhe da mesa usada em degustações especiais, no meio da adega: uau (Bruno Barata/Reprodução)

Nos últimos anos, o grupo, gigante que produz nada menos que 14 milhões de litros de vinhos por ano, fincou também os pés no Douro, onde produz os vinhos Murças e Assobio. Mas o seu QG de enoturismo segue no Alentejo, nos arredores de Reguengos de Monsaraz (e a menos de meia hora da encantadora vilinha de Monsaraz, dona de um castelo do século 13 e cercada de imponentes muralhas – leia mais sobre ela aqui).

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Parte da adega batizada com um dos vinhos mais populares da casa: Monte Velho (Bruno Barata/Reprodução)

Visitar vinícolas e participar de degustações no Alentejo é sempre um ótimo programa, mas aqui, quase na esquina da Espanha, é melhor ainda. Isso porque há muitas maneiras de explorar a imensidão da propriedade, que data de 1267. Tem passeios de carro, de bicicleta, diferentes modalidades de visitas às caves e degustações e até uma visita ao lagar, com uma verdadeira aula sobre a produção de azeite, seguida de provas. Veja todos os detalhes aqui.

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O moderno lagar de azeite da propriedade: 1,8 milhão de litros por ano! (Bruno Barata/Reprodução)

Para ficar nas principais: as visitas diárias às caves, em grupo, com saídas (em português) sempre às 12h e às 16h, duram 1h30, passam por todas as etapas da produção e terminam com a degustação de três vinhos (€ 15 por pessoa). Quem quiser participar de uma degustação mais elaborada, chamada “prova vertical”, paga € 120 por até 8 pessoas no grupo para duas horas acompanhadas de sommeliers. Já a visita ao moderno lagar dura cerca de 1h30, com saídas às 10h, e inclui a prova de três azeites (€ 12,50 por pessoa); para provar todos os azeites da propriedade, o valor passa a ser € 25. Em qualquer uma das modalidades, recomenda-se fazer reserva.

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O elegante salão do restaurante: ares nórdicos (Bruno Barata/Reprodução)
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Independentemente da modalidade escolhida, o ponto alto está reservado para o restaurante.  Ali, em um ambiente com décor de ares nórdicos e vista para os vinhedos, prova-se delícias tipicamente alentejanas com toques contemporâneos que são uma surpresa do couvert à sobremesa. O menu varia a cada dia, de acordo com os ingredientes do mercado e a criatividade do chef. Mas começa sempre com um couvert onde é servido um espetacular pão rústico de fermentação natural e manteigas bem trabalhadas – pode ser, por exemplo, de leite de cabra com ervas e flor de sal, ou de banha de porco com alho frito.

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A presa de porco com pezinhos de coentrada: sabores locais revisitados (Bruno Barata/Reprodução)

 

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Cação e capuchinhas: toda a delicadeza (Bruno Barata/Reprodução)
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Entre os pratos, as receitas podem ir da tartelete com várias texturas de beterraba em contraste com o iogurte de ovelha até a presa de porco grelhada com pezinhos de coentrada, um clássico alentejano revisitado. É possível compor menus degustação a partir da carta do dia. O de cinco momentos custa € 50 e o de sete, € 65. Os pratos são escolhidos pelo chef. A harmonização com os vinhos da casa saem por € 15 e € 20, respectivamente.

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A deliciosa varanda: de frente para os vinhedos e o lago (Bruno Barata/Reprodução)

O vinho de sobremesa (ou o café) ficam ainda mais saborosos na varanda, com os olhos pousados no lago, a brisa a bater no rosto e aquela preguiça deliciosa que só a vida no campo é capaz de embalar. Um conselho? Deixe-se ficar. É um alento saber que o São Lourenço do Barrocal, um dos mais fantásticos hotéis da região (e do país!) está a poucos minutos de distância.

Reserve a sua hospedagem nos arredores de Monsaraz aqui.

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