Feira de São Cristóvão: cultura e gastronomia nordestina no Rio de Janeiro

Com quase 700 barracas, a famosa feira da zona norte da capital fluminense reúne culinária, arte e produtos típicos

Por Gabriel Bortulini
Atualizado em 28 jun 2024, 11h32 - Publicado em 27 jun 2024, 20h00
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Pujante o ano todo, feita ganha um ar ainda mais especial durante as festas juninas (Feira de São Cristóvão/redes sociais/Reprodução)
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O Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, mais conhecido como Feira de São Cristóvão, é um espaço rico em opções para quem busca produtos, pratos e expressões artísticas das regiões Norte e – principalmente – Nordeste do Brasil. Em 37 mil metros quadrados, a feira dá uma amostra da cultura desses locais, marcada pelo convívio de músicos, cordelistas, artesãos e comerciantes.

Como o nome sugere, a feira está localizada no Bairro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Possui cerca de 700 barracas, além de dezenas de restaurantes climatizados. Em novembro de 2023, o centro foi sancionado como Patrimônio Histórico, Turístico, Cultural e Gastronômico do Estado do Rio de Janeiro.

O espaço conta com um estacionamento para 800 veículos e várias linhas de ônibus chegam ao local, dependendo da região da cidade de onde se parte. Já pelo metrô, a estação São Cristóvão é a que deixa mais perto, mas ainda é preciso percorrer mais de um quilômetro e meio até a feira.

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A história da feira

Há algumas versões sobre o início das atividades que formaram a Feira de São Cristóvão. Alguns desses relatos remontam ao ano de 1945, quando o cordelista Raimundo Santa Helena teria recitado um cordel sobre o fim da Segunda Guerra Mundial no Campo de São Cristóvão. Segundo essa versão, o espaço ganhou o interesse de pessoas que queriam ouvir ou divulgar os cordéis.

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Outras versões contam que a feira deriva dos retirantes nordestinos que acampavam no local em busca de trabalho ou de moradia. Foi um período de rápido crescimento urbano e os migrantes se concentravam nas redondezas. Isso possibilitou que o espaço se constituísse como um recanto de preservação da cultura e das tradições de quem vinha de locais mais acima do mapa rumo à então capital federal. Elas compartilhavam a literatura, a culinária, a música e as danças, tornando o Campo de São Cristóvão um importante núcleo da cultura migrante.

Desde 2003, a feira ocupa o pavilhão de exposições administrado pela prefeitura. Hoje, o espaço recebe aproximadamente 300 mil pessoas todos os meses, segundo as estimativas oficiais.

Reduto artístico e gastronômico

Além de lojas de produtos artesanais e de artigos de vestuário, a feira abarca bares e restaurantes típicos de culinária nordestina, como a Barraca da Chiquita, a Barraca Asa Branca e a Estação Baião de Dois.

Por lá, também se encontram inúmeros bares. Alguns deles oferecem serviços de karaokê, como é o caso do Barokê e do Duetto’s Bar.

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Todo o ambiente da feira é repleto de ritmos nordestinos, como o forró, o xote, o xaxado e o baião. O lugar se torna ainda mais envolvente durante as comemorações juninas, quando as barracas se enchem de decorações festivas e uma programação especial de shows musicais e apresentações de dança toma conta da feira.

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Horários de funcionamento e ingressos

O acesso é gratuito de terça a quinta-feira, quando a Feira de São Cristóvão funciona das 10h às 18h.

Sexta-feira, sábado e no domingo o horário é diferente e paga-se R$ 10 para entrar (os valores podem variar em feriados e dias de shows). Nas sextas-feiras e aos sábados, a feira vai madrugada adentro: funciona das 10h às 4h. Aos domingos, o funcionamento é das 10h às 20h.

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Os ingressos podem ser adquiridos pelo site da Rio Ingressos. A bilheteria física só aceita dinheiro em espécie.

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