Sicília bancará parte dos gastos dos viajantes, mas não de estrangeiros
O governo siciliano cobrirá metade do valor dos bilhetes aéreos e um terço das diárias de hotel. Estrangeiros não deverão ser contemplados
Em uma tentativa de reviver o turismo na maior ilha do Mediterrâneo, a Sicília anunciou que pretende cobrir parte dos gastos que os viajantes teriam para conhecer a ilha após o fim da pandemia de coronavírus.
O plano consiste em disponibilizar vouchers no site institucional Visit Sicily, que cobririam metade do valor de passagens aéreas, um terço do custo da estadia em hotéis e ainda dariam acesso gratuito às principais atrações turísticas.
A iniciativa parece mentira, mas foi baseada em cálculos racionais. Estima-se que desde o dia 9 de março, quando a Itália entrou em quarentena, a Sicília perdeu um bilhão de euros devido à paralisação da indústria do turismo.
A ideia do governo da ilha é investir 50 milhões de euros para bancar parte dos gastos que os primeiros turistas teriam ao viajar para lá.
Com isso, a expectativa é recuperar o dinheiro da campanha rapidamente e ainda colocar a Sicília no centro das atenções após o fim da pandemia de coronavírus, recuperando a economia local.
Ainda não há data certa para o início da disponibilização dos vouchers no site. Porém, é pouco provável que a iniciativa beneficie turistas estrangeiros. Segundo o assessor regional de turismo, Manlio Messina, a campanha será destinada ao mercado siciliano e, posteriormente, aos italianos no geral. “Não acho que possa ir além. Para o fluxo de turistas provenientes do exterior, devemos esperar 2021”, ele afirma.
Segundo levantamento, o turismo na Itália pode regredir meio século devido à crise global e à falta de confiança dos viajantes.
Porém, o país, que foi um dos primeiros da Europa a ser atingido pela pandemia, já vive um momento de maior otimismo. Os restaurantes de todo o país poderão reabrir a partir de 4 de maio, seguidos das lojas na semana seguinte.