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Afinal de contas, o bairro do Raval, em Barcelona, é seguro?

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 16h04 - Publicado em 8 jun 2009, 12h06

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Penélope Cruz em Vicky Cristina Barcelona, do Woody Allen, fotografada no Raval (divulgação)

Esta semana andei discutindo com o leitor Antonio Carlos sobre a segurança em Barcelona. Assim como muitos outros leitores, ele achou o Raval “sinistro”. Apesar de discordar, eu entendo o ponto de vista. Nós, brasileiros, com toda a razão, associamos as ruas e becos escuros e sujos com lugares perigosos. E, de fato, alguns lugares do Raval realmente parecem sinistros durante a noite.

Mas as aparências enganam.

Em primeiro lugar, façamos uma divisão. A parte que eu chamo de “Alto Raval” é aquele que fica ao redor do MACBA, o museu de arte contemporânea. Ali fica o hotel Casa Camper, o restaurante Dos Palillos, algumas das galerias de arte mais bacanas da cidade e ótimos bares como a Casal Almirall e Manchester. Por mais que tenha um aspecto meio caótico (prostituas enfileiradas na rua Joaquim Costa, centenas de skatistas e mais uma galera bebendo em frente ao museu e centenas de paquistaneses vendendo cerveja), que eu acho que tem tudo a ver com o charme do lugar, a região é segura. E eu assino embaixo. Freqüento a área há muitos anos e jamais tive um problema sequer, nem quando era gerente de um restaurante e saía do trabalho sozinha todo santo dia à uma da matina.

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A coisa muda de figura na medida que nos aproximamos do que chamo de “Baixo Raval”. A calle Sant Pau, onde fica o tradicionalíssimo Bar Marsella é o limite do Raval seguro, apesar de já ter um aspecto bastante sinistro. E a partir da calle Nou de la Rambla, eu já não recomendaria andar sozinho durante a noite, por mais que alguns lugares por ali, como o London Bar, sejam bem legais.

A Rambla del Raval é outro território “limite”. Pela Rambla, dá andar ali sem nenhum problema (o lugar é incrível, por sinal). A do Raval é, inclusive, muito mais segura do que as Ramblas “oficiais”. Mas a partir dela, em direção ao Paral-lel, principalmente na parte de baixo, é melhor evitar – mesmo porque são poucos os lugares que valem a pena por ali.

O Raval é a capa da Time Out Barcelona desta semana (cuja chamada de capa é “O guia definitivo de um bairro em constante ebulição). Apesar de ser publicada em catalão (ideia de jerico que considero histórica), a revista é uma das melhores referências da programação semanal de Barcelona. Com um pouco de esforço dá pra entender o idioma ou ao mesmo aproveitar os endereços.

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