Logo que o post anterior, sobre os jardins de Keukenhof na Holanda, foi parar na fanpage da Viagem & Turismo no Facebook, a leitora Ana Cassiano apareceu para palpitar. Copio abaixo:
“Dica importante para quem está indo para a Holanda para ver as tulipas!!! Ao contrário que muitos pensam, as mais belas paisagens não estão no Parque Keukenhof, e sim nos campos abertos, onde se pode caminhar por entre os canteiros sem fim e moinhos. O Parque é bonito sim, merece ser visitado também, mas lá as tulipas ficam em canteiros pequenos. Na verdade, os maravilhosos campos infinitos de tulipas estão espalhados por entre as pacatas cidadezinhas do interior da Holanda. São tão magníficos que parecem pintura de um quadro, ou até mesmo cenas de um filme! Mas para conhecê-los, vc precisa ir de bike, alugar um carro, ou contratar um guia… Corra, porque eles duram apenas até 15 de maio! Depois disso, as tulipas são colhidas e o espetáculo só se repete no próximo ano, quando chega a primavera.”
Ana, estou de total acordo com você! O Keukenhof é lindo, claro, mas os campos espalhados pelo país são gigantescas obras de arte ao ar livre e têm outra grande vantagem: são à prova de multidões. A curta pedalada que dei pelos arredores do parque de Keukenhof foi dos momentos mais felizes da viagem. Fiquei com vontade de voltar no ano que vem para uma empreitada com foco na bike. Também confesso que invejei as pessoas que estavam curtindo a paisagem bem sossegadas, com o motorhome estacionadinho, acampamento armado, varinha de pesca em ação no canal… Dá uma paz… Abaixo está o mapa do trajeto super para iniciantes que fiz (com uma bike alugada na porta dos jardins de Keukenhof): curto, plano, ridículo de fácil, por ciclovia e mais uma estradinha onde mal passa carro. Até a minha tia-bisavó de 90 anos daria conta e acharia pouco.
Outro espetáculo da primavera holandesa acontece durante as viagens de trem. É simplesmente alucinante ver aquelas sequências de linhas coloridas passando em alta velocidade na janelinha sem aviso prévio. Estava cometendo o sacrilégio de trabalhar durante a viagem de Amsterdã para Haia (The Hague, em inglês e Den Haag em holandês). Quando levantei os olhos e vi tudo aquilo acontecendo, quase desci e peguei o trem no sentido oposto só para começar de novo, sem perder nenhum milímetro da paisagem. As imagens abaixo explicam.
E chegando em Haia…
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