Não sei se vocês já repararam, mas este blog tem uma leitora grega… que fala português. Conheci a Caterina há doze anos quando, por intermédio de uma amiga em comum, fui parar em seu sofá ateniense, na minha primeira visita ao país. De lá, fui diretamente enviada a outro sofá, desta vez o de seu ex-cunhado, em Paros. Depois, ela veio a Barcelona. Eu fui novamente à Grécia. E assim foi crescendo nossa amizade greco-brasileira. Nesse meio tempo, ela aprendeu a falar português e passou a prestigiar o meu blog assiduamente.
Como sempre, minha última passagem por Atenas foi um momento de reencontro. Incansável anfitriã, ela me levou por um tour boêmio por Atenas. Simplesmente fantástico. Estava tão compenetrada em aproveitar cada segundo que acabei desencanando de anotar. Mas, no fundo, sabia que poderia pedir que ela, amiga do peito, me passasse um resumo de nossa noitada.
Caso você queira sair do eixo turístico (Plaka e Monastiraki), e conhecer uma das noites mais animadas de toda a Europa, anote aí.
Com a palavra, Caterina, the Greek:
Exarxeia
É o bairro boêmio, dos rebeldes e anarquistas, onde sempre há muita polícia e, vira e mexe, alguma manifestação (e alguma confusão). É o retrato da Atenas de hoje, com personalidade forte, restaurantes bons e baratos e muitos, muitos e muitos bares, inclusive um ótimo que funciona em uma casa “ocupada”.
Plateía Karytsi
É o coração do centro comercial de Atenas, que está passando por uma revitalização e também onde há uma rota de bares. Antes esses bares eram frequentados pelos executivos dos escritórios e bancos dos arredores. Mas hoje em dia rola de tudo: de ex ou quase mauricinhos até alternativos.
Plateía Aguías Eirinis
A cinco minutos de Monastiraki esta praça (que em português quer dizer Praça Santa Irene) surgiu das trevas. Há dois anos, não havia absolutamente nada por ali que prestasse. Agora, é “o lugar”. O bar (fantástico) que nós estivemos é o Throubi.
Diz ela: “O mais importante destes bairros é que desmentem o boato de que o centro de Atenas está vazio, perigoso e que não há o que fazer na cidade”. Assino embaixo.
Obrigada, mais uma vez, minha amiga Caterina.
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