Achados
Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
Joaquín Costa, a minha rua preferida no Raval, em Barcelona
O calçadão da Joaquín Costa: badalado, mas sem prerder o espírito “ravalero”
Eu sempre simpatizei com a Joaquín Costa. Mesmo nos idos tempos em que concentrava a boca do lixo do Alto Raval. Durante a época em que trabalhei no restaurante Carmelitas, em uma travessa da rua (Carme), passava todo santo dia por lá e cheguei a dar nomes imaginários às prostitutas. “Hoje a Ruth está meio de bode”, pensava eu enquanto ia para mais um dia de labuta. “Vixi, a Melanie dormiu sem tirar o rímel”…
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O mapa do alto Raval: A Joaquín Costa é a rua marcada, paralela à Carrer dels Angels (outra rua bem bacana, diga-se)
Mas não só as memórias de minhas putas tristes me fazem ter carinho por esse corredor que, a grosso modo, liga a Rambla el Raval à Plaça Universitat (onde está a estação de metrô mais próxima). A calle também é endereço de um dos meus bares favoritos na cidade, o modernista Casa Almirall, e de muitos outros bacaninhas.
Para fazer antes de morrer: uma noite no Teatre Grec de Barcelona
E se o carnaval fosse na mesma semana do Réveillon? Em Barcelona é assim
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O que era bom ficou melhor. Enrolei horrores para postar sobre a “nova Joaquin Costa”, mas ela está pronta desde o ano passado, quando o seu calçadão finalmente foi inaugurado e os carros, banidos. Com a reforma, veio um boom de novos lugares. A rua ficou ainda mais interessante, mas sem perder o espírito “ravalero”, como se diz por aqui (caso da Pintor Fortuny, outra rua bacana do Raval que de tão sofisticada acabou se tornando um mundo à parte dentro do bairro).
As imagens trazem alguns destaques, do novo e do velho.
A pracinha simpática com as únicas “terrazas” da rua
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A nova vinoteca econômica Sexy Wine, no número 8
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Um dos açougues islâmicos da rua: o espírito multicultural segue firme e forte
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Manifestação de skatistas numa travessa da rua que leva ao MACBA, o museu de arte contemporânea: típico do Raval
O modernista Casa Almirall, aberto desde 1860: um dos meu preferidos
A livraria de ímpetos revolucionários La Rosa de Foc: lugar único
O clássico Granja de Gavá
O novato cocktail “tropical” bar Tahiti: ares sofisticados
Uma das melhores laricas do bairro: The Dog is Hot (https://www.thedogishot.com), a lojinha de brasileiros (que mandaram muuuito bem) que vende cahorro-quente e outros quitutes até tarde da noite (olha que bacana essas portas pintadas!)
O the Dog is Hot por dentro: a brasileirada com boas ideias
Negroni, outro bom cocktail bar na rua, com ar de mistério
Social na porta da Fantastik (www.fantastik.es), a loja com os badulaques mais surrealistas para casa
E por falar em Badulake… hahaha, os fãs dos Simpsons entenderão
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