Imagem Blog Além-mar Rachel Verano rodou o mundo, mas foi por Portugal que essa mineira caiu de amores e lá se vão, entre idas e vindas, quase dez anos. Do Algarve a Trás-os-Montes, aqui ela esquadrinha as descobertas pelo país que escolheu para chamar de seu
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Bistrô 100 Maneiras, em Lisboa: o melhor restaurante do mundo?

Fomos conhecer o queridinho do ranking da revista inglesa Monocle, no coração da capital portuguesa

Por Rachel Verano
Atualizado em 6 mar 2020, 14h30 - Publicado em 15 nov 2017, 14h30
A fachada do restaurante: pequena e discreta, em pleno Chiado
A fachada do restaurante: pequena e discreta, em pleno Chiado (Bruno Barata/Reprodução)

Em meados deste ano, a suuuper cool revista inglesa Monocle jogou, mais uma vez, todos os holofotes sobre Lisboa. Estava lá, no topo da sua lista dos melhores restaurantes do planeta, uma casa simpática e despretensiosa do Chiado: o Bistrô 100 Maneiras, capitaneado pelo chef iugoslavo Ljubomir Stanisic.

O bar, logo na entrada: descolado e animado
O bar, logo na entrada: descolado e animado (Bruno Barata/Reprodução)

A notícia foi recebida com festa. Afinal, tratava-se de mais um título importante para a capital que poucos meses antes havia sido eleita a melhor cidade do mundo nos Design Awards da também ultra badalada revista Wallpaper.

A primeira entrada, "choco com panka": gostosa, mas com excesso de gordura
A primeira entrada, “choco com panka”: gostosa, mas com excesso de gordura (Bruno Barata/Reprodução)

Aproveitei o título para finalmente ir conhecer o restaurante. De cara amei o clima despretensioso. Logo na entrada fica um bar animado, com música alta, atendentes felizes e desfiles de coquetéis. Mesmo com reserva, a mesa demorou um pouquinho, mas a espera passou voando ali. E então começamos o trabalhos.

Tempura de cogumelos: crocantes e sequinhos, perfeitos para petiscar
Tempura de cogumelos: crocantes e sequinhos, perfeitos para petiscar (Bruno Barata/Reprodução)

Caprichamos (ou melhor, exageramos) nas entradas – todas concebidas para partilhar. Primeiro veio o choco com panka, uma espécie de lula empanada com a casquinha crocante, acompanhada por uma maionese de wasabi. O saquinho está aqui para comprovar: havia gordura a mais. Mas a maionese estava deliciosa e no final tudo acabou gostoso.

Croquetes de cozido português: quentinhos, cremosos, imperdíveis
Croquetes de cozido português: quentinhos, cremosos, imperdíveis (Bruno Barata/Reprodução)

Na sequência pedimos cogumelos em tempura com molho à base de curry e croquetes de cozido (uma mistura de carnes e embutidos). Cogumelos bons; croquetes divinos.

O risoto de camarões com cogumelos: ponto alto do jantar
O risoto de camarões com cogumelos: ponto alto do jantar (Bruno Barata/Reprodução)

A grande estrela dos pratos principais foi o risoto de camarão selvagem, impecável. Nem o toque perigoso de azeite trufado tirou o seu brilho.

Polvo com açorda negra e purê de cebolas: uma confusão de sabores
Polvo com açorda negra e purê de cebolas: uma confusão de sabores (Bruno Barata/Reprodução)

Mas confesso que esperávamos mais do polvo picante com especiarias, açorda negra e purê de cebola (bem enjoativo) e da garoupa com risoto de açafrão e molho de chocolate (uma combinação que, para mim, não ornou muito).

A garoupa com molho de chocolate: orna?
A garoupa com molho de chocolate: orna? (Bruno Barata/Reprodução)

Resumindo: a casa do chef Ljubomir é animada e descolada. A comida é boa, mas acho que, de maneira geral, falta sutileza aos pratos (tanto que nem conseguimos chegar às sobremesas). A experiência geral, no entanto, vale a pena. E a conta (uns € 60 por pessoa) não chega a ser uma exorbitância quando se trata de restaurante premiado. Mas… melhor restaurante do mundo? 

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