Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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10 motivos para visitar a Ilha da Madeira

Portuguesa, com certeza, mas no meio do Atlântico e mais perto da África do que da Europa

Por Adriana Setti
Atualizado em 4 mar 2021, 13h55 - Publicado em 29 nov 2018, 17h25
A força do Atlântico na aldeia de Paul do Mar (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
Yes, nós temos bananas! Quente e úmida na maior parte do ano, a Ilha da Madeira esbanja frutas que os europeus chamam de exóticas… (Adriana Setti/Arquivo pessoal)

1. É Portuguesa, com certeza, mas com um toque exótico

É Portugal – só que em meio à imensidão do Atlântico. É Europa na cultura, mas fica na costa da África. Com jeitão de lugar remoto, a Ilha da Madeira é um destino cheio de personalidade, ideal para você que já viajou pelo Velho Mundo e/ou está em busca de roteiros menos batidos.

Porto Santo, a irmã menor e menos conhecida da Ilha da Madeira, com praia de areia e um visual incrível (Adriana Setti/Arquivo pessoal)

2. Vem com bônus

A Ilha da Madeira é a maior e mais populosa (com 250 mil habitantes) do arquipélago homônimo, que tem outra ilha habitada que pouca gente conhece, além de ilhotas intocadas. Porto Santo fica a 10 minutos de voo de Funchal (a capital), ou 2h15 de ferry. Com um semblante abrupto impressionante, tem apenas 5 mil habitantes e uma belíssima faixa de areia clara para fazer inveja à sua irmã mais famosa, onde todas as praias são de pedra preta, tipicamente vulcânicas (e devidamente compensadas com piscinas naturais incríveis).

No inverno pode até não rolar aquela praia, mas dá para caminhar feliz pelas “levadas” (trilhas que acompanham os canais de irrigação) (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
Para onde quer que você olhe, sempre pinta uma cachoeira (Adriana Setti/Arquivo pessoal)

3. É um destino para o ano todo

Com clima subtropical oceânico, a Ilha da Madeira tem temperaturas agradáveis durante o ano todo – além de manga, maracujá e banana pra dar e vender. Nos meses de inverno, não chega a rolar “aquela” praia, mas dá para fazer trekking e outras atividades ao ar livre. Nos dias de tempo bom, é possível tomar um sol e se jogar em uma aguinha aquecida (piscinas incríveis são uma especialidade dos hotéis locais, muitos deles encravados em penhascos vertiginosos). Funchal, a capital do arquipélago, se gaba até de ter um Réveillon animadíssimo, coisa rara no Hemisfério Norte.

Vista incrível para a Ribeira da Janela, no ponto de partida da caminhada por uma das levadas da Madeira, que formam mais de 2 mil kms de trilhas! (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
Ribeira da Janela, uma das lindezas da ilha (Adriana Setti/Arquivo pessoal)

4. É um destino democrático

Há hotéis espetaculares, como Belmond Reid’s Palace – suprassumo do luxo clássico – e o Savoy Saccharum, um espetáculo contemporâneo assinado pela designer de interiores madeirense Nini Andrade Silva. Também não faltam restaurantes estrelados (como o Il Gallo D’Oro e o William). Mas você pode perfeitamente se hospedar em um hostal charmoso na faixa dos €60 e, na hora de comer, se jogar no pão com chouriço e nos “sandes” de peixe espada, dois gloriosos representantes da baixa gastronomia local.

Golfinhos são presença garantida na sua viagem (Rota dos Cetáceos/Reprodução)

5. Rola avistar baleias e golfinhos o ano todo

Só isso já bastaria para ter me levado até lá. Dezenas de tipos de golfinhos e baleias visitam a ilha ao longo do ano, somando forças com as espécies residentes. Basta um passeio de lancha curto e pá: lá estão eles saltitando ao seu redor. “Olheiros” posicionados nas montanhas se encarregam de encontrar os animais para não ter erro. E empresas como a ótima Rota dos Cetáceos dão um passeio grátis caso nenhum bichinho apareça.

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6. A comida é boa

Comer bem nas férias é metade do caminho andado. E a culinária medeirense não me deixou na mão. Ainda que receitas de Portugal continental sempre estejam no menu, o arquipélago tem produtos emblemáticos que se encarregam de dar um toque tropical à gastronomia local. Um dos pratos mais típicos, por exemplo, é o peixe espada com banana frita. E o maracujá (considerado um produto exótico na Europa) está em todas, do refrigerante local (Brisa) à sobremesa do restaurante estrelado.

 

7. O vinho é do bom

O nobre vinho fortificado da madeira cativou os britânicos e, hoje em dia, é famoso no mundo inteiro. Ainda que o mais conhecido seja o de sobremesa, também há versões secas para aperitivo e, mais recentemente, bons vinhos de mesa (que eles chamam de “tranquilos”) sendo produzidos nas escarpadas encostas da ilha.

8. É um destino para quem gosta de se mexer

Foi-se o tempo em que a Ilha da Madeira era um lugar para onde os septuagenários ingleses e alemães corriam em busca do sol. Os vovôs continuam lá, claro, mas misturados a um público bem mais jovem que vai em busca de trekking, canionismo (pra onde você olha há uma cachoeira!), passeios de 4X4 e surfe – rolam tem aaaaaltas ondas. O Pico do Ruivo, a 1818 de altitude, é o mais alto da ilha e o maior desafio para quem curte queimar as panturrilhas.

Visual de uma das trilhas de 4X4 com a Madeira Mountain Expeditions (Adriana Setti/Arquivo pessoal)

9. É fácil de chegar

Ainda que fique mais perto do Marrocos e das Ilhas Canárias do que de Portugal, é fácil e relativamente rápido chegar lá. Há voos diretos da TAP (entre outras empresas) da cidade do Porto e de Lisboa (1h40). Também é possível voar de cidades importantes da Europa, como Londres e Frankfurt.

Caminhadas com altos visuais: o motivo número um de muita gente que visita a Ilha da Madeira (Visit Madeira/Reprodução)

10. O povo é só simpatia 

Tenho a teoria de que morar em uma ilha deixa todo mundo mais suave. Seis dias é muito pouco tempo para desvendar a psique de um povo. Mas fui embora com a impressão de que o madeirense é aberto, com um senso de humor aguçado e low profile. Mesmo que o nativo mais famoso seja o Cristiano Ronaldo…

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