Novidades em Barcelona: uma noite no hotel W
Ossos do ofício. Acabo de voltar de uma árdua missão encomendada pela revista VT: testar o apoteótico hotel W de Barcelona, sobre o qual já falei neste post.
A constatação é a seguinte: é um hotel para se viver à noite. Ok, ele está coladinho na praia, tem uma piscina que promete ser a coqueluche do verão, tem vistas sensacionais para o mar e, durante o dia, parece flutuar sobre a imensidão azul do Mediterrâneo.
Mas, quando escurece, a iluminação espetacular pensada pelo arquiteto catalão Ricardo Bofill e as luzes de Barcelona refletindo na água são um escândalo.
Pontos altos:
– O isolamento sonoro do quarto é impecável, absoluto. A sensação é de estar dormindo numa cápsula espacial, longe dos barulhos da cidade ou do corredor.
– Iluminação! Iluminação! Iluminação!
– Os quartos são gi-gan-tes-cos: os menores medem 39 m2. O meu, da categoria “Fabulous”, tinha 40m2. Contei 15 passadas grandes de ponta a ponta.
– O café da manhã no restaurante Bravo 24, assinado pelo chef Carles Abellan (do Comerç 24, que tem uma estrela Michelin) é matador. Valeria um post, se eu não tivesse sido negligente o suficiente para esquecer a câmera no quarto.
– Todos os quartos são equipados com uma luneta, um brinquedinho fantástico quando se tem uma praia logo abaixo. Do 16o andar, conseguia ver o rosto das pessoas correndo no calçadão! Vale dizer que a parte da praia perto do hotel é território nudista…
– O staff é jovem, cosmopolita e informal, tanto no hotel quanto no restaurante Bravo 24. O-de-i-o gente que parece robozinho, algo muito comum em hotéis ou restaurantes de luxo.
Pontos baixos:
– Num hotel de mais de 400 quartos, numa cidade que bomba no verão, a piscina deveria ser maior. Algo me diz que vai dar briga quando o calor chegar.
– Os filmes no pay-per-view custam a bagatela de 14,98 euros. Sim, isso que você ouviu: o preço de duas entradas de cinema em Barcelona. Para piorar, estão longe de ser bem escolhidos ou lançamentos.
– O “rain shower” (aquele chuveirão em forma de pizza) tinha pouca pressão e, ainda assim, o ralo não dava abasto a tanta “chuva”. Por pouquíssimo não inundei o quarto.
– Apesar de ter um visual incrível, o bar Eclipse tem um público com cara de “vim para a convenção dos bibliotecários” misturado ao povo local do tipo “economizei um mês para dividir um drinque com a minha mina no hotel do momento”. Glamour zero.
– A loja do lobby não está à altura do hotel. Mixuruuuuca que só ela. O dono deve ser um cara influente…

A cama não parece estar voando? A iluminação do quarto é sensacional e… complexa (vem até com manual de instruções)
Siga este blog no Twitter: @drisetti
Clique aqui para ver o dossiê de dicas de Barcelona