Férias das férias: todo mundo precisa disso
Quantas vezes você voltou ao batente precisando de “férias das férias”? Deveria ser um direito perante a lei: alguns dias além dos 30 convencionais, para que você possa aterrissar com mais suavidade na vida real. Enquanto isso não acontece, acho que programar esses diazinhos por conta própria é um hábito muito mais saudável a almejar do que banir o glúten ou tomar suco de mato.
Check-in, aeroporto, planos, novidades, aventuras gastronômicas (e gastrointestinais), novos amigos, baladas. Tudo isso é bom demais, mas cansa e lota o HD. Nos últimos anos, venho tentando reservar alguns dias de férias para REALMENTE desacelerar. Dá pra fazer isso na montanha, num vilarejo tranquilo, numa praia remota ou até mesmo em casa.
É a hora de realmente desconectar (da internet, inclusive), de dormir sem hora pra acordar, de pensar, de ter insights, de organizar as ideias e, principalmente, olhar pra dentro. É hora de ficar em silêncio, de esvaziar a cabeça, de escutar o corpo e a natureza (foi numa dessas férias das férias que eu reparei que as lagartixas “conversam” entre elas, depois de horas observando os bichinhos na parede).
Num mundo cada vez mais acelerado e estressado, reservar tempo para tudo isso pode até ser visto como desperdício – ou luxo. Mas, na minha modesta opinião, o dolce far niente esporádico é o melhor remédio para mantermos a saúde mental.