Parque Nacional da Chapada Diamantina, principal destino de ecoturismo do Brasil (Ricardo Rollo/Reprodução)
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1. Parque Nacional da Chapada Diamantina, principal destino de ecoturismo do Brasil
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1/33 Parque Nacional da Chapada Diamantina, principal destino de ecoturismo do Brasil (Ricardo Rollo)
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2. Morro do Pai Inácio, Chapada Diamantina, Bahia
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2/33 Chapada Diamantina, Bahia (Cleide Isabel/creative commons)
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3. Vista do Morro do Pai Inácio, programa obrigatório da Chapada, onde é possível ver as principais formações do parque
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3/33 Vista do Morro do Pai Inácio, programa obrigatório da Chapada, onde é possível ver as principais formações do parque (Jota Freitas)
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4. Chapada Diamantina Cachoeira do Buracão, Bahia
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4/33 Cachoeira do Buracão, Chapada Diamantina (José Gutiérrez Creative Commons)
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5. Parque Nacional da Chapada Diamantina, playground natural que não economiza em cânions, quedas dágua, cavernas, morros escarpados, bromélias ou rios cor de cobre
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5/33 Parque Nacional da Chapada Diamantina, playground natural que não economiza em cânions, quedas d’água, cavernas, morros escarpados, bromélias ou rios cor de cobre (Jota Freitas)
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6. Cachoeira da Fumaça, no Vale do Capão. Para ser recompensado pela bela paisagem, é preciso enfrentar uma caminhada de duas horas por um terreno íngreme
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6/33 Cachoeira da Fumaça, no Vale do Capão. Para ser recompensado pela bela paisagem, é preciso enfrentar uma caminhada de duas horas por um terreno íngreme (Jota Freitas)
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7. Lápides do Cemitério Bizantino, em Mucugê, construído no começo do século 19
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7/33 Lápides do Cemitério Bizantino, em Mucugê, construído no começo do século 19 (Franco Hoffchneider)
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8. Chapada Diamantina Lapa Doce, Bahia
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8/33 Gruta Lapa Doce (Guilherme Jófili Creative Commons)
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9. Cachoeira do Buracão, em Ibicoara, onde é preciso caminhar por passagens estreitas e nadar para chegar pertinho da queda dágua
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9/33 Cachoeira do Buracão, em Ibicoara, onde é preciso caminhar por passagens estreitas e nadar para chegar pertinho da queda dágua (Franco Hoffchneider)
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10. Poço Azul na caverna do Parque Nacional da Chapada Diamantina. Quando batem na água, os raios de sol revelam várias tonalidades de azul e belas formações rochosas
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10/33 Poço Azul na caverna do Parque Nacional da Chapada Diamantina. Quando batem na água, os raios de sol revelam várias tonalidades de azul e belas formações rochosas (Franco Hoffchneider)
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11. Morrão do Camelo no Parque Nacional da Chapada Diamantina
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11/33 Morrão do Camelo no Parque Nacional da Chapada Diamantina (Jota Freitas)
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12. Morrão, no Parque Nacional da Chapada Diamantina, paisagens naturais que se revelam ao longo dos trekkings
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12/33 Morrão, no Parque Nacional da Chapada Diamantina, paisagens naturais que se revelam ao longo dos trekkings (Jota Freitas)
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13. Morro do Pai Inácio, programa obrigatório da Chapada e local que rende a melhor foto do parque
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13/33 Morro do Pai Inácio, programa obrigatório da Chapada e local que rende a melhor foto do parque (João Ramos)
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14. Gruta da Pratinha, um rio de água azul-clarinha que brota de dentro da gruta formando uma enorme praia
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14/33 Gruta da Pratinha, um rio de água azul-clarinha que brota de dentro da gruta formando uma enorme praia (Jota Freitas)
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15. Chapada Diamantina, Bahia
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15/33 Chapada Diamantina, Bahia (deltafrut Creative Commons)
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16. Rua de Lençóis, cidade mais charmosa ao redor da Chapada, com muitos restaurantes e pousadas
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16/33 Rua de Lençóis, cidade mais charmosa ao redor da Chapada, com muitos restaurantes e pousadas (Franco Hoffchneider)
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17. Chapada Diamantina Lapa Doce, Bahia
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17/33 Gruta da Lapa Doce, Chapada Diamantina (huggy47 Creative Commons)
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18. Chapada Diamantina Poço Azul, Bahia
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18/33 Poço Azul, Chapada Diamantina (deltrafrut Creative Commons)
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19. Água transparente do Poço Encantado ganha tons de azul quando o sol incide por uma fenda
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19/33 Água transparente do Poço Encantado ganha tons de azul quando o sol incide por uma fenda (Demian Takahashi)
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20. Lençóis, a porta de entrada da Chapada, com a melhor oferta de hospedagem, agências de turismo e restaurantes
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20/33 Lençóis, a porta de entrada da Chapada, com a melhor oferta de hospedagem, agências de turismo e restaurantes (Rita Barreto)
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21. Beija-flor no Parque Nacional da Chapada Diamantina
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21/33 Beija-flor no Parque Nacional da Chapada Diamantina (João Ramos)
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22. Chapada Diamantina, Lençóis (BA)
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22/33 Montanhas, chapadões, rios e cachoeiras se sucedem em paisagens únicas, interligadas por trilhas abertas na época do garimpo (Franco Hoffchneider/Divulgação)
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23. Vista de Morrão, em Palmeiras
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23/33 Vista de Morrão, em Palmeiras (João Ramos)
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24. Cemitério Bizantino de Mucugê, construções do século 19, quando surtos de varíola e de cólera atingiram o lugar. À noite, holofotes colorem as lápides
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24/33 Cemitério Bizantino de Mucugê, construções do século 19, quando surtos de varíola e de cólera atingiram o lugar. À noite, holofotes colorem as lápides (Jota Freitas)
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25. Trilha da Cachoeira da Fumaça, no Vale do Capão. Após duas horas de caminhada, o visitante se depara com uma fina cortina de água que despenca por uma abertura no paredão
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25/33 Trilha da Cachoeira da Fumaça, no Vale do Capão. Após duas horas de caminhada, o visitante se depara com uma fina cortina de água que despenca por uma abertura no paredão (João Ramos)
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26. Gruta Manoel do Ioiô, em Iraquara
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26/33 Gruta Manoel do Ioiô, em Iraquara (Jota Freitas)
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27. Ciclistas em frente ao Cemitério Bizantino de Mucugê, contruções do século 19 ao pé de um grande paredão
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27/33 Ciclistas em frente ao Cemitério Bizantino de Mucugê, contruções do século 19 ao pé de um grande paredão (João Ramos)
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28. Tirolesa no Poço do Diabo. A trilha para chegar ao local é de apenas 15 minutos e beira o Rio Mucugê
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28/33 Tirolesa no Poço do Diabo. A trilha para chegar ao local é de apenas 15 minutos e beira o Rio Mucugê (João Ramos)
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29. Competição de ciclismo no Parque Nacional da Chapada Diamantina
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29/33 Competição de ciclismo no Parque Nacional da Chapada Diamantina (João Ramos)
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30. Chapada Diamantina Morro do Camelo, Bahia
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30/33 Morro do Camelo (laurobeltrao Creative Commons)
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31. Trekking no Vale do Capão, o mais famoso da região
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31/33 Trekking no Vale do Capão, o mais famoso da região (Franco Hoffchneider)
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32. Fachada e jardim lateral da Alcino Estalagem e Atelier, em Lençóis, casarão de 1890 restaurado e transformado em pousada
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32/33 Fachada e jardim lateral da Alcino Estalagem & Atelier, em Lençóis, casarão de 1890 restaurado e transformado em pousada (Calil Neto)
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33. Detalhe da decoração da Alcino Estalagem e Atelier. Dono da pousada faz peças de cerâmica e pinta louças, vitrôs e azulejos
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33/33 Detalhe da decoração da Alcino Estalagem e Atelier. Dono da pousada faz peças de cerâmica e pinta louças, vitrôs e azulejos (Calil Neto)
Do alto do Morro do Pai Inácio, tradicional e imperdível atração, parece que a Chapada não tem fim. Pudera, são mais de 1 500 km² cheios de grutas com grandes salões subterrâneos, cânions gigantes e cachoeiras das mais belas e altas do país. Tudo isso, junto, faz deste um dos principais destinos de ecoturismo do Brasil. Além dos cenários naturais encantadores, a estrutura é das mais preparadas para o turismo, sobretudo em Lençóis, a “capital da Chapada”, onde há bons hotéis e restaurantes gostosos. A cidade é a base para ir às outras seis localidades turísticas daqui, seja a hippie Vale do Capão, sejam as cachoeiras de Ibicoara, seja a histórica Igatu ou mesmo a “recém-descoberta” Itaetê, novidade do GUIA BRASIL 2015, que tem lindas quedas-d’água. A cereja no bolo da Chapada é o queridinho dos aventureiros: o Vale do Paty, mais cênico trekking do país.
COMO CHEGAR
Para uma viagem de carro, a partir de Salvador ou da região Centro-Oeste do país, o melhor caminho até a região da Chapada Diamantina (no caso, Lençóis) é pela BR-242; partindo do Sul, desde Vitória da Conquista, pegue a BA-262 e depois a BA-142. A Azul (voeazul.com.br; 0800-887-1118) faz o voo Salvador-Lençóis apenas aos domingos (13h30, uma hora de duração). De ônibus, partindo da capital baiana, a Real Expresso faz o trajeto (0800-280-7325; R$ 63,19; todos os dias às 7h, 13h, 17h e 23h; 6h30 de viagem).
COMO CIRCULAR
Dentro de cada destino, dá para fazer tudo a pé. Para as trilhas, contrate guias nas agências ou nas associações. Para ir de uma localidade a outra: a BA-142 (a partir da BR-242) liga Lençóis a Andaraí, Mucugê e Ibicoara. Entre Andaraí e Mucugê, uma estradinha de pedras parte em direção a Igatu. A BR-242 leva a Palmeiras e, de lá, uma estrada de terra chega ao Vale do Capão. De ônibus, o trecho Lençóis-Palmeiras é feito pela Real Expresso (0800-280-7325; R$ 4,28; segunda a sábado, às 5h05, 13h05, 19h05 e 22h55; 50 minutos de viagem); de Palmeiras, lotações levam ao Vale do Capão (cerca de R$ 12). De Lençóis a Andaraí e Mucugê, quem leva é a Emtram (3331-1525; R$ 15 a R$ 26; segunda a sábado, às 10h e 16h; uma hora de viagem até Andaraí, 1h40 até Mucugê).
ONDE FICAR
Lençóis possui a maior quantidade de hospedagens da Chapada e também as mais confortáveis. Os quartos com as melhores vistas estão nas pousadas do Vale do Capão. Nas demais localidades, a maioria dos hotéis é mais simples e com pouca estrutura.
ONDE COMER
Os principais estão em Lençóis. No O Bode é possível provar receitas da época do garimpo, servidas também no Dona Nena, em Mucugê. Destaque ainda para o pastel de palmito de jaca da Dona Dalva, no Vale do Capão, e para os sorvetes da Apollo, em Andaraí.
Pratos do garimpo Refeições calóricas, com frutas e legumes da região, faziam parte da dieta dos garimpeiros nos séculos 18 e 19. Há receitas com cortes e miúdos de bode, carne de sol e carne-seca, além do pirão de parida (galinha caipira com pirão do próprio caldo). Os acompanhamentos mais comuns são o purê de leite, o godó de banana (ensopado de banana-verde), o cortado de palma (um tipo de cacto) e o cortado de mamão verde ou de abóbora.
Onde comer O Bode (Lençóis) e Dona Nena (Mucugê).
EXPLORANDO A CHAPADA DIAMAN
SAIBA MAIS
É fundamental ter a companhia de um guia para a maioria dos passeios. A sinalização, nas estradas e trilhas, não costuma ajudar. Você pode contratá-los nas agências, como a Nas Alturas (informações pelo telefone (75) 3334-1054) e a Venturas e Aventuras (informações pelo telefone (75) 3334-1030), ambas com base em Lençóis, e a Pé no Mato (informações pelo telefone (75) 3344-1105), no Vale do Capão; ou nas Associações de Condutores de Visitantes (ACVs), com preços mais econômicos – nesse caso, não dá para pagar com cartão, os valores não incluem seguro e não há veículos para os traslados (é preciso usar carro próprio); as diárias para até quatro pessoas custam a partir de R$ 80.
Contatos das ACVs: Lençóis, (75) 3334-1435; Andaraí, (75) 8128-8441; Ibicoara, (77) 3413- 2048; Itaetê, (75) 3361-9001; Mucugê, (75) 8231- 1610; Vale do Capão, (75) 3344-1087. Pedir indicações nos hotéis e pousadas é sempre uma boa solução: em Andaraí, a Pousada Sincorá (75/3335-2210) organiza roteiros e indica condutores.
Por contata própria As atrações que você pode visitar sem contratar guia são: grutas Torrinha, Pratinha e Lapa Doce, Cachoeira dos Mosquitos, Poço do Diabo, Ribeirão do Meio e Morro do Pai Inácio, em Lençóis; Poço Azul, Cachoeira Donana e Fazenda Marimbus, em Andaraí; Galeria Arte & Memória, Mina Brejo-Verruga, Ponto do Amarildo e Trekking Igatu-Andaraí, em Igatu; Poço Encantado, em Itaetê; Cemitério Bizantino, Projeto Sempre- Viva e Museu Vivo do Garimpo, em Mucugê; cachoeiras da Fumaça e do Riachinho e Poço das Cobras, no Vale do Capão. Muitas dessas atrações estão distantes das vilas – é preciso ter carro para chegar a elas.
Equilíbrio é tudo Intercale passeios desgastantes com outros mais leves, já que algumas atrações exigem caminhadas longas, em terrenos íngremes.
O que levar Botas ou tênis para trekking são indispensáveis. Na maioria das trilhas, é recomendado o uso de calça. Na mochila, leve água, frutas, chapéu (ou boné), repelente, protetor solar e blusa para proteger do vento. Entre novembro e janeiro, inclua uma capa de chuva.
É TUDO VERDADE
Leve dinheiro suficiente para toda a estadia na Chapada. Boa parte dos lugares não aceita cartões e os que aceitam muitas vezes ficam sem sinal – afinal, estamos entre montanhas, chapadões. Só há uma agência bancária em toda a região: do Banco do Brasil, em Lençóis.
HISTÓRIA
Se hoje Lençóis é considerada a “capital da Chapada Diamantina”, foi em Mucugê que a região se desenvolveu no século 19. O motivo? A cidade foi o principal polo da extração de diamantes. Estimase que, na época, a população tenha chegado a 30 mil habitantes, o dobro dos 15 mil atuais.
QUANDO IR
De dezembro a fevereiro as diárias sobem e as trilhas lotam – e as cachoeiras estão com maior volume de água. De junho a agosto, o clima é seco (tome muita água). Junho também é o mês da festa de São João e, em outubro, ocorre o Festival de Lençóis.
Por Luiz Felipe Silva