Achados
Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
Réveillon a preço de banana com sol, calor e festa numa praia badalada? Toca pra Tailândia! (Ou? Réveillon no Brasil? Tô fora!)
Um dos bangalôs (aquele lá da direita) onde me hospedei no começo deste ano em Pha Ngan, por 12 reais ao dia por casal.
Estou fora de passar o réveillon no Brasil. Ok, ok, é uma data realmente alto astral, com todo mundo de branco soltando os seus exus à beira-mar. Mas o custo/benefício não vale a pena. Pelo menos na minha modesta opinião.
Em primeiro lugar, por causa do preço. Os donos de pousadas estão precisando colocar os pés no chão. Uma diária custar 100 reais no dia 15 de dezembro e 500 no dia da virada não faz sentido, por mais altíssima temporada que seja. Isso não acontece em Ibiza em agosto, não acontece em Veneza no carnaval e nem em Nova York no ano novo. Não nessas proporções.
Vista da janela de um outro bangalô onde me hospedei na ilha
E eu, que moro fora, ainda tenho que pagar quase o dobro pela passagem de avião até São Paulo, que nessa época gira em torno dos 1400 euros. Me inclua for a dessa!
A praia de Chaloklum, ao norte, meu xodó: NADA de cadeira e mesa de plástico!
Além da facada, também acho um inferno ter que decidir o que vou fazer no dia 31 de dezembro que vem quando mal acabei de pular a última das sete ondas. Longo prazo pra mim é três meses. Mais que isso é um tempo que não existe.
Vista da minha cama… ruim, viu?
Pois bem, depois de uma boa fase pregando o desapego ao réveillon e “curtindo” a virada tranqüilinha aqui em Barcelona, onde a data é sempre media-bueca, resolvi que este ano preciso da proximidade de Yemanjá para começar o ano. A solução? Toca pra Tailândia!
Lulas secando ao sol em Chaloklum
O povo não estará de branco, provavelmente serei a única a pular sete ondas e ao invés de uva vai rolar um abacaxi ou uma manga. Mas a ilha de Koh Pha Ngan estará igualmente bombando (mas não a ponto de se transformar num pesadelo do tipo Ilhabela, Floripa…), com festa na praia e muita doidera.
O outro lado da praia de Chaloklum
Ninguém sabe ostentar tão bem uma preguiça quanto os tailandeses. Olha esse bar!!!
Típico restaurante relax onde a conta sai por 5 reais…
Praia de Mae Haad
A conta?
Na maré baixa, dá pra caminhar até a ilhota
Pôr do sol na frente do meu bangalô… ô vida!
Mais bangalozinhos em Bottle Beach, uma das mais afastadas
Um dos bangalôs aí da foto: 27 reais por dia para o casal (isso porque é altíssima temporada, no meio de janeiro custaria 15)
Vôo Barcelona-Bangkok-Surat Thani (de onde pego um barquinho): 3000 reais
Total para 5 dias: 3067 reais
Mae Haad na alta temporada…
Um amigo que vai para Boipeba no réveillon me apresentou a seguinte lista de preços:Passagem Barcelona-Salvador/Boipeba: 5300 reaisPousada para cinco dias por casal: 1000 reaisTotal para cinco dias: 6300 reais
Por que você acha que os gringos preferirão eternamente a Tailândia ao Brasil?
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