Vilarejo pacato e cachoeiras compõem o cenário de Curimataí (MG)

Distrito de Buenópolis tem cachoeiras e um irresistível clima de roça

Por Clarice Sena
Atualizado em 29 jun 2025, 18h36 - Publicado em 29 jun 2025, 16h00
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Distrito de Buenópolis tem fácil acesso ao Parque Nacional das Sempre-vivas (upslon/)
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Desde que há registros, a pacata Vila de Curimataí, 300 km ao norte de Belo Horizonte, se beneficia das maravilhas que a natureza oferece.

Ao passar pelo local durante uma de suas viagens, em 1817, o naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire registrou: “Mas é preciso convir que os habitantes de Curimatahy são favorecidos no que respeita à água: pois que correm da montanha vários regatos (córregos), que deslizam em volta da povoação, entretém nela um pouco de umidade e fornecem os meios para fazer irrigações”.

Essa descrição é uma verdade até os dias de hoje neste distrito de Buenópolis, não só graças às cachoeiras e à mata exuberante que cerca o local, mas principalmente pelo pequeno riacho que passa pelo centro do povoado, divertindo moradores e visitantes.

Água do rio Curimataí é fonte de vida para a Serra do Espinhaço

A palavra Curimataí tem origem indígena e remete ao curimatã, um peixe de escamas prateadas. Por este motivo, tanto o rio Curimataí quanto o distrito homônimo são batizados desta forma. Afluente do Rio das Velhas, o curso da água alimenta córregos e belas cachoeiras que existem nas redondezas.

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A Cachoeira de Curimataí, cravada no pé da Serra do Espinhaço, tem um intenso volume de água que encanta antes de repousar num poço com cerca de 4 metros de profundidade. A cor escura da água deve-se à alta concentração de minerais e o mergulho em suas águas é muito relaxante.

Já a Cachoeira do Simão é um ponto mais afastado e mais tranquilo, onde a água tem mais pedras como obstáculo antes de cair no poço, ideal para um momento de relaxamento em meio à natureza.

Parques na divisa de Curimataí atraem aventureiros e trilheiros

Nem só de tranquilidade vive o distrito. O povoado é brindado por dois grandes parques nos limites de seu território, um de cada lado: o Parque Nacional das Sempre-vivas e o Parque Estadual da Serra do Cabral.

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O Parna das Sempre-vivas é uma área de preservação do Cerrado com 124 mil hectares. O destaque são as belas flores sempre-vivas, que lhe emprestam o nome, e são fáceis de encontrar pela região. Para visitar o parque é necessária uma autorização do ICMBio, que pode ser obtida pelo e-mail parquenacionaldassemprevivas@icmbio.gov.br. Mais informações estão disponíveis no site oficial.

O Parque Estadual da Serra do Cabral, por sua vez, é tombado pelo estado de Minas Gerais como monumento natural. Em seu interior, a serra atinge altitudes que variam entre 900 e 1300 metros acima do nível do mar. O parque protege diversas nascentes de córregos e riachos que se estendem pelas redondezas e pelo menos uma centena de sítios arqueológicos com pinturas rupestres.

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No pequeno vilarejo de Curimataí algumas opções de hospedagem são a Pousada Canto das Águas e a Pousada Curumataí Casa Sempre Vivas.

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