Continua após publicidade

Azul e Latam anunciam o fim do acordo de codeshare

Acordo firmado em junho de 2020 foi rescindido no início da semana e se encerra em 22 de agosto

Por Bruno Chaise
Atualizado em 27 Maio 2021, 17h32 - Publicado em 27 Maio 2021, 17h23

As aéreas Azul e Latam firmaram acordo de codeshare em junho de 2020 motivadas sobretudo pelo cenário de crise no setor por conta da pandemia que resultou em diminuição drástica da malha aérea. A parceria previa crescimento nas vendas e compartilhamento dos programas de fidelidade. Foi bom enquanto durou. Na segunda-feira (24), foi anunciado que o acordo chegou ao fim e a operação se encerra definitivamente em 22 de agosto. 

Codeshare é um acordo de cooperação mútua entre companhias aéreas que transportam passageiros cujos bilhetes foram emitidos por uma companhia diferente. Ou seja, você compra uma passagem com a Latam, mas na hora de embarcar vai no avião da Azul. O resultado são aviões com mais assentos ocupados e aumento na ofertas de destinos e horários.

O CEO da Latam no Brasil, Jerome Cadier, afirmou que os benefícios do acordo foram abaixo das expectativas e que gerou um incremento de apenas 2% nas vendas. O empresário aposta na recuperação do setor e pretende contratar 750 funcionários até o final do ano. Por parte da Azul, John Rodgerson, CEO da empresa, disse que o acordo de codeshare foi encerrado de forma unilateral pela Latam e que isso foi uma “reação ao processo de consolidação da Azul no mercado”. 

Em março deste ano, a Azul foi a empresa com a maior participação no mercado doméstico, com 40,7%, e registrou um crescimento de 11,2% de acordo com os dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Segundo informações do Estado de São Paulo, a Azul não queria o fim da parceria e tinha a intenção de ampliá-la, inclusive circularam boatos de que havia a intenção de comprar a operação brasileira da Latam.

Continua após a publicidade

Mesmo com todas as dificuldades enfrentadas em razão da crise, e em meio a todas as especulações sobre compra e venda da companhia, Jerome Cadier foi categórico sobre a situação da Latam: “não tem, não teve e não existe nenhum interesse na separação, venda ou negociação da Latam Brasil. A Latam Brasil não está à venda”. 

Desde que anunciaram o acordo em junho de 2020, houve muita especulação sobre uma possível fusão entre as duas empresas. Em razão das operações de voos internacionais, a Latam foi uma das mais prejudicadas e em maio de 2020 acabou entrando em processo de recuperação judicial nos Estados Unidos. Agora é aguardar as cenas dos próximos capítulos.

Publicidade