Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Nova Zelândia de Norte a Sul: litoral norte

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 16h14 - Publicado em 23 jan 2008, 09h01

Alguém aí se lembra dos áureos tempos de Garopaba nos anos 80/90? As praias eram conhecidas apenas pelos surfistas e os pescadores. As vaquinhas pastavam calmamente a poucos metros do mar. O agito, surf style (reggae e breja), rolava só no centrinho da Ferrugem e olhe lá. O North Shore da Nova Zelândia é quase isso. Mas acrescente aí algumas ovelhas e veadinhos ao lado das vacas, estradas pavimentadas (mas muito verdes e “amigas” do entorno) ao invés do lamaçal catarinense, uma infra-estrutura turística impecável e respeitosa com a natureza.  E por fim, troque o Atlântico pelo Pacífico.

Janeiro é altíssima temporada por lá. Assolada por imagens do litoral norte paulistano em janeiro e as Ilhas Baleares em agosto, reservei tudo antes com medo de dormir no banco da praça. Santa ingenuidade. Em um país com 4 milhões de habitantes e uma infinidade de atrativos, alta temporada quer dizer 3 gatos pingados ao invés de nenhum. Delícia!

Minha primeira parada no North Shore (acho tão bonito falar North Shore ao invés de Litoral Norte… dá um ar tão surfer…) foi a cidadezinha de Paihia, isto é, 6 quarteirões onde se aglomeram alguns albergues, motéis, restaurantes, lojinhas e operadores turísticos. O vilarejo é uma base estratégica para quem quer conhecer a lindíssima região de Bay of Islands (Baía das Ilhas). Como o nome sugere, esta baía à beira do Pacífico é pontilhada por ilhotas, quase todas desabitadas e protegidas por Parques Nacionais, afinal de contas, isso é um país civilizado.

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O melhor jeito de conhecer a baía é pelo mar. E muita gente faz isso literalmente no braço. O caiaque é uma verdadeira mania nacional e pode ser alugado em tudo quanto é lugar, apesar da maioria dos albergues ter alguns para emprestar. Para ir mais longe, obviamente um barquinho vai bem. E daí as modalidades são infinitas: veleiro, catamarã, lancha… Como tinha pouco tempo, embarquei em uma lancha super dooper rápida da empresa Dolphin Discoveries para um cruzeiro pelas ilhas mais bonitas e os lugares onde os golfinhos costumam saltitar alegremente diante dos turistas. A probabilidade de avistar os animais é de 95%. E eu tive o dom de dar pé frio… Bom, beleza. O passeio era lindo e ganhei um voucher vitalício para repetir a dose até os meigos bichinhos aparecerem.

Mas nem só de ilhas vive a região. Muito pelo contrário. Seguindo em direção ao norte por cerca de duas horas, descobri a praia aí da foto, Rangiputa. Uma imagem vale mais do que mil palavras. No dia seguinte, dirigindo em direção ao sul, caí em uma praia de surfista alucinante, conhecida como Bay of Wales. E tudo isso quase exclusivamente só pra mim. Estou amando isso aqui e um jeito…

No próximo post passarei algumas dicas práticas de albergues e restaurantes. Por favor, não espalhem.

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