Eram bons aqueles tempos em que improvisar era possível. Mas assim como a fórmula Eurailpass + albergue não funciona mais para o mochilão (clique aqui para ler o post sobre o assunto), deixar para decidir na hora se entra, ou não, nas principais atrações da Europa é mico na certa.
Eu também detesto programar tudo com antecedência. Férias e relógio não combinam. Acho um saco ter dia e horário certo para me divertir. Mas não há dúvidas de que enfrentar filas é muito pior (você há de concordar).
Os amigos que têm vindo me visitar tomam um choque quando chegam ao Museu Picasso, às casas do Gaudí (Batlló e La Pedrera) e à Sagrada Família. Minha queridíssima prima Andrea, que está aqui nesse momento, me contou que havia uma fila gigantesca para até entrar na loja de suvenires da Sagrada Família. Na loja, gente!
Em cidades como Firenze e Veneza é ainda pior. O sujeito tem que madrugar pra chegar no museu antes das portas abrirem para conseguir entrar, algumas horas depois. Tem coisa mais anti-férias do que isso?
Se você está a caminho da Europa, principalmente agora que a alta temporada já começou (sim, o caos não se restringe mais ao verão), faça um favor a você mesmo. Tire um dia para fazer lição de casa. Faça uma listinha dos lerês turísticos que você não quer perder de jeito nenhum, entre nos respectivos sites e cheque se é possível comprar entrada com antecedência (assim você pelo menos escapa da fila da bilheteria) ou, melhor ainda, agendar visita com hora marcada (na Sagrada Família e no Vaticano isso não só é possível como é questão de sobrevivência). Não precisa engessar totalmente a sua viagem com uma agenda de executivo paulistano. Basta garantir alguns blockbusters de antemão. É chato, eu sei, mas é para o seu bem.
Siga @drisetti no Twitter