Sampa Sky: veja como é a visita ao novo mirante de São Paulo
As cabines com chão de vidro ficam no 42º andar do edifício Mirante do Vale, o segundo mais alto da capital paulista
Sabia que você pode se hospedar no mesmo prédio do Sampa Sky? Saiba mais aqui
Aos poucos, o skyline de São Paulo passa a ter o reconhecimento que merece. Até pouco tempo, os lugares para ver a megalópole do alto limitavam-se ao Farol Santander, ao Edifício Martinelli e, mais recentemente, ao Sesc Paulista e ao Instituto Moreira Salles. Agora, o edifício Mirante do Vale soma-se ao elenco com o Sampa Sky, que pude conhecer uma semana antes da abertura oficial (8 de agosto de 2021).
Cheguei à Praça Pedro Lessa na tarde de uma quinta-feira e não tive dificuldade em parar o carro. Há pelo menos três opções de estacionamentos no entorno do Mirante do Vale, mas não faça como eu, que acabei indo no mais caro: R$ 18 por menos de duas horas na Avenida Prestes Maia. Contornando a praça, os dois estacionamentos da Rua Brigadeiro Tobias cobram preço fechado de R$ 15 e R$ 13. Para quem vai de metrô, a estação mais próxima é a São Bento (Linha 1-Azul). A República (Linhas 3-Vermelha e 4-Amarela) também é uma opção, mas requer uma caminhadinha de uns 15 minutos (é preciso dizer: o Centro não está em seu melhor momento, então se você costuma frequentá-lo uma vez no ano ou quase, prefira descer na São Bento, que é praticamente ao lado do Mirante do Vale).
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O acesso pode ser um pouco confuso porque o prédio possui três entradas diferentes: a do número 241 na Avenida Prestes Maia, bem ao lado do estacionamento careiro, a do 118 na Rua Brigadeiro Tobias e a do 110 na Praça Pedro Lessa. A entrada que você deve procurar é a da Pedro Lessa, que já dá de cara com o elevador que leva ao Sampa Sky. Entrando pelas outras portas você terá que caminhar um pouquinho pelo hall e, provavelmente, pedir informação para alguém.
Ao adentrar o edifício havia poucos indícios de que eu estaria prestes a visitar uma atração turística. Se no Farol Santander o “uau” começa na porta, quando já se vê de cara o magnífico lustre feito com nove mil peças de cristal, no Mirante do Vale o andar térreo é a perfeita tradução da décadence sem élégance. Construído entre 1960 e 1966, aos pés do Viaduto Santa Ifigênia e com vista para o Vale do Anhangabaú, o prédio de 171 metros de altura continua não passando despercebido por quem caminha pelo centrão, mas é inegável que seus dias de glória ficaram para trás.
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Assinado pelo engenheiro Waldomiro Zarzur e pelo arquiteto Aron Kogan, o arranha-céu foi o mais alto do Brasil durante 48 anos, antes de ser desbancado pelo Órion Business & Health Complex, em Goiânia, que tem 192 metros de altura. Recentemente, ele também deixou de ser o mais alto de São Paulo – um prédio residencial inaugurado em agosto de 2022 no Tatuapé é o novo detentor do título. O Mirante também não é mais um prédio exclusivamente comercial e agora abriga moradores – algumas unidades podem ser alugadas pelo Airbnb.
Dentro do elevador old school, junto a um dos botões desgastados pelo tempo, há um adesivo do Sampa Sky colado bem ao lado do número 42, o que não deixa dúvidas de onde devo apertar (o prédio tem ao todo 51 andares). As portas se abrem para um hall com um jardim vertical e um letreiro em neon indicando o caminho até as catracas. Cheguei.
Vertigem e selfies
O Sampa Sky foi inspirado no famoso SkyDeck de Chicago, que fica no 103º andar do edifício Willis Tower. Apesar de estar consideravelmente mais próxima do chão, a versão brasileira também entrega a sensação de vertigem em suas duas cabines de vidro retráteis, que se debruçam para fora dos janelões. Senti certo receio na primeira vez que pisei no deck com vista para a Zona Leste, principalmente por causa dos carros que passam sem parar na Avenida Prestes Maia, bem debaixo dos meus pés. Mas, passada essa primeira tonturazinha, o povo até deita de bruços no chão de vidro para tirar fotos que certamente renderão chuvas de likes.
Eu não cheguei a tanto, mesmo sabendo que quatro camadas de vidro, capazes de sustentar mais de 30 toneladas, me separavam da avenida. Mas “arrisquei” a tirar uma foto sentada na outra plataforma, com vista para o Vale do Anhangabaú, onde o vai-e-vem dos pedestres no Viaduto Santa Ifigênia causa menos vertigem. Foi até divertido ver a galera soltando a criatividade nas poses enquanto eu esperava a minha vez na fila para pisar no deck. Para que não haja esperas intermináveis, o Sampa Sky limitou o tempo de permanência no deck para uns três minutos. Quem quiser ficar mais, basta voltar para o fim da fila.
Os janelões ao lado dos decks servem para observar o skyline com mais calma. Localizar o Farol Santander e o Prédio Martinelli é tarefa fácil: a visão bem próxima desses dois prédios-ícones de São Paulo é inclusive um dos grandes chamarizes do Sampa Sky. Mas fazem falta painéis indicativos próximos aos vidros que ajudem a situar onde estão os demais bairros e atrações da pauliceia. O próprio Mosteiro de São Bento, belíssimo visto de cima e bem ali embaixo, pode passar despercebido.
Os ingressos custam R$ 120. O Sampa Sky funciona de terça à sexta das 11h às 18h30, aos sábados das 9h às 18h30 e aos domingos das 9h às 16h. As visitas acontecem com dia e hora marcada e a compra dos ingressos deve ser feita com antecedência pelo Sympla.
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