Achados

Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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O melhor de Montenegro

Foram cinco dias inesquecíveis em Montenegro, repartidos entre a matadora praia de Sveti Stefan (na foto acima) e Kotor. Cheguei ao país cruzando a fronteira com a Croácia, de carro. Depois, fui descendo pela costa rumo ao sul, até atravessar a fronteira com a Albânia, onde estou neste exato momento. Conheci lugares incríveis, e falarei […]

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h33 - Publicado em 25 set 2014, 10h18

Foram cinco dias inesquecíveis em Montenegro, repartidos entre a matadora praia de Sveti Stefan (na foto acima) e Kotor. Cheguei ao país cruzando a fronteira com a Croácia, de carro. Depois, fui descendo pela costa rumo ao sul, até atravessar a fronteira com a Albânia, onde estou neste exato momento. Conheci lugares incríveis, e falarei de todos eles com detalhes nos próximos posts. Mas o melhor que levei de Montenegro foram as pessoas. Meu deus, que gente mais amável, aberta e receptiva!
Eles gesticulam, falam e riem alto (aliás, como são gigantescamente altos!), puxam papo sem cerimônia. A grosso modo, diria que são até parecidos com os brasileiros — a não ser pelo idioma absolutamente incompreensível.

Meu primeiro dia em Kotor resume o espírito da coisa. Cheguei sob uma chuva torrencial, de táxi. O motorista, um garoto, bem que se empenhou, mas acabou não conseguindo encontrar o estacionamento do hotel (um casarão com alguns studios lindinhos para alugar, chamado Cetkovic, que recomendo efusivamente – veja abaixo). Para compensar a “gafe”, ele nos deu um guarda-chuva! Então apareceu Jadankra, a figuraça dona do estabelecimento. Ela nos abraçou, carregou minha mala escadaria acima, nos acomodou em nossos aposentos e sumiu. Cinco minutos depois, apareceu com uma bandeja com café quentinho e umas cervejas. Quase morri de amor. Falando em montenegrino (servo-croata, só que com um sotaque um pouco diferente), ela me explicou como se chegava até o centro, e também que seu vizinho vendia os melhores peixes e frutos do mar de toda Kotor. Não sei como, mas entendi. Em três dias, ela nos mimou com torta de maça caseira, tangerinas e romãs do seu jardim. Na despedida, me abraçou, me beijou. Algo me diz que lembrarei dela para sempre.

O casal vizinho que preparava peixes e frutos do mar na brasa foi um dos grandes achados da viagem. Agradeci aos céus por ter preferido ficar num apezinho com cozinha (e um terraço coberto com parreiras de frente para o mar!). Só assim pude driblar os restaurantes turísticos do centro antigo e deitar e rolar com sucessivos banquetes de frutos do mar e peixes recém pescados que não chegavam a custar € 15 (para duas pessoas e com muuuuito exagero). Numa das idas até a grelha do vinho, conhecemos Boris, um capitão de barcos simpaticíssimo. Papo vai, papo vem, ele decidiu que precisávamos muito conhecer os bons vinhos de Montenegro e nos levou num tour pelas vendinhas da cidade (no seu carro) até que encontrássemos o vinho que ele recomendava. Pode isso?

MEU ACHADO EM KOTOR: Os apartamentos (apartmani) Cetkovic (https://www.booking.com/hotel/me/apartmani-cetkovic.html)  ficam a 5 minutos a pé do centro antigo de Kotor, o que é ótimo. Dentro das muralhas, há uma quantidade impressionante de restaurantes e bares e, a menos que você esteja afim de noitadas intensas, é recomendável um certo distanciamento. Os studios são novíssimos, super bem planejados apesar do tamanho compacto. Todos têm ar condicionado, internet wi-fi, TV de tela plana e mini cozinha. O melhor de tudo é o terraço com vista para o mar e coberto de parreiras. Paguei € 45 na terceira semana de setembro (fora da alta temporada), pelo booking.com.

 

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