BioParque do Rio de Janeiro: atrações, ingressos, como chegar
Circuito do parque inclui passeio de barco e contato com animais dentro de viveiros
Ter araras, tucanos e papagaios voando sobre a sua cabeça é a primeira experiência imersiva que ocorre ao entrar no BioParque do Rio, na Quinta da Boa Vista, zona norte do Rio de Janeiro. E a atração já dá o tom do passeio: no BioParque, não há grades que separam o público dos animais.
A inversão – nós, visitantes, que entramos em viveiros – foi uma das mudanças feitas em 2021, quando o BioParque foi inaugurado. Afinal, ele nada mais é que a versão repaginada do Jardim Zoológico do Rio de Janeiro, o mais antigo do Brasil.
Atrações do BioParque do Rio
Desbravar os setores do BioParque demora em torno de 2h30, mas o melhor é aproveitar as atrações com calma. Para entender melhor cada um dos espaços, há vários guias que fazem o papel de educadores ambientais explicando sobre os animais e os projetos do BioParque. Procure um deles!
O passeio começa no viveiro gigante da área chamada de Imersão Tropical. Aqui, dá para chegar pertinho dos animais – e eles são muitos: cutias, bichos-preguiça, seriemas, ouriços terrestres, mutuns-do-sudeste, enfim, mais de 40 espécies de bichos. Uma das estrelas do espaço é o garboso tucano-do-bico-preto, batizado de Tuc-Tuc.
Todos os animais dessa área fazem parte de projetos de conservação do BioParque. Um exemplo é o caso do pássaro guará-vermelho, que será reinserido na Baía de Guanabara, onde foi observado pela última vez em 1934. Por enquanto, suas vistosas plumagens vermelhas são vistas apenas dentro do parque.
No Centro de Conservação de Carnívoros, os animais também estão envolvidos em pesquisas para conservação de espécies. Um deles é a onça pintada Poty, muito confundida com uma pantera negra pela quantidade de melanina na sua pele.
O urso de óculos e felinos, como a onça parda, a jaguatirica e o gato-do-mato, são outros que podem ser vistos de perto. Apesar de não existirem mais jaulas, os animais se mantêm separados dos visitantes por painéis de acrílico.
A Vila dos Répteis também é cercada por painéis de acrílico que separam, sem impedir a visão, de jacarés, cágados e tartarugas. O jacaré-de-papo-amarelo, que está em extinção, mora no local. Há outras duas áreas dedicadas a serpentes e uma exclusiva para filhotes.
O Cerrado replica a savana brasileira, o bioma que mais sofreu com a ocupação humana, depois da Mata Atlântica. No local convivem tamanduás-bandeira, emas, antas, capivaras e espécies ameaçadas de extinção, como o veado campeiro.
O simpático leão Simba pode ser observado em suas longas sonecas de 18 horas na área Reis da Selva. O circuito ocorre abaixo de um teto de acrílico — se você tiver sorte, pode presenciar o leão saltando em cima dele — e com janelas ao nível do gramado, então dá para ficar cara a cara com o felino. No mesmo recinto, vive o Tigre de Bengala de nome William, que também possui hábitos noturnos e fica preguiçoso enquanto o sol não se põe.
Saltando de um lado ao outro estão os macacos na Ilha dos Primatas. O nome do espaço é sugestivo, já que a única barreira entre os animais e o público é a água que rodeia uma espécie de playground, onde os símios brincam. Lá, espécies como o macaco-aranha-de-testa-branca e o sagui-de-boca-branca escalam árvores e correm livremente em passarelas aéreas.
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Apesar do nome, a sextagenária Koala é uma senhora elefanta, e não um marsupial. Ela mora no setor Asiáticos, porque foi resgatada do Circo de Moscou, na Rússia, em 1990. É uma das moradoras mais antigas do parque e divide o local com búfalos.
O Jardim Burle Max foi projetado pelo famoso artista e paisagista para ser um recinto de aves aquáticas no antigo zoológico. O espaço havia sido transformado em um parquinho infantil, mas foi revitalizado pelo BioParque.
Agora, é o lar da espécie flamingo-chileno, uma das cinco existentes no mundo, e também de vitórias-régias, paus-d’água e outras espécies da Mata Atlântica e da Floresta Amazônica. Apesar das belezas naturais, não é permitido realizar piqueniques no local ou em qualquer dependência do BioParque.
A parada mais atraente para os pequenos é A Fazendinha, onde eles podem acariciar pôneis, pequenas vacas e cabras e conhecer outros animais, como galinhas e patos. Ali não é mais permitido alimentar os animais.
Por último, a Savana Africana é onde você conhece os casal de hipopótamos Bocão e Tim. Embora os dois roubem a cena, o espaço abriga também carneiros, avestruzes, cervos e outras espécies do bioma africano. Há passarelas suspensas por onde os visitantes podem caminhar e observar os animais de cima. Agora, se você busca uma atividade mais contemplativa para encerrar o passeio, cai bem a volta no barquinho pelo rio de 250 metros que atravessa a “savana”.
Alimentação no BioParque do Rio
É possível comprar pipoca, pão de queijo e picolé nos pontos de alimentação espalhados pelo parque.
Para refeições maiores, existe uma pequena praça de alimentação perto da saída. O restaurante Espaço Primatas vende massas e estrogonofe. Já o Burguer da Beca, autoexplicativo, vende hambúrguer e também cachorro-quente.
Ingressos para o BioParque do Rio
Os ingressos podem ser adquiridos no site do BioParque ou na bilheteria física do parque. O preço para adultos é R$ 49,50 e crianças de até 2 anos e 11 meses não pagam. Por R$ 59,50, o passe para o zoológico inclui o passeio de barquinho na Savana Africana. É preciso escolher um horário das 9h30 às 15h30 para fazer o passeio. Não há limite de tempo para permanência.
Como chegar no BioParque do Rio
O BioParque está localizado no Parque da Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, na zona norte carioca. Ele funciona de terça-feira a domingo, das 9h às 17h.
Para chegar lá de carro e saindo do Centro do Rio de Janeiro, basta acessar a Avenida Presidente Vargas e rodar 10 minutos até chegar na Quinta da Boa Vista. De lá, são 20 minutos de caminhada até o BioParque. Há um estacionamento no local que custa R$ 40.
De transporte público, é possível pegar o ônibus 312 na Igreja Nossa Senhora da Candelária, a dois minutos da Avenida Presidente Vargas. O trajeto se encerra 16 paradas depois na Chaves Faria, de onde é necessário caminhar 10 minutos até chegar ao BioParque. Pegar a Linha 2 do metrô, descer na estação São Cristóvão, atravessar a rua e entrar na Quinta da Boa Vista, é outra possibilidade.
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