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BioParque do Rio de Janeiro: atrações, ingressos, como chegar

Circuito do parque inclui passeio de barco e contato com animais dentro de viveiros

Por Rebeca de Ávila
Atualizado em 30 dez 2023, 18h06 - Publicado em 19 dez 2023, 10h15
BioParque do Rio, Rio de Janeiro, Brasil
A savana africana é um dos maiores espaços do BioParque, com 22 mil metros quadrados  (//Divulgação)
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Ter araras, tucanos e papagaios voando sobre a sua cabeça é a primeira experiência imersiva que ocorre ao entrar no BioParque do Rio, na Quinta da Boa Vista, zona norte do Rio de Janeiro. E a atração já dá o tom do passeio: no BioParque, não há grades que separam o público dos animais.

A inversão – nós, visitantes, que entramos em viveiros – foi uma das mudanças feitas em 2021, quando o BioParque foi inaugurado. Afinal, ele nada mais é que a versão repaginada do Jardim Zoológico do Rio de Janeiro, o mais antigo do Brasil.

BioParque do Rio, Rio de Janeiro, Brasil
O charmoso portão de entrada do complexo (//Divulgação)

Atrações do BioParque do Rio

Desbravar os setores do BioParque demora em torno de 2h30, mas o melhor é aproveitar as atrações com calma. Para entender melhor cada um dos espaços, há vários guias que fazem o papel de educadores ambientais explicando sobre os animais e os projetos do BioParque. Procure um deles!

O passeio começa no viveiro gigante da área chamada de Imersão Tropical. Aqui, dá para chegar pertinho dos animais – e eles são muitos: cutias, bichos-preguiça, seriemas, ouriços terrestres, mutuns-do-sudeste, enfim, mais de 40 espécies de bichos. Uma das estrelas do espaço é o garboso tucano-do-bico-preto, batizado de Tuc-Tuc.

BioParque do Rio, Rio de Janeiro, Brasil
Tuc-Tuc interage com os visitantes e pega frutas no ar (Marluci Martins/Prefeitura do Rio/Reprodução)

Todos os animais dessa área fazem parte de projetos de conservação do BioParque. Um exemplo é o caso do pássaro guará-vermelho, que será reinserido na Baía de Guanabara, onde foi observado pela última vez em 1934. Por enquanto, suas vistosas plumagens vermelhas são vistas apenas dentro do parque.

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No Centro de Conservação de Carnívoros, os animais também estão envolvidos em pesquisas para conservação de espécies. Um deles é a onça pintada Poty, muito confundida com uma pantera negra pela quantidade de melanina na sua pele.

O urso de óculos e felinos, como a onça parda, a jaguatirica e o gato-do-mato, são outros que podem ser vistos de perto. Apesar de não existirem mais jaulas, os animais se mantêm separados dos visitantes por painéis de acrílico.

A Vila dos Répteis também é cercada por painéis de acrílico que separam, sem impedir a visão, de jacarés, cágados e tartarugas. O jacaré-de-papo-amarelo, que está em extinção, mora no local. Há outras duas áreas dedicadas a serpentes e uma exclusiva para filhotes. 

BioParque do Rio, Rio de Janeiro, Brasil
Jacarés, cágados e tartarugas vivem juntinhos nessa área do complexo (//Divulgação)

O Cerrado replica a savana brasileira, o bioma que mais sofreu com a ocupação humana, depois da Mata Atlântica. No local convivem tamanduás-bandeira, emas, antas, capivaras e espécies ameaçadas de extinção, como o veado campeiro.

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O simpático leão Simba pode ser observado em suas longas sonecas de 18 horas na área Reis da Selva. O circuito ocorre abaixo de um teto de acrílico — se você tiver sorte, pode presenciar o leão saltando em cima dele — e com janelas ao nível do gramado, então dá para ficar cara a cara com o felino. No mesmo recinto, vive o Tigre de Bengala de nome William, que também possui hábitos noturnos e fica preguiçoso enquanto o sol não se põe.

BioParque do Rio, Rio de Janeiro, Brasil
Simba completou 15 anos em dezembro de 2023 (//Divulgação)

Saltando de um lado ao outro estão os macacos na Ilha dos Primatas. O nome do espaço é sugestivo, já que a única barreira entre os animais e o público é a água que rodeia uma espécie de playground, onde os símios brincam. Lá, espécies como o macaco-aranha-de-testa-branca e o sagui-de-boca-branca escalam árvores e correm livremente em passarelas aéreas.

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Apesar do nome, a sextagenária Koala é uma senhora elefanta, e não um marsupial. Ela mora no setor Asiáticos, porque foi resgatada do Circo de Moscou, na Rússia, em 1990. É uma das moradoras mais antigas do parque e divide o local com búfalos.

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O Jardim Burle Max foi projetado pelo famoso artista e paisagista para ser um recinto de aves aquáticas no antigo zoológico. O espaço havia sido transformado em um parquinho infantil, mas foi revitalizado pelo BioParque.

Agora, é o lar da espécie flamingo-chileno, uma das cinco existentes no mundo, e também de vitórias-régias, paus-d’água e outras espécies da Mata Atlântica e da Floresta Amazônica. Apesar das belezas naturais, não é permitido realizar piqueniques no local ou em qualquer dependência do BioParque.

BioParque do Rio, Rio de Janeiro, Brasil
Vitórias-régias e flamingos habitam o jardim projetado por Burle Marx (//Divulgação)

A parada mais atraente para os pequenos é A Fazendinha, onde eles podem acariciar pôneis, pequenas vacas e cabras e conhecer outros animais, como galinhas e patos. Ali não é mais permitido alimentar os animais.

Por último, a Savana Africana é onde você conhece os casal de hipopótamos Bocão e Tim. Embora os dois roubem a cena, o espaço abriga também carneiros, avestruzes, cervos e outras espécies do bioma africano. Há passarelas suspensas por onde os visitantes podem caminhar e observar os animais de cima. Agora, se você busca uma atividade mais contemplativa para encerrar o passeio, cai bem a volta no barquinho pelo rio de 250 metros que atravessa a “savana”. 

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BioParque do Rio, Rio de Janeiro, Brasil
A relação entre Tim e Bocão foi simbolicamente oficializada no Dia dos Namorados de 2022, com direito a bolo de casamento de melancia (//Divulgação)

Alimentação no BioParque do Rio

É possível comprar pipoca, pão de queijo e picolé nos pontos de alimentação espalhados pelo parque. 

Para refeições maiores, existe uma pequena praça de alimentação perto da saída. O restaurante Espaço Primatas vende massas e estrogonofe. Já o Burguer da Beca, autoexplicativo, vende hambúrguer e também cachorro-quente.

Ingressos para o BioParque do Rio

Os ingressos podem ser adquiridos no site do BioParque ou na bilheteria física do parque. O preço para adultos é R$ 49,50 e crianças de até 2 anos e 11 meses não pagam. Por R$ 59,50, o passe para o zoológico inclui o passeio de barquinho na Savana Africana. É preciso escolher um horário das 9h30 às 15h30 para fazer o passeio. Não há limite de tempo para permanência. 

Como chegar no BioParque do Rio

O BioParque está localizado no Parque da Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, na zona norte carioca. Ele funciona de terça-feira a domingo, das 9h às 17h.

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Para chegar lá de carro e saindo do Centro do Rio de Janeiro, basta acessar a Avenida Presidente Vargas e rodar 10 minutos até chegar na Quinta da Boa Vista. De lá, são 20 minutos de caminhada até o BioParque. Há um estacionamento no local que custa R$ 40.

De transporte público, é possível pegar o ônibus 312 na Igreja Nossa Senhora da Candelária, a dois minutos da Avenida Presidente Vargas. O trajeto se encerra 16 paradas depois na Chaves Faria, de onde é necessário caminhar 10 minutos até chegar ao BioParque. Pegar a Linha 2 do metrô, descer na estação São Cristóvão, atravessar a rua e entrar na Quinta da Boa Vista, é outra possibilidade.

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