Já tinha comentado com vocês sobre o upgrade que a superlowcost Ryanair implantou no começo do ano em seus serviços – clique aqui para ler o post e saber como comprar as passagens com cartão de crédito brasileiro. Após despertar amor e ódio nas mesmas proporções em seus clientes-vítimas, a empresa mais barata e polêmica da Europa está numa campanha intensiva para limpar a sua barra. Voei de Ryanair este fim de semana e, clap clap clap, a coisa melhorou muito (agora é torcer para as tarifas continuarem baixas!). Aqui vai um ANTES & DEPOIS da companhia, levando em consideração os itens que mais irritavam os passageiros e davam o que falar:
Lugar marcado
Antes: Quem queria qualquer lugar marcado tinha que pagar uma taxa extra. Os demais passageiros faziam fila bem antes do embarque para conseguir uma vaga ao lado dos seus entes queridos.
Depois: Ao fazer o check in on-line você tem o lugar marcado automaticamente (fiz check in para três pessoas e os lugares foram marcados um ao lado do outro). Quem quiser escolher um assento específico (ou especial, com mais espaço e prioridade de embarque), paga uma taxa extra € 10 por pessoa. Comigo aconteceu o milagre: nossos lugares para o voo de ida vieram com embarque prioritário (sem fila!) e foram designados nas primeiras fileiras. Assim, do nada!
Antes: Como bagagem de mão, só era permitido um volume de 55 X 40 X 20 cms. Não era possível levar nem uma microbolsa extra, nem um casaco, nem um chaveiro. Não tinha choro: era tolerância zero e se a sua mala tivesse que ser faturada de última hora você pagava € 60.
Depois: É a grande melhoria, na minha opinião. Além da mala de 55 X 40 X 20 cms, você pode levar a bordo uma bolsa pequena de 35 X 20 X 20 cms, o suficiente para caber um laptop pequeno, câmera, livro, carteira, óculos, etc… Os sistema está bem menos rígido e, em nenhum momento, vi alguém tendo que enfiar a mala no famigerado medidor ou pesar a bagagem. Agora a pegadinha! A empresa só se compromete a levar 90 malas a bordo. As demais são despachadas, já no finger, sem custo extra (desde que dentro do limite de medida e peso, caso a mala seja maior você paga € 50, € 10 a menos do que a antiga tarifa). Ou seja, as pessoas continuam fazendo fila no embarque para garantir viajar junto com a mala… No voo de volta estive a ponto de me dar mal, mas pude usar o assento do meu irmão, que desistiu da viagem de última hora, para levar a minha mala.
Check-in on line e impressão do cartão de embarque
Antes: Quem esquecia de imprimir o cartão de embarque, mesmo tendo feito o check-in on line, pagava uma taxa absurda de € 70. Conheço muita gente que já pagou esse mico. Era de matar…
Depois: Quem se esquece de imprimir o cartão de embarque paga € 15 para fazer isso no aeroporto. O drama continua para quem se esquece de fazer o check in on-line. A taxa é de € 70 para check in no aeroporto. Mas, agora, você é lembrado disso ao longo do processo de compra e ainda recebe um email recordatório uns dias antes. Não custa prestar um pouco de atenção, né?
Visual do avião
Antes: O avião era um outdoor ambulante, com publicidade em todas as portas dos compartimentos de bagagem e na parte traseira do assento. Chegava a dar vergonha alheia dos executivos da empresa.
Depois: Ufa! A poluição visual se reduziu ao mínimo. Os anúncios das portas e assentos foram retirados. Só um banner anunciando as comidas e bebidas a bordo, discretinho, permanece na parte de trás do assento.
Poluição sonora
Antes: O voo era a feira de Acari. Bingos, sorteios, vendas, ofertas de free shop aos berros pelo autofalante… um inferno.
Depois: Ainda rola uma espécie de loteria. Mas o esquema é muito mais discreto, com o comissário anunciando a coisa num volume moderado, de forma rápida e pouco ostensiva. Também rolou venda de produtos típicos de duty free, mas isso não é exclusividade da Ryanair e as ofertas foram anunciadas de forma muito mais discreta. Em suma, os voos ficaram muito mais calmos.
Perrengues extra
Antes: Já aconteceu comigo. A decolagem foi atrasada por uma hora por causa do mau tempo e tivemos que esperar a bordo, sem ar condicionado. Aliás, embarcar e encontrar a aeronave como uma sauna era a praxe na companhia.
Depois: Pelo menos no meu voo, o ar condicionado já estava ligado quando começou o embarque.
Siga @drisetti no Twitter