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Khajuraho

Por Adrian Medeiros
Atualizado em 19 jun 2018, 17h11 - Publicado em 27 ago 2012, 11h15

Perdidos em uma vasta planície da província indiana de Madhya Pradresh, um conjunto de fabulosos templos monumentais provoca os visitantes que aqui chegam. Construídos durante o apogeu da dinastia Chandella entre 950 e 1050, o complexo de santuários jainistas e hindus de Khajuraho traz o melhor da arquitetura e arte escultórica do período. Apesar de apenas 22 destas torres terem sobrevivido, todas estão em excelente estado de conservação e são um dos mais bem preservados testemunhos do período na Índia. Listados como patrimônio da humanidade pela Unesco, são uma visita que vale a pena, principalmente para quem viaja por terra entre Jaipur e a cidade sagrada de Varanasi.

Espalhados em três áreas próximas umas das outras, as estruturas seguem um desenho básico comum. Sobre uma plataforma elevada, uma grande torre que remete à montanha sagrada de Kailash serve de referência principal ao conjunto. Uma pequena entrada e uma sala hipostila são a antessala para o santuário propriamente dito, envolto em uma penumbra profunda. No entanto, é a decoração, uma infindável miríade de pequenas e detalhadíssimas esculturas que chama a atenção. A corte Chandela promoveu a apreciação de todos os aspectos da vida cotidiana, incluindo o sexo. E é exatamente isso que podemos apreciar nos muros e paredes dos templos: cenas da vida privada como um momento sagrado de nossas existências — sejam elas eróticas ou não.

Os maiores e mais monumentais templos estão no setor oeste. Santuários como Lakshmana (dedicado a Vishnu e talvez o mais belo da região), Varaha, Kandariya Mahadeva (o maior de todos, construído para Shiva) e Matangeshwara são o ponto alto da vista a Khajuraho.

COMO CHEGAR

A cidade de Jhansi, a 180 quilômetros de Khajuraho, é uma importante referência no que tange ao transporte. De lá partem ônibus, trem e táxis para a cidade. Os serviços rodoviários são os mais baratos, levam cerca de 6 horas para cobrir o trajeto, mas como boa parte está em condições decrépitas, conduzida por motoristas inconsequentes, não é um meio muito recomendado. Já a ligação ferroviária é razoavelmente nova e prática. A jornada leva 4 horas. Um serviço mais caro (porém acessível), mas muito prático é o táxi. Ele cobre o percurso em cerca de 3 horas e faz a viagem ponto a ponto.

Alternativamente, há muitos voos que servem Khajuraho, com companhias locais como a Kingfisher, India Airlines e Jet Airways conectando a cidade a destinos-chave como Varanasi, Agra, Jaipur e Délhi. E, é claro, Jhansi.

COMO CIRCULAR

Há duas formas básicas de circular pela pequena Khajuraho. A mais agradável e divertida é pegar uma bicicleta e passear pelos parques. E é barato. No entanto, se estiver muito calor — o que é bem possível — o recomendado é usar um táxi ou embarcar em um passeio com guia. Eles são essenciais para indicar detalhes dos templos que poderiam passar desapercebidos e contar a história de sua construção.

ONDE FICAR

Bons hotéis é o que não faltam em Khajuraho. Redes importantes como Clark’s e Radisson estão instaladas na cidade e oferecem todas as amenidades da vida moderna, incluindo restaurantes (apenas razoáveis), rede wi-fi e piscinas em um clima semidesértico. As instalações são práticas e seguem uma decoração clean, com um staff sempre muito atencioso. Dentro da cidade há algumas pequenas pousadas familiares, mais baratas e, obviamente, mais simples. Praticamente todos os estabelecimentos possuem acordos com operadoras locais, que organizam traslados para e desde o aeroporto e passeios, tanto para os templos como safáris em parques das imediações.

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