Achados

Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Inverno na Espanha — Mais uma boa da Andaluzia: peça o drinque e jante de graça

Pague um e leve dois (ou mais): peça um drinque e ganhe tapas A tradição vem do século 19, quando os garçons tinham o hábito de “tapar” as taças de Xerez utilizando um pires com uma pequena porção de comida (para não entrar pó e mosca, segundo dizem, e para forrar o estômago e evitar […]

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h53 - Publicado em 6 dez 2010, 08h16

Pague um e leve dois (ou mais): peça um drinque e ganhe tapas

A tradição vem do século 19, quando os garçons tinham o hábito de “tapar” as taças de Xerez utilizando um pires com uma pequena porção de comida (para não entrar pó e mosca, segundo dizem, e para forrar o estômago e evitar estragos maiores no comportamento dos cavelheiros).

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Parece bom demais pra ser verdade, ainda mais nos dias de hoje, com a Espanha matando perros e gritos. Mas, acredite, os drinques ainda são servidos com uma tapita grátis em muitos lugares da Andaluzia, sendo que a capital do tapeo na faixa é Granada. A tradição é um deleite para os milhares de estudantes que vivem nesta cidade universitária e também para qualquer visitante bom de garfo, claro.

Não espere a alta cozinha dos pintxos do País Basco, claro. Mas as comidinhas dão para o gasto, ou bem mais que isso. A qualidade dos pratinhos-brinde varia de acordo com a sede do freguês. A primeira taça de vinho costuma render umas azeitoninhas ou outro petisco mais modesto. Já na segunda, pode pintar um sanduichinho ou uns boquerones. Daí pra frente, a coisa só melhora e é possível topar até mesmo com pratinhos de paella e jamón do bom (eis a tática de marketing para que você permaneça no mesmo bar ao invés de pular de galho em galho, como os espanhóis adoram fazer). Os melhores lugares para o tapeo são as calles Elvira e Río Darro, aos pés do Albayzín. Um bom termômetro é o de sempre: quanto mais abarrotado o balcão, melhor.

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