Em boa parte da Europa você encontrará cidades que possuem um ou vários símbolos que valem aquela foto de cartão-postal. É assim na parisiense Torre Eiffel, no Castelo de Praga ou no Big Ben, em Londres. Eles extrapolam as fronteiras de seu países e servem como verdadeiros ícones nacionais. Mas, e Estocolmo, na Suécia?
Não, aqui não há nenhum monumento ou edifício de linhas arrebatadoras, parque histórico, igreja ou palácio que cause suspiros. Pelo menos nada de fama internacional. O encanto da capital sueca está na harmonia do conjunto.
Assentada em um grande arquipélago formado por 14 ilhas, Estocolmo se desenha entre canais de águas limpas que ziguezagueiam sob pontes sem fim (na verdade, 57), transpirando charme em suas lojas de design (joias, cristais, móveis) e na arquitetura ora medieval, ora vanguardista. Isso tudo faz os turistas caminharem mais lentamente para apreciar tal beleza. É tudo encantador.
QUANDO IR
De maio a outubro, meses mais quentes do ano, quando há mais horas de sol por dia e muitas atividades. É nessa época que os campings estão abertos. No inverno ocorre a temporada da liga nacional de hóquei no gelo.
COMO CHEGAR
Há dois aeroportos principais que servem a região, Bromma e Arlanda. O primeiro serve mais voos domésticos, enquanto que o segundo é conectado com várias das maiores cidades europeias. O Arlanda Express faz o transporte entre o aeroporto e a estação central em apenas 22 minutos, com saídas regulares entre 5h e 24h. Uma segunda opção é o ônibus Flybussarna, que faz o trajeto em 40 minutos mas é mais barato.
A cidade é acessível por mar para vários destinos no Báltico, como Tallin (Estônia) e Helsinque e Turku (Finlândia). As principais companhias com balsas são a Tallink, Viking Line e Silja Line.
Por via terrestre Estocolmo possui opções para Oslo (Noruega), Copenhague (Dinamarca) e várias cidades suecas com companhias como a ferroviária Sveriges Järnvag.
COMO CIRCULAR
A rede de transportes públicos de Estocolmo é administrada pela Storstockholms Lokaltrafik, e inclui metrô, ônibus, trams, trens e barcas. As opções de bilhete mais adequadas para o turista são o de viagem única (45 SEK, cerca de 4,2 euros), 24 horas (kr 130, cerca de € 12), 72 horas (kr 260, € 24), 7 dias (kr 335, cerca de € 31), todos com viagens ilimitadas no período. A City Bikes tem várias estações espalhadas pela cidade, e o aluguel por três dias, com pedaladas ilimitadas entre 6h e 22h, sai por kr 250 SEK € 23,5 euros) na alta temporada (abril-outubro).
PASSEIOS
Para ter uma vista panorâmica da cidade, rume para o Fjällgatan, área elevada à beira da baía de onde se vê a cidade velha. No horizonte estão, entre outros, o ilhéu de Riddarholmen, que abriga a igreja homônima que hoje serve de sepultura para os monarcas e aristocratas suecos; e Djurgården, ilha com grande área verde que concentra atrações como o parque de diversões Gröna Lund, e os museus Skansen (a céu aberto), o ABBA (dedicado à mais famosa das bandas suecas) e o Vasamuseet, que mais atrai público em toda a Escandinávia. Abriga um navio de guerra do século 17 – o único existente do mundo – que naufragou na viagem de estreia e foi recuperado e restaurado no século 20.
Entre os museus, merecem atenção o Moderna Museet, que reúne um acervo dedicado à arte moderna e contemporânea, com obras de Matisse, Picasso e Dali, entre outros. Obras mais clássicas se acham no recém-modernizado Nationalmuseum. Não deixe também de passar pelo Palácio Real, um dos maiores da Europa. Com 600 quartos, é a residência oficial do rei Carlos XVI Gustavo, da dinastia Bernadotte. Abriga nada menos que cinco museus, e ainda tem a tradicional troca de guarda como atração. Muitos do museus, aliás, estão incluídos no Stockholm Pass, que agrega mais de 60 passeios e acesso a ônibus hop on hop off e barcas de turismo (mas não ao sistema de transporte público). O passe de três dias, intermediário, sai por kr 1129 SEK (cerca de € 106).
ONDE FICAR
Entre os hotéis de rede, bastante popular é o Radisson Blu Waterfront Hotel, parte do complexo de negócios Stockholm Waterfront, que foi construído colado à Estação Central de Estocolmo, à beira da baía, do lado oposto ao edifício da Prefeitura. Bem perto, mais charmosinho, é o Freys Hotel e seus 127 quartos decorados com zelo e um bar que se orgulha de oferecer 300 marcas de cerveja belga. Decoração mais jovial, com um toque retrô, tem o colorido Motel L Hammarby Sjostad. Na porta, pega-se um tram até o centro, numa viagem de dez minutos. Para algo mais pitoresco, e econômico, o Den Röda Båten oferece quartos individuais e coletivos em dois barcos atracados na baía.
ONDE COMER
Para os mais abonados, Estocolmo não decepciona na alta gastronomia, com vários restaurantes estrelados pelo Guia Michelin. Entre eles está o Frantzén, instalado em três pavimentos de um edifício do século 19. Com a cotação máxima (três estrelas) do guia, o restaurante oferece um menu fixo de kr 3 500 (cerca de € 328, sem bebida), que passeia entre as culinárias escandinava, europeia e asiática. Menos euros se exigem no também estrelado – uma – no Ekstedt, onde tudo passa por um forno a lenha de ferro fundido. O menu de quatro pratos sai por kr 980 (cerca de € 92).
Mais econômica ainda é a proposta atraente do Mom’s Kitchen, que promete comida caseira e local em pratos como salmão defumado com queijo e ovos (kr 125, cerca de € 12), e almôndegas com purê de batata (kr 120, cerca de € 11 ). Para quem não dispensa um churrasco, a Texas Longhorn Hammarby Sjöstad, serve filés de 200 gramas a partir de kr 265 (cerca de € 25).
DOCUMENTOS
Brasileiros não precisam de visto para até 90 dias de estadia. O passaporte deve ter validade superior a três meses quando da saída.
DINHEIRO
A moeda oficial é a Coroa sueca (SEK), mas há pouca circulação de dinheiro – as operações são feitas majoritariamente com cartões (kr 10 = € 0,95).