Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Blogueira fica cara a cara com o temido dragão de Komodo, na Indonésia

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 16h05 - Publicado em 6 Maio 2009, 09h05

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O garoto propaganda do Parque Nacional de Komodo é um monstro que pode chegar a três metros de comprimento e setenta quilos. Ele tem cara de mau, unhas que fariam inveja à bruxa má do leste e baba uma gosma viscosa repleta de bactérias tóxicas.

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Sim, e ele também morde e é capaz de matar um búfalo selvagem – espécie que tem o azar de coabitar o parque — com uma abocanhada (aos poucos, já que ele morde e espera a vítima morrer pela infecção provocada pelas bactérias, o que pode levar dias).

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Búfalos selvagens do parque: bobeou, dançou

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Mas o mais novo cartão postal de Rinca, uma das duas ilhas habitadas por esses bichanos (a outra é Komodo, onde vivem 1300 dragões) parece cenário da Bruxa de Blair: uma vidraça com vestígios de sangue.

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O sangue do funcionário do parque, ainda na janela por onde ele tentou escapar: buuuuuu!

No dia 25 de fevereiro, exatamente um mês antes da minha visita à ilha (não, não estou postando em tempo real), um dos 1100 lagartos gigantes e perigosíssimos que vivem em Rinca (que tem uma área muito menor do que a da ilha de Komodo e portanto mais concentração de bichos por metro quadrado) atacou Main, de 46 anos, um dos funcionários do parque.

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Por “sorte”, o lagarto agressor era apenas um bebê, e Main conseguiu fugir pela tal vidraça. A mordida lhe rendeu duas mãos quebradas. E até então ele continuava internado em um hospital em Bali se recuperando da inevitável infecção.

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Komodo vista do avião

“Ah, e eu tenho mais notícias interessantes para vocês”, me disse o guia, colega da vítima. “Ontem um dragão matou uma pessoa em Komodo”. Ele se referia ao coletor de frutas Muhamad Anwar, de 31 anos, que foi surpreendido por dois monstros enquanto colhia maçãs. O último ataque mortal tinha acontecido em 2007.

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Meu bravo guia e sua arma letal: um pau

“Eu quero a minha mãe”, pensava eu enquanto seguia o meu bravo guia armado com um pedaço de pau. Sim, um pedaço de pau. “Por favor, fiquem sempre atrás de mim, ok?”. “Olha, moço, o senhor nãããão se preocupe”.

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Meu amigo holandês com sorriso amarelo: “gente mais não rola uma cerquinha nessa trilha não?”

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E assim nos embrenhamos, meu namorado, um amigo holandês, eu e o bravo guia armado de um pau, por uma trilha em busca do monstro.

A seguir, cenas do próximo capítulo.

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