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Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Como sobreviver ao jet lag

Veja dicas para não perder a viagem encarando o jet lag, tentando se adaptar à diferença de horário do lugar que você está visitando

Por Adriana Setti
Atualizado em 13 jul 2021, 12h51 - Publicado em 6 fev 2015, 10h29

Eu me julgava imune ao jetlag. Em viagens ao Brasil, ou até mesmo ao Sudeste Asiático, uma boa dormida em terra firme basta para que eu volte a me sentir humana novamente. Mas a jornada até a Austrália acabou com a minha onipotência. Atualmente, Sydney está 13 horas à frente de Brasília (e 10 horas na frente de Barcelona, onde moro). Na prática, uma vez lá, você passa tomar café da manhã na hora do jantar e a ter que dormir justamente nas horas em que deveria estar acordado. O relógio biológico simplesmente surta.

Passei pelo menos uma semana me sentindo meio bêbada, com a sensação de estar parcialmente acordada. Meu intestino desencanou de funcionar. Perdi o apetite. Ficou tudo muuuito estranho dentro da minha carcaça. Para tentar contornar a situação, dei uma pesquisada mais a fundo sobre o assunto, coisa que nunca tinha feito.

O jet lag afeta cada pessoa de uma maneira. Mas todo mundo sofre, em maior ou menor medida, com a alteração brusca do ritmo circadiano (expressão que serve para definir o ciclo biológico de 24 horas que rege o sono, a fome, o humor, a hora de ir ao banheiro etc). Fadiga, insônia, excesso de sono e dificuldade de concentração são os sintomas mais comuns. Mas há quem tenha dor de cabeça, prisão de ventre (alô você!), enjoo, mau-humor e outros surtinhos.

Uma coisa bem interessante, sobre a qual já suspeitava: viajar na direção leste é sempre pior do que fazer o caminho inverso. Ou seja, teoricamente, ao voltar da Austrália o sofrimento será menor. Isso porque atrasar o relógio biológico é mais fácil do que adiantar. Dormir mais tarde do que o normal (num dia de uma festa, por exemplo) é bem mais fácil do que pegar no sono várias horas antes do habitual, certo?

Algumas dicas para contornar a situação:

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Durma na hora “certa”

A tentação ao sair do avião é se jogar numa cama para sempre, mesmo que ainda seja de manhã. Mas isso pode fazer com que seja ainda mais difícil adaptar-se ao novo fuso, principalmente em viagens no sentido leste. O ideal, portanto, é dar um bodinho de no máximo de uma hora e, depois, tentar esperar o horário “normal” de ir para a cama no novo fuso. (Para mim funciona melhor se arrastar pelo chão como uma lagartixa zumbi do que dormir só uma hora, mas há quem realmente melhore só com uma sonequinha).

Comece a comer nas horas “normais”, mesmo sem fome

O ritmo circadiano não só rege o sono, mas também a fome. Portanto, começar a fazer as refeições nos horários convencionais logo de cara ajuda o corpo a ajustar os ponteiros novamente. Mesmo que você esteja sem fome, o ideal é dar uma forçadinha.

Não deixe para dormir no avião

Passar a noite em claro para pegar um voo logo cedo com a esperança de dormir melhor pode ser uma roubada. Para aguentar o tranco de uma viagem intercontinental hardcore (sobretudo para Austrália!), o corpo precisa estar 100%. Começar a viagem muito cansado pode agravar os sintomas do jet lag.

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Viaje na lei seca

Muita gente acha que o álcool ajuda a relaxar no avião. Mas a verdade é que beber antes ou durante uma viagem de avião desidrata o corpo e agrava o jet lag e o cansaço. Eu, que AMO uma bebidinha, NUNCA tomo álcool no avião. Um simples gole de vinho me deixa com uma sede insana e fico de ressaca antes de ficar alegre. Isso só pode mesmo querer dizer alguma coisa.

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