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Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Show de pompoarismo em Bangkok – a missão

Em nome do jornalismo, nossa colunista foi pela segunda vez e decreta: não vale a pena!

Por Adriana Setti
Atualizado em 14 dez 2017, 16h36 - Publicado em 8 fev 2013, 15h00
Super Pussy, Bangcoc, TailândiaSuper Pussy: o nome prometia…

Anos atrás, escrevi um relato sobre a minha bizarra experiência em um show de pompoarismo e sexo ao vivo em Bangkok — da qual saí com um dardo vaginal enroscado no cabelo e a sensação de ter ido em um espetáculo (na falta de um termo mais preciso) de segunda linha. (Aqui está o link para o post)

Não satisfeita, resolvi repetir a experiência, desta vez em um dos clubes mais famosos da região de Patpong, o bairro da “luz vermelha” de Bangcoc. O nome do estabelecimento: Super Pussy. Dessa vez haveria de ser algo melhor…

Para quem nunca ouviu falar, este afamado tipo de show consiste em mulheres que desempenham com suas partes íntimas tarefas para as quais os demais seres humanos costumam empregar as mãos: fumar, escrever, abrir garrafas, arremessar bolinhas de ping-pong, etc.

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No palco, algumas artistas não muito jovens, não muito magras e não muito belas. Apesar da música bombando (funk carioca!), nenhuma delas dançava. Em pé, paradas, elas cobriam as suas respectivas “bases de lançamento” com as mãos, enquanto outras avançavam sobre o público em busca de uma caixinha. Ou seja, apesar de termos pago a entrada, isso não era garantia de que teríamos bolinhas voando ou qualquer atração a mais além dos dois travestis de meia idade que “animavam” o palco com seus movimentos robóticos.

Enfim, dois ingleses resolvem desembolsar alguns tostões. Então somos brindados com a estrela da casa (a única pompoarista desprovida de uma cicatriz de cesariana e com a arcada dentária completa), que curva-se para frente e dá algumas baforadas num cigarro. Alguém bate duas ou três palmas, configurando o auge da empolgação da noite.

Assim como da outra vez em que fui a um espetáculo desses, o que mais me impressionou foi o ar de tédio e mau humor das mulheres em cena. É mais do que evidente que nenhuma delas está ali porque quer. Chega a ser constrangedor.

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Duas ou três performances e alguns bocejos pompoaristas mais tarde, uma  das artistas “empunha” uma caneta e, de cócoras, decreta o fim do show escrevendo em uma cartolina: welcome do Bangkok.

A frase de um amigo que estava comigo resume o espírito da coisa: “é um negócio tão deprimente que não vale nem a curiosidade”.

Não é sexy. Não é interessante. Não é legal. Não vale a pena.

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