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Beco do Batman: arte, cultura, boemia e história na Vila Madalena

Alçado a ponto turístico e não é de hoje, a região atrai gente de todas as gerações para um dos pedaços mais vibrantes de São Paulo

Por Gabriel Bortulini
Atualizado em 5 jun 2024, 09h21 - Publicado em 4 jun 2024, 18h00
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Beco virou sinônimo de arte de rua, mas o graffiti original que dá nome ao lugar não existe mais (André Deak/Creative Commons/Reprodução)
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Um dos mais conhecidos pontos turísticos de São Paulo está localizado no bairro boêmio da Vila Madalena, zona oeste da capital paulista. Estamos falando do Beco do Batman, uma travessa entre as ruas Gonçalo Afonso e Medeiros de Albuquerque.

O lugar fica a cerca de 15 minutos a pé da estação Sumaré (linha verde) ou a 20 minutos da estação Fradique Coutinho (linha amarela).

Um beco que se tornou referência artística

O Beco do Batman recebeu o nome nos anos 1980, quando ali existia um grafite do personagem homônimo, da DC Comics. O desenho original já não existe no lugar há anos e sua autoria segue desconhecida.

Com o tempo, artistas plásticos transformaram a região numa galeria, com grafites e desenhos de influência cubista e psicodélica. Hoje, o espaço é uma referência nacional da arte urbana. As gravuras são mantidas pelos artistas e pela comunidade e o trânsito só é permitido para pedestres.

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Em 1975, antes do aparecimento do personagem, o beco era conhecido como Larguinho. Após o fechamento do Conjunto Residencial da USP, os estudantes da universidade passaram a alugar casas no bairro. Quando o desenho do Batman surgiu, em 1980, o beco já se tornava um lugar boêmio.

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Os muros começaram a receber os desenhos de expoentes e pioneiros do graffiti no Brasil, como Alex Vallauri, artista etíope radicado no país, e Zé Carratu com seu coletivo Tupinaodá, o primeiro grupo de arte urbana do país.

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Beco do Batman é ponto de encontro repleto de atividades

Hoje, o Beco do Batman e ruas adjacentes se tornaram pontos turísticos consagrado na cidade de São Paulo. Além das paredes cobertas de desenhos, perfeitas para quem deseja realizar sessões fotográficas, o lugar reserva uma série de atividades artísticas, culturais e gastronômicas. Destacamos algumas delas:

  • Feira de Artesanato: acontece aos finais de semana e feriados, das 9h às 18h. É uma ótima oportunidade para garantir produtos artesanais, arte de rua, além de encomendar itens personalizados.
  • Escadaria do Patápio: os 96 degraus da escadaria foram restaurados em 2015. São cerca de 350 metros cobertos por azulejos decorados com poemas e desenhos. Imperdível, pode ser acessada pela Rua Medeiros de Albuquerque ou pela própria Rua Patápio Silva.
  • Galerias: o Beco do Batman abriga diversas galerias de arte urbana, em simbiose com o entorno. É possível apreciar exposições e adquirir obras dos artistas que assinam suas peças nos muros do beco. Estão ali espaços renomados como a Urban Arts, a Galeria Alma de Rua, a ZIV Gallery, entre outras.
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  • Beco Expandido: as obras expostas no Beco do Batman ganham uma experiência ainda mais psicodélica com o aplicativo Beco Expandido. O app aproxima o usuário das obras através da realidade aumentada. Basta apontar a câmera do celular para as obras selecionadas, que parecem ganhar vida própria (baixe para Android e iOS).
  • Gastronomia: há uma série de restaurantes instalados nas proximidades, desde lancherias até cozinhas renomadas, como: La Candelaria, Avoca Toast, o Casca Gastrobar e o imperdível Lobozó.
  • Bares: toda a região da Vila Madalena é famosa pela boemia. É claro que, por ali, não faltam bares e botecos, perfeitos para um chope, um drink, um petisco ou apenas para ouvir música e dançar. Alguns bares têm música ao vivo, com grupos de samba, forró e MPB. As opções incluem o Bar do Beco, o Coringa do Beco, o Seu Justino e “uma pá” de outros!
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