Nova York, a mais rica e influente cidade do planeta pulsa dinamismo e agito cultural. Você já viu essas ruas, praças e edifícios em dezenas de filmes, mas uma visita in loco é sempre um encontro com o inusitado e o fascinante. É impressionante perceber que a verticalidade de seus arranha-céus, como o Empire State Building, combina perfeitamente com as linhas horizontais da Brooklyn Bridge ou os gramados do Central Park. Os musicais nas casas ao longo da Broadway complementam a grandiosidade de super-museus como o MoMA, o Metropolitan e o New Museum ou os disputados eventos esportivos em templos sagrados como o Yankee Stadium e o Madison Square Garden.
Seus restaurantes estão entre os melhores do mundo, não importa a especialidade, assim como seus hotéis. Aliás, hospedagem aqui é um dos custos mais altos para os viajantes. Para circular pela Big Apple abuse das linhas do metrô, sempre práticas e perto das melhores atrações, e evite os táxis para não correr o risco de ficar preso no famoso trânsito local. As opções de compras são as mais variadas que se pode imaginar, de brinquedos a roupas, de eletrônicos a livros raros, afinal não há cidade que melhor simbolize o capitalismo que Nova York, afinal, ícones como Wall Street e a Nasdaq estão aqui.
Para quem se sente meio claustrofóbico no meio de tanto concreto, a pedida são passeios pelo rio Hudson, Ellis Island ou a Estátua da Liberdade, a tríade que recebeu, por séculos, levas e levas de imigrantes que formaram a cara e a alma da cidade. Aqui é fácil ver um italiano bebendo uma cerveja irlandesa em Chinatown, ou um taxista paquistanês que consegue falar palavras em espanhol com seu colega dominicano. Ou seja, praticamente nada restou de suas raízes holandesas, quando a cidade era conhecida como Nova Amsterdã (o bairro do Harlem manteve o nome, mas a alma é puro jazz). Da velha York britânica a maior influência são belos edifícios coloniais perdidos nas sombras dos prédios vizinhos.
Curiosidade: Nova York é uma das maiores cidades judias do planeta e parte dessa história começou com sefarditas expulsos de Pernambuco pelos portugueses. Eslava e caribenha, hispânica e muçulmana, quem vai para Nova York tem encontro marcado com o melhor (e um pouco do pior) que o mundo inteiro criou para fazer a sua América.
EXPERIÊNCIAS ESSENCIAIS:
– Sentar em um banquinho (ou no gramado) do Central Park e ver a vida passar.
– Parar em frente à vitrine da Tiffany’s é um pouco sem graça, mas a Quinta Avenida é um desbunde com lojas como FAO Schwarz, Uniqlo, Hollister, Gap e Apple.
– Faça o roteiro turistão, passando pela Estátua da Liberdade e o Empire State Building.
– Diga alô para os grandes mestre em museus consagrados, mas não deixe de explorar o Museu Noguchi e o New Museum.
– Veja um home run no Yankee Stadium com um hot dog na mão.
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COMO CHEGAR (VIA AÉREA)
Voos diretos ligam a cidade a São Paulo com American Airlines (www.aa.com), Continental Airlines (www.continental.com), Delta Airlines (www.delta.com) e TAM (www.tam.com.br). Os aeroportos que servem a região metropolitana são JFK (www.kennedyairport.com), La Guardia (LGA, www.laguardiaairport.com) e Newark (EWR, www.newarkairport.com) e o transporte entre eles e o centro da cidade, na ilha de Manhattan é feito através de trens, táxis ou shuttle vans.
Do JFK ao centro da cidade uma das melhores opções é o AirTrain, que vai até Jamaica Station, Lower Manhattan e Brooklyn. A viagem dura cerca de 40 minutos. A alternativa mais barata até Lower Manhattahn é o ônibus MTA NYC Bus, mas as jornadas duram pelo menos uma hora. O preço é de $ 2.50, mas não é muito cômodo na hora do rush. Os bem práticos serviços Go Airlink e Super Shuttle te deixam na porta do seu hotel, com preços girando em torno dos $ 25. Demoram um pouco para sair, pois alguns deles esperam encher a van para partir e a viagem é mais longa se você for o último a descer. De qualquer forma, tem ótima relação custo-benefício. Finalmente, se nada disso funcionar você pode tentar um táxi (cerca de $ 50), mas as filas por um podem ser longas.
As mesmas companhias acima oferecem o transfer entre Newark Liberty para Manhattan e Brooklyn, com exceção dos ônibus, operados pela New Jersey Transit.
De LaGuardia novamente você terá as opções de vans com a Go Airlink e Super Shuttle, táxis, ônibus expressos da Airport Service ($ 12 até Grand Central) e ônibus comuns da Metrobus ($ 2.50).
COMO CHEGAR (VIA TERRESTRE)
Trens operados pela Amtrak são um modo prático para chegar a cidades na Costa Leste, como Washington DC, Boston e Philadelphia. Existem composições que também rumam para destinos mais distantes, como Orlando, Toronto, Chicago e a Costa Oeste. Os trens partem da estação Penn Station.
Ônibus saem com regularidade para cidades da Costa Leste. Para Boston, boas opções são o Boston Deluxe – que sai de Midtown e Uptown, e Limoliner (com serviço de bordo e wifi). Philadelphia e Washington DC são servidas por linhas da Eastern Travel e Washington Deluxe. Algumas possuem serviço de bordo e wifi.
COMO CIRCULAR
Apesar de ser uma das maiores metrópoles do mundo, circular por aqui é muito fácil, principalmente em Manhattan. Por lá as ruas foram cortadas em forma de grade, o que facilita na orientação. A contagem das avenidas longitudinal começa com a 1st Avenue, a Primeira Avenida, do lado leste (Brooklyn ), e vai até as 12th Avenue, do lado de Nova Jersey. Do sul ao norte, as ruas são numeradas a partir da Rua Houston, invadindo os subúrbios, como o Bronx. A 5th Avenue é o ‘meridiano’ que separa a ilha entre leste e oeste.
Para circular pela cidade, nada como utilizar o metrô, com o qual você chega em boa parte das principais atrações da cidade. O cartão MetroCard oferece descontos e pode ser adquirido nas estações. Táxis e ônibus são bons para observar a cidade, mas podem ser meios bem lentos, dependendo do trânsito.
ONDE COMER
Há poucos lugares no mundo onde se pode comer melhor do que em Nova York. Desde que, é claro, você tenha dinheiro. Chefs estrelados, mestres da inovação, público e críticos atentos aos mínimos detalhes. A cidade mais rica do mundo possui provavelmente a maior variedade de restaurantes com cozinhas nacionais – por exemplo, aquilo que conhecemos como restaurante chinês aqui é subdividido em casas regionais de Pequim, Fujian, Cantão, Sichuan, etc., etc. Ou seja, os imigrantes que fizeram a América também trouxeram suas especialidades e assim a cidade tornou-se um festival de cores e sabores. Não ficam de fora também vegetarianos, veganos, os que seguem a dieta kosher e os orgânicos. Ninguém vai passar forme aqui.
Para as melhores casas é recomedado fazer reservas com muita antecedência. O ultrapopular Nobu, em Lower Manhattan, chega a ter filas de espera de mais de nove meses. Em todos eles é esperado ter um ótimo serviço, decoração de primeira, instalações confortáveis (inclusive para cadeirantes) e, é claro, uma cozinha primorosa. Opções mais frugais incluem as onipresentes deli (bons, deliciosos, mas nem sempre baratos; ótimos sanduíches e tortas), as simpáticas carrocinhas de hot-dog (nada de batatinha, purê e vinagrete; aqui o negócio é um queijo derretido tenebroso e um molho chili) e uma profusão de cafés (com muitos brownies, bagels e cookies). Não deixe de experimentar os ótimos hambúrgueres que fazem a fama da cidade.
ONDE FICAR
Não há como fugir dos preços altíssimos da hotelaria nova-iorquina. A boa notícia é que as diárias variam muito, dependendo de eventos e épocas do ano, e podem-se achar boas promoções nos sites dos hotéis. A regra geral é: se você não conhece o lugar, não arrisque reservar nada por menos de US$ 150 a diária, pois a chance de ser um pulgueiro é grande. Fique atento aos hotéis com tarifas mais baixas (de US$ 100 para baixo): geralmente estão antiquados, não têm acomodações adequadas para crianças e cadeirantes, não possuem elevador e os banheiros são compartilhados. É raro também achar hotéis com café da manhã incluído na diária – e, se incluem, pode ser só café preto e um muffin ou bagel bem mixurucas.
A cidade tem recebido muitos investimentos no setor hoteleiro, tanto em mega-empreendimentos como em simpáticos e bem decorados hotéis-butique. No médio prazo, portanto, espera-se uma oferta com uma qualidade geral superior e preços um pouco mais em conta. Na hora de escolher onde ficar, a maioria das pessoas prefere ficar na ilha de Manhattan mesmo. Distritos em torno do Central Park, os Villages (East, West e Greenwich), Soho e Tribeca são os mais convenientes em termos de transportes, serviços e proximidade com as atrações.
Com albergues e hostels tipo “The Y” entre US$ 50 e 100 e acomodações medianas gravitando em torno dos US$ 200, vale a pena considerar também hospedagens no Queens, Brooklyn e em New Jersey, que podem ser alguns pequenos achados.
CARTÕES DE DESCONTO
Há alguns bons cartões de descontos na cidade. O New York City Pass (www.citypass.com/new-york) lhe garante entrada em seis atrações “imperdíveis” na cidade pelo valor de US$ 89 (adulttos) e 64 (6 a 17 anos). Você pode visitar o Empire State Building, Guggenheim Museum (ou o observatório Top of the Rocks), MoMA, Metropolitan e Estátua da Liberdade (ou o Cruzeiro Circle Line) dentro de um período de nove dias. Antes de fazer os cálculos, lembre-se que crianças com menos de 11 anos não pagam muitas destas atrações e o Metropolitan não cobra entrada fixa.
Já o New York Pass (www.newyorkpass.com) é um cartão inteligente que lhe dá direito a entrar em cerca de 300 atrações na cidade. Você paga um preço fixo para os períodos de uso (1, 2, 3 ou 7 dias) e visita quantas atrações conseguir. Os preços são um pouco salgados (US$ 80, 130, 140 e 185), mas a oferta é ampla e economiza-se um templo evitando-se as filas.