Se você acompanhou meus posts anteriores sobre a África do Sul, é testemunha: a viagem teve cidade, história, praia, mergulho, safari, gastronomia, vinho… Faltava montanha? Ei-la.
Saindo de Durban, quente e úmida como o inferno, e adentrando o interior do país pela autopista 3 (clique aqui para ver o trajeto que eu fiz), a paisagem vai ficando mais bucólica ao passo que o ar fica gradualmente mais seco e fresco. Lá pelas tantas, a poderosa cordilheira de Drakensberg (“Montanhas do Dragão”) aparece à esquerda. O paredão marca a fronteira com o Lesoto, um mini país encravado na África do Sul, e rende trekkings infinitos para os que gostam da coisa. Há quem fique semanas por lá…
Também vale atravessar a fronteira e descobrir o que há no Lesoto, que tem até estação de esqui em plena África! Mas para isso eu precisaria de três coisas: um 4X4, autorização para cruzar a fronteira e tempo. Na falta de tudo isso, escolhi o ponto mais estratégico do lado sul-africano e provei um aperitivo da região. I will be back.
O cartão postal mais famoso do pedaço é a parte conhecida como Amphitheatre, um paredão de 8 quilômetros em forma de anfiteatro, parte do Royal Natal National Park. A frase que me convenceu a fincar base ali estava impressa no meu guia: “o cenário mais dramático e acessível das Drakensberg”. Ou seja, perfeito para quem tem pouco tempo e muita preguiça de fazer caminhadas duras. Fiquei de cara para o gol, em mais um superalbergue sul-africano, o Amphitheatre Backpackers, com piscina, ótimos espaços para churrasco e quartos ajeitadinhos.
Tranquilíssimo mesmo na alta temporada, o Royal Natal National Park tem cachoeiras com piscinas naturais (friiiiiiiiias, para tirar o exu do corpo) e vários tipos de trilhas. A melhor vista do Amphitheatre é indiscutível: a beira do lago onde fica a área de piquenique – se eu fosse uma fotografa mais talentosa e a luz tivesse me ajudando, essa foto do laguinho estaria um espetáculo.
Outro passeio indispensável é para o Cathedral Peak National Park. Ali, a montanha adquire um formato muito mais radical e pontudo. É um prato cheio para trekkers mais dispostos. Tá com preguiça? Então pede um vinho e curte o visu no delicioso Cathedral Peak Hotel (ou se não dá um jeitinho de fazer um piquenique pelos jardins do hotel – não espalha).
Tão bacana quanto o panorama da montanha é a vidinha rural dos caminhos que levam de um parque a hoje, com seus povoados e aldeias. Dá uma tranquilidade…
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