Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Nova Zelândia de norte a sul: Prazeres efêmeros

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 16h14 - Publicado em 1 fev 2008, 03h02

Pular de um bungy jump de mais de 100 metros, saltar de pára-quedas, despencar de uma cachoeira de sete metros em um bote de borracha, balançar como um pêndulo pendurado a 40 metros, voar dentro de uma lancha a mais de 100 km por hora em um tanque d’água, rolar barranco abaixo dentro de uma bola de plástico, flutuar sobre um ventilador gigante, alimentar um leão… Dá pra fazer tudo isso em questão de dias por aqui. A questão é: apesar de ser muito, mas muito, mas muito divertido, essa compulsão pela adrenalina é um verdadeiro RALO de dinheiro.

Para se ter uma idéia, um salto no maior bungy jump de Queenstown – a cidade tida como a capital dos esportes radicais – custa a bagatela de 220 dólares neozelandeses. Ou seja, 110 euros por meros 30 segundos de adrenalina (contando com as quicadas pós salto, que em Queenstown ainda são meio migueladas). Com essa bufunfa, dá pra comprar: um menu degustação num restaurante com uma constelação Michelin na Espanha, dez dias de hotel na Tailândia, uma passagem de avião de ida e volta de Barcelona para a Croácia por uma low cost, etc etc etc. Isso, obviamente, sem entrar em méritos sociais.

Tinha encafifado com a idéia de provar algum destes efêmeros prazeres por aqui. E tentei escolher o melhor custo benefício: rafting. Por 150 dólares neozelandeses (75 euros), dá pra descer um rio durante umas duas horas perto de Queenstown. Ou seja, uma verdadeira pechincha se compararmos com o the flash bungy jump. Acordei toda feliz na hora marcada, abri a janela e… o mundo estava caindo. E por mais que a água já faça parte do programa inevitavelmente, a missão foi abortada por causa do excesso de água no rio. Fom fom foooom…

Fui embora de Queenstown meio cabisbaixa. Mas não é que chegando em Rotorua (na ilha Norte) dava pra fazer tudo aquilo o que tem em Queenstown pela METADE do preço??? Resultado: acabei embarcando num rafting fantástico por 80 dólares (40 euros). E acabei ficando tão empolgada com a minha descoberta que, com a suposta “sobra” (e mais um pouquinho, confesso), despenquei barranco abaixo em uma bola gigante, saltei do tal do pêndulo e voei a peruca em uma lancha a 100 km por hora. O pack custou 120 dólares (60 euros). Moral da história: não sucumba aos encantos de Queenstown e reserve os seus ímpetos suicidas para lugares menos famosos. No próximo post, detalharei as minhas aventuras efêmeras…

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