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Yangon

Por Adrian Medeiros
Atualizado em 19 jun 2018, 17h12 - Publicado em 18 Maio 2012, 13h52

Yangon, a antiga Rangon, por muito anos foi a capital da Birmânia, aliás Mianmar. Mudanças como estas fazem parte do cotidiano do país que muitos chamam de Burma, atribulado com as constantes ameaças vindas de chineses, britânicos e tailandeses. O que não muda são os pequenos hábitos locais. E o Shwedagon Paya.

A enorme estrutura dourada, uma estupa que guarda relíquias do Buda, é o principal centro de peregrinação do país. Para a maioria dos turistas é uma atração turística a mais, para os locais, é uma visão que emociona. Ao seu redor encontram-se uma infindade de templos menores, formando uma elaborado conjunto sacro.

A cidade visivelmente remete a outra metrópoles asiáticas, mas pelo menos trinta anos atrasada. Os automóveis são de modelos que até os brasileiros chamariam de sucata – mas ainda assim mais modernos do que em Havana. Muita gente ainda anda de charrete, não há trânsito nas ruas, as pessoas vestem-se bem, mas com muita simplicidade. O ar interiorano, os restaurantes vazios e a falta de elementos típicos da urbe não interferem na beleza da cidade.

O clima é um capítulo a parte, quase atroz. De setembro a junho as temperaturas máximas médias ultrapassam os 30 graus, sendo que entre fevereiro e abril há picos acima dos 40 graus. Nestes casos, tudo que você quer é um ar-condicionado, nem sempre disponível. Igualmente sofrível é visitar o Shwedagon Paya nestas condições: como você só pode entrar descalço, os pés queimam no mármore do paraíso. Mas não é só isso: de maio a outubro o céu desaba sobre Yangon, com as chuvas das monções e ciclones castigando o estuário dos rios Bago e Yangon. Ou seja, há uma pequena janela entre novembro e janeiro quando as visitas serão possíveis em condições um pouco mais amenas.

Yangon também é o melhor local para trocar seu dinheiro por kyats. É um pouco complicado saber qual é a melhor taxa de câmbio, há muitos poucos bancos e o taxista que fará seu traslado entre o aeroporto e o hotel lhe oferecerá o serviço. Na dúvida, opte por fazer a troca em seu hotel ou pousada. Importante: pouquíssimos estabelecimentos aceitam cartões de crédito.

COMO CHEGAR

A forma mais fácil de chegar em Yangon é utilizando em através de voos que chegam ao aeroporto internacionald de Yangon (Mingladon, RGN). Companhias como a Thai e a Mianmar International voam para Kunming, Bangcoc, Kuala Lumpur e Cingapura. Localizado a apenas 30 minutos do centro da cidade, uma forma prática de traslado é com os diversos táxis disponíveis. O estado de conservação da maioria deles é lastimável, tudo parece um pouco caótico, o pagamento é antecipado, mas a grande maioria dos motoristas é bem honesta e os preços são razoáveis.

O terminal doméstico do aeroporto tem um ar de rodoviária do interior: mal iluminado, com uma lanchonete com pouquíssimos produtos e cadeiras bem velhinhas. A balança das malas parece aquelas de farmácia, mas em compensação o check-in é rápido, assim como a chegada e despacho da bagagem.

COMO CIRCULAR

Para uma viagem conveniente e sem stress, opte por táxis contratados junto ao hotel ou pousadas: apesar de mais caros, são confiáveis e pontuais. Para quem tem espírito de mochileiro, ônibus são uma opção entre alguns bairros.

ONDE FICAR

Yangon possui alguns poucos hotéis com serviço e instalações com ar-condicionado, que é algo obrigatório por aqui. Custam mais caro, mas tem atendimento atencioso e sempre oferecem café da manhã. Outra boa alternativa são pousadas, com ambiente muito calmo, camas confortáveis e toda boa vontade para resolver todos seus problemas com traslados, agendamento de voos e passeios e até aluguel de bicicleta. Também oferecem um café da manhã que, por vezes, é melhor do que o de muito hotel por aí.

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