Chapada Diamantina
![Parque Nacional da Chapada Diamantina, principal destino de ecoturismo do Brasil](https://viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/foto-abre-cdiamantina20.jpeg)
![Parque Nacional da Chapada Diamantina, principal destino de ecoturismo do Brasil Parque Nacional da Chapada Diamantina, principal destino de ecoturismo do Brasil](https://viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/foto-abre-cdiamantina201.jpeg?quality=90&strip=info&w=908&w=636)
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![Cemitério Bizantino de Mucugê, construções do século 19, quando surtos de varíola e de cólera atingiram o lugar. À noite, holofotes colorem as lápides Cemitério Bizantino de Mucugê, construções do século 19, quando surtos de varíola e de cólera atingiram o lugar. À noite, holofotes colorem as lápides](https://viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/cdiamantina17.jpg?quality=90&strip=info&w=928&w=636)
![Trilha da Cachoeira da Fumaça, no Vale do Capão. Após duas horas de caminhada, o visitante se depara com uma fina cortina de água que despenca por uma abertura no paredão Trilha da Cachoeira da Fumaça, no Vale do Capão. Após duas horas de caminhada, o visitante se depara com uma fina cortina de água que despenca por uma abertura no paredão](https://viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/cdiamantina161.jpg?quality=90&strip=info&w=916&w=636)
![Gruta Manoel do Ioiô, em Iraquara Gruta Manoel do Ioiô, em Iraquara](https://viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/cdiamantina18.jpg?quality=90&strip=info&w=922&w=636)
![Ciclistas em frente ao Cemitério Bizantino de Mucugê, contruções do século 19 ao pé de um grande paredão Ciclistas em frente ao Cemitério Bizantino de Mucugê, contruções do século 19 ao pé de um grande paredão](https://viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/cdiamantina21.jpg?quality=90&strip=info&w=924&w=636)
![Tirolesa no Poço do Diabo. A trilha para chegar ao local é de apenas 15 minutos e beira o Rio Mucugê Tirolesa no Poço do Diabo. A trilha para chegar ao local é de apenas 15 minutos e beira o Rio Mucugê](https://viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/cdiamantina23.jpg?quality=90&strip=info&w=916&w=636)
![Competição de ciclismo no Parque Nacional da Chapada Diamantina Competição de ciclismo no Parque Nacional da Chapada Diamantina](https://viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/cdiamantina24.jpg?quality=90&strip=info&w=916&w=636)
![Morro do Camelo Morro do Camelo](https://viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/chapada-diamantina-morro-do-camelo-laurobeltrao-creative-commons.jpeg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![Trekking no Vale do Capão, o mais famoso da região Trekking no Vale do Capão, o mais famoso da região](https://viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/cdiamantina252.jpg?quality=90&strip=info&w=919&w=636)
![Fachada e jardim lateral da Alcino Estalagem & Atelier, em Lençóis, casarão de 1890 restaurado e transformado em pousada Fachada e jardim lateral da Alcino Estalagem & Atelier, em Lençóis, casarão de 1890 restaurado e transformado em pousada](https://viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/cdiamantina26.jpg?quality=90&strip=info&w=923&w=636)
![Detalhe da decoração da Alcino Estalagem e Atelier. Dono da pousada faz peças de cerâmica e pinta louças, vitrôs e azulejos Detalhe da decoração da Alcino Estalagem e Atelier. Dono da pousada faz peças de cerâmica e pinta louças, vitrôs e azulejos](https://viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/cdiamantina27.jpg?quality=90&strip=info&w=923&w=636)
Do alto do Morro do Pai Inácio, tradicional e imperdível atração, parece que a Chapada não tem fim. Pudera, são mais de 1 500 km² cheios de grutas com grandes salões subterrâneos, cânions gigantes e cachoeiras das mais belas e altas do país. Tudo isso, junto, faz deste um dos principais destinos de ecoturismo do Brasil. Além dos cenários naturais encantadores, a estrutura é das mais preparadas para o turismo, sobretudo em Lençóis, a “capital da Chapada”, onde há bons hotéis e restaurantes gostosos. A cidade é a base para ir às outras seis localidades turísticas daqui, seja a hippie Vale do Capão, sejam as cachoeiras de Ibicoara, seja a histórica Igatu ou mesmo a “recém-descoberta” Itaetê, novidade do GUIA BRASIL 2015, que tem lindas quedas-d’água. A cereja no bolo da Chapada é o queridinho dos aventureiros: o Vale do Paty, mais cênico trekking do país.
COMO CHEGAR
Para uma viagem de carro, a partir de Salvador ou da região Centro-Oeste do país, o melhor caminho até a região da Chapada Diamantina (no caso, Lençóis) é pela BR-242; partindo do Sul, desde Vitória da Conquista, pegue a BA-262 e depois a BA-142. A Azul (voeazul.com.br; 0800-887-1118) faz o voo Salvador-Lençóis apenas aos domingos (13h30, uma hora de duração). De ônibus, partindo da capital baiana, a Real Expresso faz o trajeto (0800-280-7325; R$ 63,19; todos os dias às 7h, 13h, 17h e 23h; 6h30 de viagem).
COMO CIRCULAR
Dentro de cada destino, dá para fazer tudo a pé. Para as trilhas, contrate guias nas agências ou nas associações. Para ir de uma localidade a outra: a BA-142 (a partir da BR-242) liga Lençóis a Andaraí, Mucugê e Ibicoara. Entre Andaraí e Mucugê, uma estradinha de pedras parte em direção a Igatu. A BR-242 leva a Palmeiras e, de lá, uma estrada de terra chega ao Vale do Capão. De ônibus, o trecho Lençóis-Palmeiras é feito pela Real Expresso (0800-280-7325; R$ 4,28; segunda a sábado, às 5h05, 13h05, 19h05 e 22h55; 50 minutos de viagem); de Palmeiras, lotações levam ao Vale do Capão (cerca de R$ 12). De Lençóis a Andaraí e Mucugê, quem leva é a Emtram (3331-1525; R$ 15 a R$ 26; segunda a sábado, às 10h e 16h; uma hora de viagem até Andaraí, 1h40 até Mucugê).
ONDE FICAR
Lençóis possui a maior quantidade de hospedagens da Chapada e também as mais confortáveis. Os quartos com as melhores vistas estão nas pousadas do Vale do Capão. Nas demais localidades, a maioria dos hotéis é mais simples e com pouca estrutura.
ONDE COMER
Os principais estão em Lençóis. No O Bode é possível provar receitas da época do garimpo, servidas também no Dona Nena, em Mucugê. Destaque ainda para o pastel de palmito de jaca da Dona Dalva, no Vale do Capão, e para os sorvetes da Apollo, em Andaraí.
Pratos do garimpo Refeições calóricas, com frutas e legumes da região, faziam parte da dieta dos garimpeiros nos séculos 18 e 19. Há receitas com cortes e miúdos de bode, carne de sol e carne-seca, além do pirão de parida (galinha caipira com pirão do próprio caldo). Os acompanhamentos mais comuns são o purê de leite, o godó de banana (ensopado de banana-verde), o cortado de palma (um tipo de cacto) e o cortado de mamão verde ou de abóbora.
Onde comer O Bode (Lençóis) e Dona Nena (Mucugê).
EXPLORANDO A CHAPADA DIAMAN
SAIBA MAIS
É fundamental ter a companhia de um guia para a maioria dos passeios. A sinalização, nas estradas e trilhas, não costuma ajudar. Você pode contratá-los nas agências, como a Nas Alturas (informações pelo telefone (75) 3334-1054) e a Venturas e Aventuras (informações pelo telefone (75) 3334-1030), ambas com base em Lençóis, e a Pé no Mato (informações pelo telefone (75) 3344-1105), no Vale do Capão; ou nas Associações de Condutores de Visitantes (ACVs), com preços mais econômicos – nesse caso, não dá para pagar com cartão, os valores não incluem seguro e não há veículos para os traslados (é preciso usar carro próprio); as diárias para até quatro pessoas custam a partir de R$ 80.
Contatos das ACVs: Lençóis, (75) 3334-1435; Andaraí, (75) 8128-8441; Ibicoara, (77) 3413- 2048; Itaetê, (75) 3361-9001; Mucugê, (75) 8231- 1610; Vale do Capão, (75) 3344-1087. Pedir indicações nos hotéis e pousadas é sempre uma boa solução: em Andaraí, a Pousada Sincorá (75/3335-2210) organiza roteiros e indica condutores.
Por contata própria As atrações que você pode visitar sem contratar guia são: grutas Torrinha, Pratinha e Lapa Doce, Cachoeira dos Mosquitos, Poço do Diabo, Ribeirão do Meio e Morro do Pai Inácio, em Lençóis; Poço Azul, Cachoeira Donana e Fazenda Marimbus, em Andaraí; Galeria Arte & Memória, Mina Brejo-Verruga, Ponto do Amarildo e Trekking Igatu-Andaraí, em Igatu; Poço Encantado, em Itaetê; Cemitério Bizantino, Projeto Sempre- Viva e Museu Vivo do Garimpo, em Mucugê; cachoeiras da Fumaça e do Riachinho e Poço das Cobras, no Vale do Capão. Muitas dessas atrações estão distantes das vilas – é preciso ter carro para chegar a elas.
Equilíbrio é tudo Intercale passeios desgastantes com outros mais leves, já que algumas atrações exigem caminhadas longas, em terrenos íngremes.
O que levar Botas ou tênis para trekking são indispensáveis. Na maioria das trilhas, é recomendado o uso de calça. Na mochila, leve água, frutas, chapéu (ou boné), repelente, protetor solar e blusa para proteger do vento. Entre novembro e janeiro, inclua uma capa de chuva.
É TUDO VERDADE
Leve dinheiro suficiente para toda a estadia na Chapada. Boa parte dos lugares não aceita cartões e os que aceitam muitas vezes ficam sem sinal – afinal, estamos entre montanhas, chapadões. Só há uma agência bancária em toda a região: do Banco do Brasil, em Lençóis.
HISTÓRIA
Se hoje Lençóis é considerada a “capital da Chapada Diamantina”, foi em Mucugê que a região se desenvolveu no século 19. O motivo? A cidade foi o principal polo da extração de diamantes. Estimase que, na época, a população tenha chegado a 30 mil habitantes, o dobro dos 15 mil atuais.
QUANDO IR
De dezembro a fevereiro as diárias sobem e as trilhas lotam – e as cachoeiras estão com maior volume de água. De junho a agosto, o clima é seco (tome muita água). Junho também é o mês da festa de São João e, em outubro, ocorre o Festival de Lençóis.
Por Luiz Felipe Silva