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Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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4 atrações que fazem de Helsinque uma cidade única

Um templo em homenagem ao silêncio, a biblioteca mais incrível do mundo e outras maravilhas inimitáveis da capital da Finlândia

Por Adriana Setti
Atualizado em 21 out 2022, 16h11 - Publicado em 21 out 2022, 14h20

Há muitas coisas peculiares na capital da Finlândia, onde o lifestyle é tão arejado que até a presidente pedala pro trabalho —  e o que dizer do fato de quase todo mundo ter uma sauna em casa? Mas, caso reste alguma dúvida de que se trata de uma cidade diferente de tudo o que você já viu, conheça esses quatro lugares:

1. Biblioteca Oodi

Você entende o patamar de desenvolvimento humano no qual a Finlândia se encontra quando entra nesta biblioteca inaugurada em 2018, um edifício de 16 mil metros quadrados que se tornou motivo de orgulho dos moradores da cidade. Além de ter mais de 100 mil livros, a Oodi é um ponto de encontro e um espaço público onde muita gente vai passar o dia. Por alguns minutos, meu sonho foi morar em Helsinki pra trabalhar lá todos os dias.

Poderia ser o saguão de um hotel de luxo minimalista, mas é uma biblioteca pública em Helsinque.
Poderia ser o saguão de um hotel de luxo minimalista, mas é uma biblioteca pública em Helsinque. (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
Um dia de sol no terraço da biblioteca mais cool do planeta.
Um dia de sol no terraço da biblioteca mais cool do planeta. (Adriana Setti/Arquivo pessoal)

Além de salões de trabalho e de leitura que parecem o saguão de um hotel de luxo minimalista, tem estações de costura — uma disciplina que os finlandeses aprendem na escola —, impressoras 3D para uso público (!), salas de games que abrigam famílias inteiras, espaços de silêncio, estúdios musicais, laboratórios de tecnologia e outros recursos espalhados por três andares. O projeto arquitetônico, de um escritório local (ALA Archtects), é tão belo que dá vontade de chorar e nascer de novo, só que na Finlândia.

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2. Amos Rex Museum

O museu que abriga a coleção privada do empresário finlandês Amos Anderson é diferente de tudo o que você já viu. A ideia inicial era aproveitar um antigo prédio comercial em estilo art déco para instalar o acervo. Mas o projeto não foi pra frente e um novo edifício foi construído embaixo da Lasipalatsi Square. Só que não se trata de um simples subsolo: as cúpulas curvilíneas do teto do museu de arte extravasam o chão da praça, formando “colinas” sobre as quais as pessoas podem caminhar livremente. Elas também servem como arquibancadas, palcos ou simplesmente um lugar para tomar sol, ler e passar o tempo num entorno que parece saído de filme de ficção. Pra completar, quando passei por lá, em agosto, a praça estava decorada por duas instalações do artista japonês Tadashi Kawamata: um ninho e uma “cascata” feita com móveis velhos. Este vídeo incrível mostra as obras e uma visão “olho de pássaro” da praça mais louca da Escandinávia.

A praça mais pirada da Escandinávia.
A praça mais pirada da Escandinávia. (Adriana Setti/Arquivo pessoal)

3. A capela do silêncio

Vizinha ao Amos Rex Museum, a Kamppi Chapel of Silence é um templo de 352 metros quadrados dedicado ao… silêncio. Erguida em concreto e madeira em pleno centro comercial de Helsinki, a capela é gerida em conjunto pelas congregações luteranas da cidade, mas não celebra missas regulares e tem apenas uma discretíssima cruz no altar. Pessoas de todas as crenças — ou desprovidas de uma — são bem-vindas para meditar, se recolher e ter um momento de paz. Não é permitido fotografar no interior, já que até o “click” da câmera pode estragar  o silêncio profundo que impera. Por isso, a foto que você vê aqui é de banco de imagens.

A capela do silêncio, por dentro: a fina flor do minimalismo escandinavo.
A capela do silêncio, por dentro: a fina flor do minimalismo escandinavo. (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
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4. Monumento a Sibelius

Erguido em homenagem ao compositor de música clássica finlandês Jean Sibelius em 1967, a obra da escultora Eila Hiltunen consiste em mais de 600 tubos de aço agrupados desigualmente em várias alturas. Como uma onda sonora, o monumento procura representar, de forma abstrata, a obra de Sibelius em meio a um parque perto do mar. A cabeça do artista repousando sobre uma pedra, completa o conjunto. O trabalho não é uma unanimidade entre os moradores de Helsinki, mas certamente é diferente de tudo o que você já viu.

Não é unanimidade, mas é diferente de tudo o que você já viu.
Monumento a Sibelius: não é unanimidade, mas é diferente de tudo o que você já viu. (Pixabay/Reprodução)

⇒ Helsinque é uma das paradas no roteiro dos cruzeiros da Oceania Cruises pelo Mas Báltico, onde um shuttle está disponível para fazer o trajeto do navio ao centro. Veja os detalhes do roteiro e a matéria que escrevi sobre a viagem completa no navio Oceania Marina.

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