Quem acompanha este blog já deve saber que a cada final de ano eu ganho o mundo e passo alguns meses viajando. Consigo ter essa vida de seminômade desde 2007 e estive bastante angustiada ultimamente, com a possibilidade de não poder manter essa “rotina” por causa da alta do dólar e do euro – sim, ganho em reais.
Então me pus a fazer contas freneticamente e dei pulos de alegria quando vi que a minha amada África do Sul continua sendo um destino acessível para brasileiros (que não precisam de visto para entrar no país, aliás). O real perdeu valor em relação ao rand nos últimos anos, mas não foi nada tão dramático para nossos parâmetros atuais. Um ano atrás, um real comprava 4,5 rands. Hoje, um real vale 3,7.
Ou seja, nosso suado dinheiro ainda traz bastante felicidade por lá. Já comecei a fazer algumas reservas e tenho boas notícias. Veja só:
- Acomodação boa e barata é a especialidade da casa
Acabo de fechar um apartamento lindinho pelo AirBnb, espaçoso e confortável. Localizado num bairro superestratégico da Cidade do Cabo (Sea Point), a uma quadra do mar, ele saiu por US$ 48 ao dia em pleno mês de janeiro, altíssima temporada na cidade. Se você não gosta de ficar em apê, pelo mesmo preço consegue um quarto num hotel bom e barato, como o Wish You Were Here, por uns US$ 55. Por cerca de US$ 100 dá para encontrar hotéis de luxo.
- Os albergues são incríveis
Os melhores albergues em que fiquei na minha vida foram na África do Sul. Grande parte deles têm quartos duplos com banheiro e alguns são verdadeiros resorts, com piscina, espaço para churrasqueira e até chalezinhos individuais. O mais legal de todos foi o Buccaneers, na linda praia de Chintsa, onde um chalé com banheiro, churrasqueira, quintal e vista para o mar custa US$ 40.
- O aluguel de carro é escandalosamente barato (o mais barato da minha vida)
Pasmem: reservando pelo amado RentalCars.com, consegui um carrinho básico por…. US$ 11 por dia!!!
- Os voos internos não são caros
Os principais destinos do país estão conectados pela ótima Mango, que é um companhia de baixo curto que ainda não cobra pela mala e outras frescuras. Uma passagem de Johanesburgo até a Cidade do Cabo custa uns US$ 60. Não está mal…
- Come-se bem em qualquer canto
Principalmente na Cidade do Cabo e seus arredores, come-se espetacularmente bem por cerca de US$ 15. Por US$ 40 você pode ir a um restaurante de altíssimo nível.
- O vinho é barato e espetacular
É para deitar e rolar. Com US$ 10 você compra um bom vinho no supermercado. E as degustações nas winelands são quase gratuitas (por US$ 3 você prova uns cinco vinhos “normais”).
- Dá pra fazer safári gastando pouco
No campo dos safáris, o céu é o limite para o preço dos lodges em reservas privadas. Mas vários parques nacionais da África do Sul – inclusive o Kruger – permitem a entrada de veículos normais. Ou seja, você pode dirigir a sua ximbica de US$ 11 entre elefantes, zebras e rinocerontes. Eu fiz isso e foi divertidíssimo. Dentro e fora dos parques há acomodação barata, inclusive para mochileiros, algo inimaginável em outros países da África.
- É um país com baixo risco de malária
Quase todo o território da África do Sul é livre de malária. E nas zonas de risco, as chances de contaminação são bem baixas. Ou seja, a não ser que você vá para o norte do Kruger ou muito perto da fronteira com Moçambique, não há necessidade de tomar o remédio que ajuda a prevenir conta a malária. Um gasto a menos, financeiro e físico.
- O melhor é de graça
As praias, a doçura das pessoas, as montanhas espetaculares avançando sobre o mar, a natureza onipresente e avassaladora, o sol praticamente garantido durante o verão…. Tudo isso é de graça!
Siga @drisetti no Twitter, no Instagram e no Facebook