Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Tailândia sem muvuca, parte 3: Koh Jum só pra você

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 16h06 - Publicado em 30 jan 2009, 16h01

Quer essa praia praticamente só pra você? Então pegue um barco em Krabi ou Koh Lanta (6 euros) peça para descer em Koh Jum. Em algum momento da travessia, o barco será abordado por barquinhos de pescadores onde estarão algumas pessoas gritando o nome do hotel que você inevitavelmente terá que ter reservado com antecedência em alguma agência (elas são inúmeras) de Krabi ou Koh Jum.

A mais ou menos uma hora de barco das blockbusters Koh Phi Phi e Krabi, cheguei a pensar que fosse lenda urbana a existência de uma ilhota quase desconhecida pelos viajantes. E não é que Koh Jum existe mesmo?

Povoada por uma pequena comunidade de pescadores muçulmanos, a ilha só está acordando para o seu potencial turístico agora, e a passos de tartaruga. Isso talvez se deva (teoria totalmente criada por esta blogueira) a um certo complexo de inferioridade em relação às suas vizinhas. Sim, Koh Jum é linda. Mas seu estilo de praias longas e planas não é tão esplendoroso como o de Krabi e Phi Phi, famosas pelas formações rochosas que emergem do mar e tornam o cenário avassalador. Fazendo uma analogia, aquela sua vizinha pode até ser linda. Mas se estivesse ao lado da Gisele Bündchen provavelmente não chamaria muita atenção.

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A praia principal, Long Beach, tem dois resorts (relembrando, resort aqui não quer dizer um hotel enorme mas sim um conjunto de bangalôs) – Koh Jum Villas e Koh Jum Lodge – ultra confortáveis com bangalôs enormes construídos em materiais naturais como bambu, palha e madeira. Tenho batido muita perna nessa Tailândia para descobrir achados em matéria de hotéis e pousadinhas, e posso afirmar que esses dois estão entre os mais charmosos que vi até agora. O preço (a partir de 90 euros por dia) não é para o meu bico mochileiro, mas vale o empenho de quem faz questão de mordomias.

Os demais resorts da ilha, em sua maioria formados pelos bangalôs breguinhas de concreto que os tailandeses inventaram para substituir aqueles de bambu que se escafederam no tsunami, tem como diferencial um ótimo serviço, com limpeza de quarto e troca de toalhas todos os dias mesmo nas acomodações mais simplezinhas (como o meu bangalô de 12 euros no Andaman Resort, de frente para o mar), uma raridade por aqui.

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O clima na ilha é de tranqüilidade absoluta. E o pôr-do-sol, entre as ilhas de Koh Phi Phi Leh e Koh Phi Phi Don é dos mais bonitos que já vi na minha vida.

Contra indicações: pessoas com aversão a clima “propaganda de margarina”. Noventa por cento dos freqüentadores são famílias nórdicas com pimpolhos loirinhos (cujas bundinhas brancas os pernilongos adoram devorar) chorões que podem provocar ímpetos infanticidas em corações menos fraternos depois do segundo dia.

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