Imagem Blog Piacere, Itália! Depois de passar um mês rodando a Toscana, Bárbara Ligero caiu de amores pela terra da bota e se matriculou em um curso de italiano. Atualmente, está aprendendo a gesticular com perfeição
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Como funciona o “aperitivo”, o happy hour italiano

Em boa parte dos bares italianos, pagando por um drink você se serve à vontade no buffet de petiscos - que muitas vezes é quase um jantar completo

Por Barbara Ligero
Atualizado em 9 ago 2018, 17h32 - Publicado em 9 ago 2018, 16h35
Aperol Spritz, o drink que não pode faltar no verão italiano, é bem fácil de preparar em casa (Marco Verch/Flickr)
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É possível entender muito do modo de vida italiano através do aperitivoPor todo o país, é comum que ao anoitecer os bares cobrem um valor fixo pelos drinks, que dão direito a se servir à vontade em um buffet de petiscos. Essa espécie de promoção, cujo valor gira em torno dos € 6 aos € 12, costuma começar às 19h e se estender até às 21h.

É nesse momento, entre o fim do expediente e o jantar, que os italianos se espalham pelas mesinhas para relaxar, se encontrar com os amigos e namorar. O costume fica ainda mais gostoso durante o verão, quando o calor atrai todos para a rua e o sol só vai embora lá pelas 21h.

Aperitivo, Itália
(Marco Mosti/Flickr)

Quando se fala em aperitivo aqui no Brasil, o que vem à mente são queijos, azeitonas, torradinhas… Mas na Itália, terra dos glutões, o termo ganha outras proporções. Alguns bares oferecem um buffet tão farto que o negócio passa a ser chamado de apericena, junção de aperitivo com cena, que significa “jantar” em italiano.

Pagando apenas pela sua bebida, dá para fazer uma refeição para lá de econômica com massa, pizza, salada, legumes, bruschetta, pão, queijo, prosciutto crudo e afins. Não à toa, o esquema faz sucesso entre os estudantes universitários antes da balada e – por que não? – entre os turistas que gostam de uma economia.

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Aperitivo, Itália
(Londonita/Reprodução)

Cerveja e vinho são possíveis pedidas, mas também vale aproveitar a oportunidade para experimentar os coquetéis mais tradicionais do país. Típico de Florença, por exemplo, o negroni leva gin, vermute rosso e Campari e é enfeitado com uma casca de laranja. Outras boas opções são o rossini, que mistura prosecco e suco de morango, e o bellini, de prosecco com suco de pêssego. Mas o clássico dos clássicos é o spritz, com aperol, prosecco, uma rodela de laranja e bastante gelo.

Seja qual for a escolha, quando estiver com seu copo na mão, pare para observar os italianos. Durante o aperitivo, fica claro o apreço que eles têm por comida de boa qualidade, pela fartura e, principalmente, pela qualidade de vida. Afinal, lá estão eles deixando o tempo passar devagar entre taças e quitutes.

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