Há 50 anos, a democracia era devolvida à Lisboa na Revolução dos Cravos, quando setores das Forças Armadas com apoio da população derrubaram a ditadura do Estado Novo. O fotógrafo Sebastião Salgado documentou o movimento, mas as fotos nunca foram vistas pelo público. A partir de 10 de maio, as imagens inéditas serão exibidas no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo.
A exposição Maio Fotografia terá sete mostras individuais, dentre elas 50 Anos da Revolução dos Cravos em Portugal com as fotos feitas por Sebastião Salgado na década de 1970. São mais de 50 imagens captadas quando ele fazia parte da Agência Magnum, no início de sua carreira.
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As outras seis mostras da Maio Fotografia
O fio condutor da 8ª edição da Maio Fotografia é o fotojornalismo. Uma das sete exposições em cartaz no MIS, batizada de Como a História foi Contada, tem trabalhos realizados na chamada “era de ouro”, quando inovações tecnológicas elevaram a qualidade da produção e revistas fotográficas começaram a utilizar as imagens para divulgar notícias no período das Guerras Mundiais. Foram selecionadas mais de 60 fotografias de momentos históricos do renomado fotógrafo Allan Porter.
Já na mostra 10 Anos de Guerras Sem Fim, será exposto o trabalho de Gabriel Chaim, fotógrafo paranaense que documenta guerras e crises humanitárias no Oriente Médio, na Europa e na África.
A baiana Thereza Eugênia retratou figuras muito conhecidas do grande público em situações do dia a dia, que serão expostas na mostra Encontros. Chico Buarque, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Ney Matogrosso, Gal Costa e Gilberto Gil são alguns dos clicados.
De sua coleção fotográfica com 140 mil exemplares, o MIS selecionou o trabalho de quatro mulheres para criar um panorama da representação feminina no acervo. A inglesa radicada no Brasil Maureen Bisilliat, a cubana Maria Eugenia Haya (Marucha), a paulistana Lucila Wroblewski e a sérvia radicada no Brasil Gordana Manić vão oferecer uma perspectiva fotográfica da década de 1960 até o final dos anos 2010.
São Paulo é o foco de Infravermelho, uma Realidade Oculta, de Bruno Matthas. O fotógrafo utiliza a tecnologia infravermelha para revelar a cidade e o estado por um outro olhar.
Por fim, o universo dos bilheteiros, projecionistas, vendedores de pipoca e frequentadores de cinemas de rua é o tema de Sergio Poroger em Uma Rua Chamada Cinema.
Serviço
Quando? A partir de 10 de maio.
Quanto? R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Entrada gratuita às terças-feiras e na terceira quarta-feira do mês. A venda dos ingressos ainda não foi aberta, mas ocorrerá no site do MIS.
Onde? Museu da Imagem e do Som – Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo