Holbox: padecendo no paraíso
No ultimo post, falei de Holbox com total isenção. A ilha é realmente linda e agradável. Eu deveria ter amado. Mas não amei.
Mas a culpa não foi de Holbox. Foi do acaso. Em primeiro lugar, me encontrava na mais negra miséria de fim de viagem. Sabendo que a ilha tem pouca acomodação econômica (a maioria das pousadas são BEM bacanas e custam a partir de US$ 120 na baixa temporada), reservei com antecedência um bangalô em um albergue super bem falado, o Ida y Vuelta.
Bangalô rústico-fofo onde matei um escorpião e acordei semi-tetraplégica
Meu pequeno drama começou aí. O albergue é, de fato, super alto astral e ótimo para conhecer gente. O bangalô deluxe (para os padrões de albergues) que tinha reservado também era bacaninha. Mas a cama… terrível. Não sou de frescuras e fiquei em lugares bem piores na minha vida. Mas geografia do colchão lembrava a cordilheira dos Andes e seus vales profundos. Meu namorado e eu acordamos quase tetraplégicos. Então quis mudar de para um hotel. Só que tinha pago quatro dias com antecedência pela internet e eles não devolviam o dinheiro. Deram um jeito na cama. Mas fiquei de bode. Para piorar, uma bela noite dei de cara com um escorpião gigantesco de tocaia no meu chinelo, mais uma agrura do acaso.
A praia é linda. Mas tem formiga na areia. Sou alérgica a formigas. Esmaguei o crâneo de várias delas na minha canga, irritadíssima. Formiga na praia é falta de educação.
O tempo também não ajudou. Choveu. E como gran finale levei um tombo na lama e me esfolei – o machucado infeccionou horrores, obviamente.
Se você for a Holbox, algo que eu apesar de tudo recomendo, invista em uma bela pousada (amei a Casa las Tortugas) com espreguiçadeiras na praia. E boa sorte, literalmente.
@drisetti.