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Rodovia das águas: a viagem de carro é mais legal na ponta do lápis

Por Bruno Favoretto
Atualizado em 27 fev 2017, 15h11 - Publicado em 17 dez 2015, 12h30
Tirolesa aquática do Parque Macaquinhos, em Serra Negra
Tirolesa aquática do Parque Macaquinhos, em Serra Negra (/)
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A capa do caderno Viagem SP de dezembro é uma saída econômica para o meu(inha) irmão(ã) que não quer pegar esse avião porque tem razão de achar muito caro.

São cinco roteiros cênicos de carro pelo estado, com cálculo de gasto de pedágio, gasolina e tempo na estrada.

Tem praias da Rio-Santos (Riviera, São Sebastião, Ilhabela e Ubatuba), serra verdinha (Campos do Jordão, São Bento do Sapucaí, Santo Antônio do Pinhal e Monteiro Lobato), cidades históricas (São Luiz do Paraitinga, Cunha e Bananal), ecos de ecoturismo (Analândia, Itirapina, Brotas e São Pedro) e águas democráticas (Amparo, Monte Alegre do Sul, Serra Negra e Águas de Lindoia), cujo texto você confere abaixo com o plus mineiro de Monte Sião.

Na ponta do lápis:

Distância: 182 quilômetros

Tempo médio na estrada: 3h15

Pedágios: um (R$ 9,60)*

Gasolina:  13,31 litros*

Quando ir: no inverno a temperatura pode cair para 5ºC. É mais divertido no verão. As tarifas no outono e na primavera costumam ser melhores.

* Referência: 13 k/l no trecho de ida

Taí uma rota familiar, daquelas para levar do bebê ao vovô, para ouvir de Palavra Cantada a Orlando Silva sem pestanejar. Harmonia musical nem sempre se tem no carro, ao contrário da que se acha pelas Estâncias Climáticas da (SP-360), popular Rodovia das Águas, pega pós-Bandeirantes. Essas cidades com tratamentos hidroterápicos, que antigamente eram visitadas apenas por idosos com hipertensão, agora recebem jovens em busca de relaxamento e de passeios em meio à natureza.

Lojas de móveis e barracas de frutas vão surgindo a cada curva da estrada, em boa parte duplicada. Com bambuzais e eucaliptos, o caminho é bonito, mas o trecho entre Morungaba e Amparo requer um recapeamentinho. Trecho, aliás, que é o mais cênico: 27 quilômetros para apreciar o relevo montanhoso. Aí vem Amparo, com seu Cristo Redentor (km 141), seu casario histórico, seus estrogonofes de chocolate na A Janela da Namoradeira e, claro, suas águas.

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Pena o velho balneário ter fechado, mas há oito fontes medicinais, como a Bocaina, na saída para Monte Alegre do Sul, onde o Balneário (Praça Rinaldo Godoi Borgiani, 19/3899-2246) tem saunas úmidas e a vapor (R$ 24), duchas escocesa e circular (R$ 24) e banheiras para imersão (R$ 24) em águas que contêm ferro e zinco.

Numa estrada de sobe e desce, hora de subir 18 quilômetros até Serra Negra, que também tem Cristo (Pico do Fonseca) e fisga os pequenos com os bichos e os passeios de jipe no Parque Macaquinhos (R$ 5). E os adultos com a rota queijo e vinho, na lindeza de estrada que vai a Itapira, onde fica a Fazenda Chapadão (SP-105, km 5, 19/99977-2040; sáb/dom 9h/17h; R$ 5), cuja visita inclui degustação de queijos da própria fazenda, caso do queijo verde de manjericão. O balneário segue em reforma, mas ao menos foi reinaugurado o conjunto aquático com suas piscinas.

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Mais 15 minutos sinuosos conduzem a Águas de Lindoia. Na Praça Adhemar de Barros, pais passeiam com os filhos em charretes, pedalinhos e “ferraris” com pedal. O viço de outrora não perdura no Balneário, construído nos anos 1950 com paisagismo de Burle Marx, mas ele segue com os serviços de spa (R$ 16 a R$ 75), com banhos aromáticos de chocolate, rosas e vinho – aproveite a fonte para encher sua garrafinha, pois a gestão hídrica neste estado bandeirante é tão confiável quanto o Thiago Silva na zaga da Seleção.

Menos montanhoso, o sprint final poderia ser até os balneários de Águas de São Pedro e Socorro, mas bora comprar em Monte Sião. Estacione o carro no Centro e perambule atrás de malhas a preços confortáveis, sem deixar de conhecer a Porcelana Monte Sião, com suas louças brancas com detalhes florais em azul que deixam a água mais fresca.

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